4 de jan. de 2012

COMPRAS DAS ESCOLAS SERÃO CONTROLADAS POR CARTÃO

jornal O Dia 14/12/2011 - Angélica Fernandes

No próximo ano letivo, as despesas das escolas estaduais do Rio com alimentação e manutenção serão controladas por um cartão corporativo de débito para cada unidade. O sistema vai registrar  todos os valores gastos e a empresa fornecedora. Hoje, as escolas recebem a verba em dinheiro. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira pelo secretário de Educação, Wilson Risolia, em audiência pública na Comissão de Educação da Alerj. Risolia atribuiu a má gestão de recursos os problemas com a merenda em escola de Cosmos, na Zona Oeste, que chegou a servir mariola como refeição, como mostrou reportagem de O DIA.

“Com o cartão, no dia seguinte, vou saber o que cada escola gastou, através do extrato. Com o cartão, casos como o do Colégio Irmã Dulce não será repetido”, aponta o secretário referindo-se à reportagem do jornal.

A Secretaria de Educação ainda apura de quem foi a responsabilidade. “Vamos punir os responsáveis pelo erro. A direção da escola será advertida, bem como a divisão regional, que teria que fiscalizá-la”, diz Risolia, que promete mais rigor nas inspeções e controle das escolas em 2012.

Sobre a verba de merenda para cada aluno, que custa ao estado diariamente R$ 0,10 e à União, R$ 0,30, Risolia diz que o valor é baixo para que se tenha “segurança alimentar”. “Uma criança de 10 anos não tem a necessidade que um jovem de 16 tem”, disse.

O dobro do investimento

Em 2012, o investimento nas escolas estaduais no ano que vem vai dobrar, afirma Risolia: a secretaria terá R$ 300 milhões para obras e planejamento pedagógico. E a previsão é criar mais 15 escolas em todo o estado. O ano de 2011, estima o secretário, fechará com R$ 120 milhões, 30 milhões a menos que a verba disponibilizada pelo governo do estado.

Ainda assim, segundo balanço estadual, o ano foi de melhoria na infraestrutura, com redução dos percentuais de ‘ruim’ e ‘péssimo’ na parte física das escolas. Em 2010, a estrutura de 22% das unidades era considerada ruim. Este ano, caiu para 17%. Já as péssimas, reduziram de 1% para 0,8% Na capital, das 100 escolas, 44 foram reformadas.

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