portal Brasil Econômico 27/08/2010 - Thais Folego
O setor de cartões cresce a passos largos - em média 20% ao ano em faturamento - e, por isso mesmo, chamou a atenção do governo, que fez bastante pressão para regulá-lo.
Um cedeu daqui, outro dali, a Abecs incluiu alguns pontos no seu código de autorregulação e em algumas outras questões a supervisão caberá ao governo.
Com uma grande quantidade de reclamações em órgãos de defesa do consumidor, a entidade das empresas de cartão quer estabelecer melhores práticas.
Quais são os desafios após esse esforço de manter e melhorar a autorregulação com a pressão que o governo fez sobre o setor?
São três os movimentos que estamos fazendo. Primeiro é estabelecer na autorregulação da associação quais serão as penalidades para os associados que a descumprir.
Segundo é padronizar as tarifas de cartão de crédito cobrada pelos bancos, uma exigência do Banco Central. Isso facilita que o usuário estabeleça comparações entre as taxas cobradas pelas instituições financeiras.
Terceiro é estabelecer práticas para que o setor tenha cuidado com o consumidor, no atendimento e envio do contrato do cartão para o cliente.
Com a adesão da baixa renda aos cartões, discute-se a criação de novos produtos, principalmente no segmento de pré-pagos. Eles podem concorrer com os cartões de crédito ou débito?
Cada um tem seu espaço. Eles vão concorrer em poucos sentidos, mas nos demais cada um tem seu papel bem definido.
O cartão é a principal porta de inclusão bancária. Há pessoas das classes D e E que não têm conta corrente, mas têm cartão.
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