14 de jan. de 2012

CIELO E REDECARD LIDERAM ALTAS DO IBOVESPA EM 2011


portal iG 29/12/2011 - Aline Cury Zampieri

Num ano difícil para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apenas vinte ações de seu principal índice – o Ibovespa – subiram. O indicador foi a pior aplicação do ano, com baixa de 18,11%. Os destaques de alta foram as companhias de cartão de crédito Cielo, que disparou 53,3%, e Redecard, que subiu 49,2% (veja gráfico).

Apesar da hegemonia das elétricas e das teles, os especialistas são unânimes em ressaltar que o setor de administradoras de cartões começa a se destacar no rol de bons pagadores de dividendos. Pela própria natureza do negócio, essas companhias não têm necessidade de fazer grandes investimentos em fábricas, por exemplo, o que reserva caixa para distribuir lucros. “Tendem a ser ótimas pagadoras de dividendos”, disse em abril Reginaldo Alexandre, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais em São Paulo (Apimec-SP).

Na lista de maiores baixas, destaque para B2W Varejo (-71,1%) e V-Agro (-68%). Segundo o último balanço da B2W, a empresa registrou prejuízo de R$ 68,5 milhões de janeiro a setembro, revertendo lucro de R$ 39,7 milhões no mesmo período de 2010. A V-Agro, antiga Brasil Ecodiesel, também teve resultado ruim de janeiro a setembro do ano: prejuízo de R$ 68,2 milhões, ante lucro de R$ 20,9 milhões em igual período de 2010.
As melhores e as piores

Confira as ações do Ibovespa que mais subiram e caíram em 2011 (%)


Economática

No último pregão do ano, o Ibovespa teve avanço de 0,39%, aos 56.754 pontos, com os contratos futuros com vencimento em fevereiro apontando a valorização de 0,21%, a 57.110 pontos. Entre os papéis mais líquidos da bolsa brasileira, Vale PNA terminou estável a R$ 37,82, Petrobras PN avançou 0,27%, a R$ 21,49, OGX Petróleo cedeu 1,01%, a R$ 13,62, e Itaú Unibanco se valorizou 1,37%, a R$ 33,99.

Após ter começado o pregão em alta, o Ibovespa passou para o território negativo no início da tarde, sob impacto da desvalorização principalmente de ações ligadas ao setor de petróleo, que cederam acompanhando a queda do preço das commodities nos mercados externos. Nos momentos finais de negócios do ano, investidores passaram a comprar papéis, o giro financeiro ficou mais robusto e o índice garantiu um fechamento positivo.

Mercados estrangeiros também subiram na quinta-feira, sustentados por dados macroeconômicos bons dos Estados Unidos, onde os mercados abrem amanhã, assim como os da Europa.

Com o encerramento dos negócios na bolsa brasileira este ano, o Ibovespa termina com o terceiro pior desempenho nominal em um ano desde 1994, ano de adoção do Plano Real. Só não foi pior que 2008, quando a variação negativa foi de 41,22%, e de 1998, quando perdeu 33,46%, de acordo com levantamento realizado pelo Valor Data.

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