jornal Valor Econômico 19/08/2010 - Alan Rappeport (Financial Times)
As vendas abaixo das previsões da Target em seu segundo trimestre fiscal, não impediram a rede varejista de descontos americana de conseguir crescimento nos lucros, graças a um programa agressivo de corte de custos e ao desempenho de suas operações de cartões de crédito.
A empresa de Minneapolis anunciou ontem aumento de 14,3% no lucro líquido, para US$ 679 milhões, em comparação aos US$ 594 milhões registrados nos mesmos meses de 2009.
O CEO da Target, Gregg Steinhafel, afirmou que as vendas de roupas e o volume de clientes mostraram-se "sólidos" e que a empresa está em boa posição para continuar lucrativa "independentemente do ritmo da recuperação".
As vendas subiram 3,8%, para US$ 15,1 bilhões. Incluindo apenas as lojas com mais de 12 meses, houve alta de apenas 1,7%. Para o terceiro trimestre, a empresa prevê aumento entre 1% e 3% nas vendas das lojas comparáveis.
Os clientes continuaram concentrando suas compras em produtos básicos, como artigos farmacêuticos e alimentos, que a Target começou a promover agressivamente no ano passado.
Houve menor demanda por eletrônicos, como videogames. "Os consumidores ganharam confiança e estão dispostos a gastar mais do que há um ano, mas continuam cautelosos sobre o futuro e muitos cuidadosos sobre como gastam seu dinheiro", afirmou Kathryn Tesija, vice-presidente da Target.
O melhor desempenho entre as operações da Target foi o da unidade de cartões de crédito, cujos lucros mais do que dobraram, para US$ 149 milhões. A companhia reduziu pesadamente suas despesas com créditos inadimplentes e adotou uma abordagem mais conservadora na concessão.
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