portal InfoMoney 16/03/2011
A confiança no setor de seguros continua baixa e o nível de lealdade dos consumidores está cada vez menor, dificultando que as empresas mantenham a base de clientes.
De acordo com um estudo da IBM divulgado nesta quarta-feira (16), com 21 mil consumidores de 20 países, sendo 1.600 do Brasil, 29% dos clientes possuem três ou mais provedores de seguros para diferentes linhas de produto e 25% dos entrevistados que se consideravam fiéis a uma marca específica trocaram de empresa nos últimos dois anos.
O levantamento também apontou uma alteração no perfil do consumidor, que passou a utilizar diferentes formas de interação com a companhia de seguros.
No Brasil, o corretor ainda é muito utilizado no contato com o cliente. “Apenas 51% dos usuários de seguros do País acreditam nas seguradoras, mas esse número aumenta muito quando adicionamos a figura do corretor”, afirma o líder da área de consultoria da IBM Brasil para o segmento de seguros, Roberto Ciccone.
Desafios
De acordo com a pesquisa, um dos maiores desafios para as seguradoras nos próximos anos será se aproximar dos clientes. Para isso, será necessário ir além da estratégia convencional.
“As organizações mais bem sucedidas serão as que apostarem em um processo de colaboração e co-criação de produtos e serviços com seus clientes, para melhor entender, prever e atender suas reais necessidades”, afirma Ciccone.
Executivos de seguradoras
Uma outra pesquisa recentemente divulgada pela IBM, que entrevistou 78 presidentes de seguradoras de 28 países, incluindo 10 presidentes do Brasil, mostrou que líderes do setor estão atentos às necessidades de seus consumidores.
Para 90% dos entrevistados, a aproximação com os clientes será tida como prioridade no trabalho das seguradoras frente aos desafios futuros. Mais da metade (55%) dos presidentes apontou a criatividade como principal qualidade do líder do setor, seguida de integridade (50%) e poder de influência (36%).
Para esses executivos, a complexidade no ambiente de negócios será o grande obstáculo para o sucesso das empresas nos próximos anos - constatação feita por quase 70% dos presidentes.
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