3 de ago. de 2011

VIVO NACIONALIZA RÁDIO PELO CELULAR

jornal Brasil Econômico 02/08/2011 – Fabiana Monte

A partir de hoje, a Vivo oferecerá em todo o Brasil o serviço Vivo Direto, de rádio no celular. Com isso, competirá diretamente com a Nextel, que se prepara para lançar serviços de telefonia de terceira geração. “Não é uma resposta à entrada da Nextel. Tem a ver com oportunidade. É mais um produto para o nosso portfólio e havia uma concorrente surfando sozinha nessa onda”, diz Paulo César Teixeira, presidente da unidade de mercado individual da Vivo.

Para o executivo, um dos diferenciais do serviço frente ao da concorrente é a cobertura. O Vivo Direto funciona em toda a rede da empresa, que cobre 3.663 municípios. A Nextel tem cobertura em 386 cidades, segundo o site da empresa. “Em termos populacionais, temos 90% de cobertura e eles têm 45%.”

O serviço da Vivo é vendido como um pacote opcional que os clientes pós-pagos podem contratar. Ele permite a comunicação ilimitada entre pessoas que tenham o serviço, inclusive para ligações de longa distância nacional. Por outro lado, a Vivo ainda não incluiu chamadas de longa distância internacional na oferta, algo que a Nextel oferece em seus planos, permitindo que seus clientes usem o serviço em países como Argentina, Canadá, Chile, Peru, El Salvador, Estados Unidos e México. “Numa segunda fase teremos o serviço no exterior, inicialmente com as empresas do grupo Telefônica na América Latina”, diz Teixeira, sem informar prazo. Em todos os países latino-americanos onde opera, a Telefônica oferece o serviço de rádio via celular, ou seja, o Vivo Direto nasce com a experiência da empresa em outras nações.

O pacote de rádio custa R$ 29,90 por mês, além da mensalidade do plano do cliente. Em São Paulo, por exemplo, o assinante paga R$ 77,90 ao mês pelo Vivo Direto e pelo Plano Você 45, que dá direito a 45 minutos de ligações locais, e a escolha de outros dois serviços, como torpedos e navegação pela internet. No Rio de Janeiro, a mesma combinação sai por R$ 75,90 e, no Maranhão, por R$ 72,08. “O plano de entrada deles é R$ 89 e o aparelho mais barato custa R$ 299.” O aparelho compatível com o serviço mais barato vendido pela Vivo custa R$ 99. O portfólio tem quatro modelos e até o fim do ano, serão sete.

A estratégia da Vivo foi lançar o serviço regionalmente. O objetivo era testar desempenho e garantir o suprimento de aparelhos compatíveis coma solução. O público-alvo inicial são clientes corporativos e jovens. Nas cidades onde o Vivo Direto chegou primeiro, consumidores finais são 40% das vendas, o que tem surpreendido Teixeira, que apostava em um volume superior a 60% para o mercado corporativo. “Especialmente no Rio de Janeiro, que sempre foi foco da concorrência e o serviço já é conhecido, temos tido uma resposta muito significativa. Ele representa metade do que ativamos no mês. Temos uma expectativa muito grande em relação a São Paulo.”

Por e-mail, a Nextel informou que “preza pela concorrência saudável e que essa competição beneficia o consumidor”.

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