jornal Brasil Econômico 29/09/2011 – Flávia Furlan
Países emergentes e da Ásia Pacífico lideram o avanço do uso de meios de pagamento alternativos ao dinheiro (como cartões, cheques e transferências), revela pesquisa divulgada com exclusividade ao BRASIL ECONÔMICO pela CPM Braxis Capgemini, empresa de soluções em tecnologia da informação. Os dados mostram que o volume de transações cresceu 7,8% globalmente em 2010, para 280 bilhões.
No entanto, as nações que compõem os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) apresentaram aumento de 14% nas transações alternativas ao dinheiro, para 28,9 bilhões no ano passado. Na Ásia Pacífico (Europa Central, Oriente Médio e África), o avanço foi de 37% no período, para 10 bilhões. Por outro lado, em países mais desenvolvidos o crescimento foi mais contido: na Europa, o uso de pagamentos alternativos ao dinheiro cresceu 6,2% em 2010, para 83 bilhões, enquanto na América do Norte, o avanço foi de 3,5% para 118 bilhões.
“Estamos vivenciando no mundo uma transição dos meios de pagamento tradicionais, em que há uma redução importante de uso, para cartões e celular”, afirma o vice-presidente de Vendas da CPM, Paulo Marcelo Moreira. Neste processo, um dos desafios é o desenvolvimento de tecnologias para reduzir custos de transações, em meio ao enrijecimento das regras do sistema financeiro, a exemplo do Basileia 3, que pode trazer consequências para os meios eletrônicos de pagamento no mundo. “Os bancos, ao terem de se adequar ao Basileia, acabam encarecendo o sistema financeiro como um todo”, diz Moreira, para quem o aumento de custos não vai sobressair às oportunidades de negócio. “O Brasil está mais preparado para absorver essa regulação sem passar custos.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário