jornal DCI 26/08/2010 - Wilian Miron
Ao perceber a disparada no aumento de oferta de crédito no País, operadoras de telefonia móvel como Oi e Vivo viram um filão nessa área, explorada com ênfase por empresas como MasterCard e Visa (Cielo), por exemplo, e começam a testar parcerias e programas para brigar pela nova classe emergente, além de aumentar a gama de serviços oferecidos a sua base de clientes.
No caso da Vivo, braço da Telefônica e líder em telefonia móvel no Brasil, a oferta de serviços financeiros por celular deve acontecer por meio de parcerias como a firmada recentemente com o Banco Itaú, para vender cartão de crédito híbrido do banco aos clientes da base da operadora.
De acordo com Maurício Romão, diretor de Produtos e Serviços Financeiros da Vivo, a intenção da companhia é firmar parceria com instituições financeiras e ganhar participação na margem de lucro delas com a venda dos serviços. Ele também afirmou que a expectativa da empresa "é de que no futuro a área represente até 20% do faturamento da companhia", disse Romão, ontem, durante o fórum Mobile Money Brasil, que acontece em São Paulo.
Já o diretor-geral de Negócios e Empresas da Vivo, Silvio Antunes, atribuiu a entrada da operadora neste mercado ao amadurecimento do setor de telecomunicações nos últimos anos e também ao crescimento exponencial, no mundo, dos pagamentos por celular. "Queremos participar desse negócio porque, veja, no Japão 50% da população pagam pelo celular."
A concorrente Oi começa a preparar uma ofensiva sobre o mercado de cartões de crédito e pagamentos, com a Oi Paggo, braço criado para este segmento. Hoje o serviço está em fase de testes e funciona em apenas 21 cidades, como: Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Belo Horizonte (MG), São Gonçalo (RJ), Salvador (BA). "A solução permite que a gente dê um produto muito barato ao lojista, para ele poder aceitar cartão de crédito onde ele só precisa ter um chip nós entregamos quando cadastramos o lojista. E tem de ter um celular, mesmo dos modelos mais simples", disse o superintendente de Operações e Tecnologia da Oi Paggo, Agnaldo Netto. Segundo ele, em alguns casos a empresa vai subsidiar o custo do aparelho celular para o lojista.
"A outra vantagem que eles terão ao se tornarem parceiros nossos é que não há custo mensal para ter o serviço, ou seja: será cobrada apenas uma participação do valor da venda, como ocorre hoje com as grandes do mercado", disse.
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