portal Folha Online 04/05/2011 - Reuters
O aumento da competição entre as empresas de meios de pagamento eletrônico enfraqueceu os resultados da Cielo no primeiro trimestre de 2011.
No período, a companhia, maior do setor no país, teve lucro líquido de R$ 424,7 milhões, uma queda de 3,5% em relação ao do primeiro trimestre do ano passado, refletindo uma combinação de menores receitas e aumento das despesas.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 567,2 milhões, uma queda de 12,3% ante o do mesmo período de 2010. A margem Ebitda despencou nove pontos, para 58,8%.
Os terminais da Cielo capturaram 1,059 bilhão de transações no trimestre, 14,1% a mais na comparação anual, e o volume financeiro subiu 19,5%, para R$ 70,2 bilhões de reais.
Os pagamentos com cartões de crédito somaram R$ 44,3 bilhões, crescendo 18%, enquanto as compras com cartão de débito chegaram a R$ 25,9 bilhões, alta de 22%.
No entanto, as receitas de transações com cartão de crédito caíram 3,1%, para R$ 538,9 milhões. Essa queda foi parcialmente compensada pelo aumento de 10,7% das receitas com cartões de débito, para R$ 196,2 milhões.
Outra fonte de pressão veio do aluguel de equipamentos (POS), que gerou receita de R$ 268,4 milhões, 8,9% menor do que no primeiro quarto de 2010. Já com antecipação de recebíveis, a empresa teve receita 74,7% maior.
Se em algumas das principais linhas de receitas, os números foram mais fracos, em despesas os aumentos foram generalizados.
O custo dos serviços prestados foi superior em 23,8%, para R$ 311,5 milhões, em parte "por causa do aumento das tarifas pagas às bandeiras", disse a Cielo.
Ao mesmo tempo, as despesas operacionais aumentaram 40,9%, enquanto as de marketing aumentaram 67,5%.
A companhia atribuiu essa elevação ao aumento das despesas com ações de fidelização com estabelecimentos comerciais e marketing institucional.
Na semana passada, sua principal concorrente, a Redecard, reportou lucro líquido de R$ 281,3 milhões no primeiro trimestre, um recuo de 20,2% sobre igual período de 2010.
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