11 de mai. de 2011

BB TERÁ JUROS DIFERENCIADOS PARA CADA PERFIL DE PESSOA FÍSICA

jornal Brasil Econômico 11/05/2011 - Ana Paula Ribeiro

O Banco do Brasil trabalha para ser mais competitivo no crédito da pessoa física e assim alcançar a liderança nesse segmento. Internamente a instituição desenvolveu modelos que irão permitir a oferta de taxas e produtos de acordo com o perfil de cada cliente. “Queremos fugir da taxa média. Será uma sofisticação no atendimento”, afirma o vice-presidente de Finanças, Ivan Monteiro.

Essa oferta diferenciada já está presente nas concessões para empresas, e foi ajustada também para atender as pessoas físicas. Chamado de BB 2.0, os primeiros resultados do projeto devem ser percebidos no decorrer dos próximos seis meses. “Vai ser uma modernização na relação. É uma espécie de premiação para o bom cliente”, diz o vice-presidente de negócios de varejo, Paulo Rogério Caffarelli. O banco espera, como resultado, um maior controle nos índices de inadimplência. O crédito para pessoas físicas no banco apresentou evolução de 22,5% nos 12 meses encerrados em março e de 3% em relação a dezembro, chegando a R$ 116,4 bilhões.

Caffarelli reforçou que o objetivo da instituição é alcançar a liderança do segmento. A instituição está na segunda colocação com participação de 22% no mercado, atrás do Itaú. Para 2011, a projeção do BB é que o crédito a pessoa física apresente uma expansão entre 19% e 23%, com alta maior nas linhas consideradas de menor risco, como financiamento imobiliário e de veículos.

Para o vice-presidente de negócios de varejo, o BB tem espaço para crescimento porque tira participação de mercado de outras instituições. “Há um reordenamento do sistema financeiro. Bancos de menor porte que trabalhavam com consignado e veículos estão revisando os volumes de originação após as medidas macroprudenciais do governo”, diz Caffarelli.

Empresas

No segmento corporativo, a instituição quer estimular o crédito para investimento. Essa modalidade de empréstimo atingiu, em março, um total de R$ 34,2 bilhões, alta de 30,1% em relação ao registrado em igual mês do ano passado.

Além das linhas para investimento, o banco elevou em 74,7%a carteira formada por títulos e valores mobiliários emitidos por empresas. O volume chegou a R$ 19,6 bilhões. Esses recursos em geral também são destinados a investimentos. “Conseguimos reforçar a nossa parceria de longo prazo com as empresas”, diz o vice-presidente de atacado, Allan Simões Toledo. O BB espera que a carteira de crédito para pessoas jurídicas apresente avanço entre 17%e 20%este ano.

Uma das estratégias para atingir a meta é reforçar a parceria com construtoras e incorporadoras. Só na carteira de crédito imobiliário, essas empresas têm R$ 1 bilhão em crédito, além de R$ 2,7 bilhões contratados e que devem ser liberados nos próximos meses. Outros R$ 2,5 bilhões em acordos operacionais estão para ser concluídos. Além de parcerias com grandes construtoras, o Banco do Brasil também irá lançar novos produtos destinados a pequenas e médias empresas.

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