16 de nov. de 2011

UMA NOVA ERA DE INFORMAÇÕES

jornal Diário do Comércio 31/10/2011 - André de Almeida

Três dias de trabalho, mais de 1,1 mil participantes de 260 associações comerciais e inúmeras plenárias, encontros e palestras, que fortaleceram a coesão entre as entidades e estabeleceram o início de uma nova era no gerenciamento de informações. Assim foi o 12º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), encerrado sexta-feira em Santos, no litoral paulista. Com o tema Hora de Agir, o evento correspondeu a todas as expectativas dos participantes na defesa do empreendedorismo.

Segundo o presidente da Facesp e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, a escolha pelo tema Hora de Agir foi muito feliz. "Fizemos o possível para que os participantes saíssem daqui com vontade de agir. Acho que cumprimos nosso objetivo. Estamos em uma nova era com a Boa Vista Serviços (BVS) e o congresso serviu para o movimento das associações comerciais sair ainda mais fortalecido", disse. Amato elogiou os palestrantes e reforçou que todos os painéis, além de agradáveis de serem vistos, passaram mensagens de superação, organização, energia e visão de futuro.

O mesmo sentimento é compartilhado pelo presidente da BVS, Dorival Dourado. De acordo com ele, o balanço final do Congresso é excelente, já que a Boa Vista Serviços pôde mostrar seu modelo de operação e seus planos para as entidades e escutar das mesmas as demandas e necessidades encontradas nas diferentes regiões do Estado. "Conseguimos interagir para buscarmos o crescimento de maneira ordenada e sincronizada com as necessidades das associações comerciais", afirmou.

Na opinião de Dourado, todas as associações comerciais devem participar no desenvolvimento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), administrado pela BVS. "De uma forma geral, o Estado de São Paulo possui demandas homogêneas. Existem alguns nichos de especialização, dependendo das regiões, que poderemos focar diferentes tipos de produtos ou soluções. Mas o mais importante foi que conseguimos compartilhar essa experiência e aprender com as entidades", destacou.

Samba - A última atividade realizada no congresso ilustra bem as mensagens de superação, organização e energia mencionadas por Rogério Amato. O palestrante Reginaldo Tadeu Batista de Souza, o Mestre Adamastor, é sambista de uma tradicional agremiação de São Paulo. Ele dividiu o público presente na plenária em seis grupos. Cada um deles ficou responsável por um instrumento musical.

Depois de um pequeno ensaio, formou-se uma escola de samba. Mesmo com a maioria desconhecendo técnicas musicais, o som saiu com toda a energia. O resultado veio mostrar que é importante trabalhar com paixão, organização, e que em uma empresa, da mesma forma que em uma escola de samba, todos são fundamentais para o bom andamento do objetivo. "Vocês todos são uma equipe e os resultados estão aí para serem alcançados", disse o sambista.

No encerramento do evento, o superintendente da Facesp e secretário especial do Microempreendedor Individual (MEI) da Prefeitura de São Paulo, Natanael Miranda dos Anjos, foi homenageado com uma bandeira e agradeceu a presença de todos, concluindo que o congresso foi um sucesso. "A cada ano procuramos sempre nos superar. Dessa vez, com o nosso símbolo Hora de Agir, certamente atingimos nossos objetivos", finalizou.

A vez do Empreender Competitivo

Durante o 12º Congresso da Facesp, uma das principais atividades foi o 9º Encontro Estadual do Empreender Competitivo. Nos painéis, foi mostrado para as associações comerciais (ACs) que integram o sistema Facesp o conceito do Projeto Empreender e sua versão mais avançada, o Empreender Competitivo.

O Projeto Empreender, que atualmente está implantado em 100 ACs no Estado de São Paulo, foi lançado em 2002 pela Facesp em parceria com o Sebrae-SP e tem como objetivo fortalecer a micro e pequena empresa, aumentando sua competitividade. Nos encontros, os empresários se reúnem em núcleos setoriais para discutir problemas e buscar soluções em comum, sempre com a orientação de consultores.

Competitivo - O Empreender Competitivo, por sua vez, surgiu no Estado de São Paulo em 2010 e, diferentemente do Empreender tradicional, tem um prazo definido de dois anos para ser implantado. Nesta modalidade, as empresas devem apresentar um projeto mais completo, com começo, meio e fim, além de indicarem suas necessidades e dimensionarem os valores necessários para seu crescimento. Dessa forma, com os investimentos realizados por meio do Sebrae nacional e das próprias empresas, é possível obter resultados melhores e mais concretos.

Atualmente, 32 ACs no Estado têm o Empreender Competitivo, com 47 núcleos setoriais em atividade. Mais de 800 empresas já foram beneficiadas. Pelo convênio atual, o projeto vai até julho de 2012. "No entanto, já temos uma sinalização do Sebrae nacional que, devido aos excelentes resultados, o convênio será renovado por mais dois anos", disse Nelson Andujar, coordenador estadual do Empreender pela Facesp.

Segundo ele, também haverá maiores investimentos no Empreender tradicional para que as empresas evoluam e passem para o competitivo. Para o gestor do Empreender Competitivo pelo Sebrae, Ricardo Vilella, o principal problema do empresário é estar sozinho. "Com o programa, ele se une com outros empresários, tornando-se mais competitivo".

A importância do projeto também foi ressaltada pelo presidente da Facesp e da ACSP, Rogério Amato. "Queremos aumentar cada vez mais esse projeto. O mundo está mudando, ficando mais complexo. Com iniciativas como o Empreender e o MEI, por exemplo, conseguimos simplificar alguns processos. Agradeço ao Sebrae pela parceria", afirmou Amato. Durante os trabalhos, foram mostrados casos de sucesso do Empreender Competitivo no Estado.

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