EMPRESA COLOMBIANA POSSUI CARTÃO DE CRÉDITO INEXISTENTE NO BRASIL

portal Executivos Financeiros 06/05/2011 - Luisa Pascoareli

Na Colômbia, a empresa de concessão de crédito, Credivalores, realiza um serviço ainda inexistente no Brasil. A companhia possui um cartão de crédito – o Crediuno, que é utilizado por seus clientes, cerca de 80% não são bancarizados.

Com o cartão é possível fazer compras nos 16 estabelecimentos conveniados, porém o intuito é deixar de utilizar bandeira própria e começar a usar Visa para que seus clientes possam contar com toda a rede conveniada da marca. A principal novidade do cartão está no fato de que a cobrança dos gastos não serem feitos pela própria Credivalores, mas por empresas de serviços públicos como de água, luz, telefone.

Para o executivo da empresa, Carlos Torres, há ganhos de escala com a enorme base de clientes dessas companhias públicas e pouco risco para a empresa. “Em um país no qual 5,1 milhões de adultos possuem cartões de crédito e 63% deles não são bancarizados, há espaço para crescer”, acredita Torres. A empresa pretende atingir a marca de 1,5 milhões de clientes nos próximos cinco anos e conta com o apoio da organização do Banco Mundial IFC (International Financer Corporation) com montante de US$ 25 milhões.

No Brasil é proibido pelas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cobrança de terceiros em conta. Para o executivo da Eletricidade Brasil, Leopoldo Brugger, é necessário encontrar uma solução, já que 7% das margens das empresas de serviços públicos envolve processo de faturamento e cobrança.

Cerca de 6% dos clientes da CPFL energia contam com o sistema de boleto misto com fatura do serviço de energia com cobrança de outras empresas. No entanto, devido às novas resoluções que proíbem essa ação, novas parcerias não devem acontecer. Para a executiva da área de cobrança da CPFL, Raquel Cristino, esse é um ótimo sistema que tende a melhorar o modo como é feito cobrança. Para ela, o modo de cobrança deve ser mudado. “A cobrança não deve ser agressiva, é preciso tornar o cliente parceiro da empresa”, diz.

Apesar de esse serviço ser interrompido, outros continuam a ser oferecidos, como a rede CPFL Total. São mais de 2.000 estabelecimentos onde é possível de pagar contas de luz, água e telefone e solicitar serviços como 2ª via de conta de luz, consulta a débitos e religação energia da CPFL.