21 de dez. de 2010

COM DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS DESACELERA EM DEZEMBRO

portal InfoMoney 21/12/2010 - Camila F. de Mendonça

O décimo terceiro salário e o crescimento da renda e do emprego impediram uma elevação do endividamento dos brasileiros em dezembro, ainda que as condições de crédito estejam favoráveis e os consumidores, dispostos a consumir.

Os dados da Peic nacional (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgada nesta terça-feira (21), mostram que a parcela de famílias brasileiras endividadas ficou em 58,3% - em novembro, o percentual era de 59,8%.

Já o percentual de famílias que têm dívidas e contas em atraso ficou em 23,5% - 1,3 ponto percentual abaixo do registrado em novembro (24,8%). O número daqueles que declararam não ter condições de pagar as dívidas também apresentou queda, passando de 9% em novembro para 8,3% neste mês.

Dívidas por renda

De acordo com a pesquisa, a parcela de famílias que afirmaram estar muito endividadas caiu de 14,2% para 13,3% entre novembro e dezembro, ao passo que a daquelas que se dizem pouco endividadas passou de 23,4% para 23%. Os “mais ou menos” endividados representam 22% das famílias neste mês, contra 22,3% do mês passado.

Considerando as faixas de renda, as famílias com ganhos inferiores a 10 salários mínimos foram as que mais influenciaram na queda do nível de endividamento. Entre elas, 60,6% têm dívidas, frente aos 62,2% em novembro. Das famílias com ganhos superiores a 10 mínimos, 45,2% estão na mesma situação. Em novembro eram 45,1%.

Quanto aos que têm contas e dívidas em atraso, as famílias de menor renda estão em situação pior que as de renda superior, apesar de ter sido verificada uma queda nesse quesito. Das famílias que ganham menos de 10 salários mínimos, 25,5% estão com as contas em atraso, contra 26,9% no mês passado. Entre as famílias de maior renda, o não pagamento passou de 12,9% para 12,2% entre novembro e dezembro.

O levantamento mostra ainda que 9,1% das famílias de renda mais baixa acreditam que não terão condições de pagar suas dívidas. Um mês antes, esse percentual era de 10%. Nas famílias com ganhos acima dos 10 mínimos, esse percentual passou de 3,3% para 3,1%.

Renda comprometida

De acordo com o levantamento, a parcela da renda comprometida com dívidas subiu de 30,6% para 29,9%. O tempo médio de atraso de quem possui contas ou dívidas pendentes ficou em 63 dias em dezembro.

O tempo médio de comprometimento com as dívidas ficou em 6,6 meses, sendo que 30,1% das famílias endividadas estão comprometidas com dívidas por até três meses e 30,7%, por mais de um ano.

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