2 de ago. de 2011

TELEFÔNICA ADOTA MARCA VIVO NO INÍCIO DE 2012

jornal Brasil Econômico 01/08/2011 – Fabiana Monte

A marca Vivo será adotada comercialmente pela Telefônica entre o primeiro trimestre do ano que vem e o início do segundo trimestre de 2012, informa Antônio Carlos Valente, presidente do Grupo Telefônica no Brasil. Com isso, os clientes de telefonia fixa da empresa em São Paulo passarão a receber contas com a marca Vivo.

“A complexidade está na integração de sistemas e no call center, para garantir uma nova experiência aos nossos clientes”, diz. A Vivo será a terceira marca comercial do grupo Telefônica no mundo. As outras duas são O2, usada na Europa, e Movistar, adotada na Espanha e em países latino-americanos de língua espanhola.

Valente diz que o processo de integração entre Vivo e Telefônica está ocorrendo dentro do cronograma estabelecido, mas não quis comentar quando as primeiras ofertas conjuntas, conhecidas como bundles, que reúnem banda larga, TV por assinatura e telefonia fixa, chegarão ao mercado. “Os próximos passos passam por ofertas integradas. Apesar da complexidade do processo, ele tem ocorrido bem”, afirma.

Expansão

O executivo reitera que os pilares de crescimento da companhia no Brasil passam por expansão fora de São Paulo e na oferta de serviços de banda larga e televisão por assinatura. A estrutura comercial e a infraestrutura de rede da Vivo são os caminhos naturais para a operadora ampliar sua presença em outros estados, onde ela não tiver redes físicas, seja de telecomunicações ou de televisão a cabo.

E o satélite é a alternativa mais viável para aumentar a presença da companhia na oferta de televisão paga em outros estados. Pelo menos até que o projeto de lei da câmara nº 116/2010 (PLC 116/2010) seja aprovado pelo Senado. Ele altera as regras do mercado de TV a cabo, permitindo que empresas do setor sejam conroladas por capital estrangeiro. A Telefônica tem participação na TVA, do Grupo Abril, até o limite permitido por lei e, em outra ocasião, Valente declarou que pretende obter o controle da companhia assim que a legislação permitir. A expectativa do executivo é que o projeto de lei seja aprovado pelo Senado até agosto.

“Temos implementado fibra em São Paulo para ultra banda-larga. O custo varia entre € 800 e 1000 euros por acesso. Para justificar o investimento, é preciso poder oferecer todos os serviços - TV e banda larga. Após a aprovação do projeto, muitas outras oportunidades serão analisadas”, diz Valente.

A rede de fibra óptica da Telefônica em São Paulo passa por 500 mil domicílios com condições de contratar o serviço. Por mês, cerca de 3 mil novas casas são incluídas na infraestrutura. “Certamente, para muitas cidades, satélite e soluções de banda larga sem fio são as mais adequadas. Mas as opções não são excludentes, até porque as redes físicas não são implementadas simultaneamente em toda a cidade”, completa Valente.

Operação cresce no mercado de internet móvel

Na última sexta-feira, a Vivo passou a oferecer cobertura de internet móvel em sua 1500ª cidade país, o município de Lagoa do Carro, a 60 quilômetros de Recife (PE). A cidade, de 15 mil habitantes, faz parte do plano Vivo Internet Brasil, anunciado em2010, e que prevê a cobertura de 2.832 municípios com rede de terceira geração de telefonia celular até meados de 2012. No anúncio do plano, a empresa tinha o serviço em 600 cidades. Em Pernambuco, a operadora começou os investimentos de R$ 300 milhões em 2008 e deve terminar no fim deste ano.

O Nordeste receberá R$ 1 bilhão no mesmo período, considerando início de operações, expansão de rede e aquisição de licenças. A Vivo foi a última das grandes operadoras de telefonia móvel a entrar em alguns estados do Nordeste, pois não tinha frequência para oferecer serviços na região. Em 2007, a empresa desembolsou cerca de R$ 13milhões para obter licença de atuação em Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, e, com isso, ter cobertura nacional.

Atualmente, segundo a consultoria Teleco, a Vivo ocupa a quarta colocação nesses estados, mas, de acordo com Antônio Carlos Valente, a companhia tem 37,4% de participação de mercado de dados. Na região, possui cobertura de rede em 391 municípios, dos quais 283 têm 3G. “Ser a quarta operadora neste momento não quer dizer que não vamos mudar de posição logo. Acreditamos que qualidade é um grande diferencial. Temos 1,5 mil cidades brasileiras com cobertura de terceira geração, o que é mais que a soma de todas as nossas concorrentes”, diz

Valente informou também que na próxima semana, 2/8, a empresa lançara seu serviço de rádio, semelhante ao da Nextel, em Pernambuco. Em outubro, a operadora passara a usar a faixa de frequência de 1.8MHz, adquirida em dezembro, o que ampliará a capacidade de rede da Vivo.

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