28 de jul. de 2011

DIEBOLD TEM LUCRO MENOR COM QUEDA DE DEMANDA NA AMÉRICA LATINA

portal Valor Online 27/07/2011 - Cibelle Bouças

A Diebold, especializada na produção de caixas de autoatendimento bancário (ATM), encerrou o segundo trimestre fiscal com redução nos lucros, mas com ainda assim com resultado acima do esperado por analistas de mercado. A companhia associou o desempenho à recuperação das encomendas no mercado norte-americano e à queda da demanda de 30% na América Latina. O Brasil, país em que a Diebold detém 60% de participação, é o principal mercado para a companhia na região.

No trimestre, o lucro líquido da Diebold teve redução de 29,9%, totalizando US$ 20,8 milhões, ante US$ 29,7 milhões no primeiro trimestre fiscal de 2010. O lucro por ação foi de US$ 0,32, ante US$ 0,45 um ano atrás. Analistas de mercado previam para a companhia um lucro líquido por ação no trimestre de US$ 0,32.

A receita líquida de vendas no segundo trimestre foi de US$ 662,4 milhões, com retração de 0,4% em relação ao segundo trimestre de 2010. A companhia informou que a demanda cresce de forma acelerada na América do Norte, particularmente nos Estados Unidos, impulsionado pela forte demanda de bancos regionais que investem em sistemas de automação. Também houve incremento na demanda na Europa, Oriente Médio e África. A empresa informou ainda que parte dos resultados foram favorecidos por um movimento de antecipação de encomendas.

A companhia também informou que a demanda global recuou 1% no trimestre, em comparação com o primeiro trimestre de 2010. Excluindo a queda nas encomendas do Brasil de ATMs para urnas eletrônicas e sistemas para casas lotéricas, a demanda global cresceu 5%. As encomendas brasileiras de ATMs para lotéricas e urnas eletrônicas tiveram queda de 77% no período. No ano passado, a companhia havia registrado faturamento de US$ 46,2 milhões com esse segmento no Brasil.

A margem bruta total no segundo trimestre foi de 25,6%, o que representou retração de 1,2 ponto percentual comparado ao mesmo intervalo de 2010. A margem bruta total no trimestre, incluindo encargos de reestruturação foi de US$ 2,8 milhões dólares. A empresa possuia US$ 200 mil em despesas de reestruturação no segundo trimestre de 2010.

As despesas operacionais como percentual da receita para o segundo trimestre de 2011 aumentaram 2,1 pontos percentuais frente ao segundo trimestre de 2010, ficando em 21,8%. As despesas operacionais no período foram de US$ 144,388 milhões.

O lucro operacional foi de US$ 25,102 milhões, ante US$ 46,855 um ano atrás. A margem operacional ficou em 3,8% das vendas líquidas no trimestre, um decréscimo de 3,2 pontos percentuais em relação ao mesmo intervalo de 2010.

Para o ano fiscal, a Diebold prevê uma expansão da receita global entre 3% e 5% e lucro por ação entre US$ 1,43 e US$ 1,69.

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