portal InfoMoney 25/07/2011 - Patricia Alves
Na última quarta-feira (20), o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, pela quinta vez consecutiva, elevar a taxa básica de juro, a Selic, que agora está no patamar de 12,50% ao ano.
Apesar dessa sequência de altas, algumas modalidades de crédito ao consumidor têm registrado queda nas taxas desde o início do ano, segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), feitos a pedido do portal InfoMoney.
Principais quedas
De acordo com a Anefac, os juros do crédito pessoal foram os que mais caíram ao longo do ano, apesar do ciclo de aperto monetário do governo. A taxa para a modalidade, que estava em 4,85% ao mês em janeiro, quando a Selic subiu de 10,75% para 11,25% ao ano, deve ficar em 4,65% ao mês após o novo aumento do juro básico.
Para o financiamento de veículos, a taxa caiu de 2,46% a.m. em janeiro para uma estimativa de 2,36% a.m. em julho, enquanto que, para o financiamento de outros bens, a taxa saiu de 5,79% a.m. para 5,68% a.m., na mesma base comparativa.
“Essas reduções são fruto de uma maior concorrência entre os bancos”, afirma o diretor de economia da associação, Roberto Vertamatti. “As reduções, no entanto, são pequenas, se considerarmos os nossos juros no Brasil, ainda altíssimos”, pondera.
Cheque especial e cartões de crédito
O cheque especial, uma das modalidades com os juros mais altos da atualidade, foi o único a apresentar avanço na taxa de janeiro até agora. O juro da modalidade estava em 7,63% a.m. em janeiro e pode chegar a 8,12% a.m., com a nova alta da Selic.
A inadimplência da população, juntamente com os riscos da modalidade para as instituições, pode justificar esse aumento.
Para os cartões de crédito, a taxa vem mantendo o mesmo patamar, de 10,69% ao mês, desde janeiro. Com o novo aumento da taxa básica, a estimativa da Anefac é que os juros do cartão subam para 10,71%.
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