jornal Valor Econômico 05/10/2011 - Aline Lima
A Visa quer ser reconhecida no mercado brasileiro não apenas como a maior bandeira internacional de cartão. De carona no mercado de pré-pagos, a empresa procura se posicionar também como uma processadora de pagamentos eletrônicos.
A ideia é ir além da oferta de cartões para entregar ao cliente uma solução de gestão do negócio de pré-pagos, que pode incluir desde a confecção de extratos até uma central de atendimento ao portador do plástico.
"A Visa tem tecnologia para processar as transações de seus cartões, mas nunca explorou a capacidade de terceirização do serviço", conta Percival Jatobá, diretor executivo de produtos da empresa.
A estratégia foi traçada a partir da joint venture formada entre a Visa e a Yalamanchili Software Exports, empresa com operações na Índia e em Cingapura, em dezembro de 2008. A união deu origem à Visa Processing Service (VPS), braço operacional para atuação em mercados emergentes.
O banco Cruzeiro do Sul lançou, em agosto, um cartão de viagem que pode ser carregado em 12 moedas estrangeiras pela plataforma VPS. Já o pré-pago do Banco do Brasil, recarregável em reais, está sendo processado internamente pela instituição. "Quanto maior e mais consolidado for o processamento interno de cada banco, a tendência é internalizar a gestão do pré-pago", explica Jatobá.
O mercado de pré-pagos tornou-se prioridade para a Visa no Brasil, ultrapassando em importância a área de cartões para pessoas jurídicas. Além de plásticos para viagens e pagamentos diversos, as apostas da bandeira recaem também sobre o segmento de frete rodoviário (que até outubro, obrigatoriamente, deverá trafegar pelo sistema financeiro formal) e o de pagamentos por meio de celular.
Embora a ênfase seja no segmento de pré-pagos, a Visa também pretende expandir a oferta de tecnologia de processamento para varejistas detentores de cartões "private label".
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