jornal DCI 02/08/2011 – Panorama Brasil
O HSBC no Brasil registrou lucro antes dos impostos de US$ 637 milhões no primeiro semestre, expansão de 33% ante o mesmo período de 2010. O país respondeu por 55% do resultado do banco na América Latina, que ficou em US$ 1,151 bilhão.
Dentre os 87 países em que o banco inglês atua, o Brasil foi o terceiro que mais contribuiu com seu lucro global, segundo comunicado divulgado pelo HSBC. Por isso, o mercado brasileiro não fará parte da reestruturação global anunciada, que prevê o corte de 30 mil funcionários até 2013.
No relatório em que apresentou os resultados globais, o HSBC destaca que as operações no Brasil têm apresentado forte crescimento, principalmente em crédito e seguros.
No financiamento habitacional, houve expansão de 93% na comparação do primeiro semestre de 2011 com o mesmo período do ano passado. Outras linhas ligadas a crédito pessoal tiveram aumento de 21,6% na mesma base de comparação. Assim como os outros bancos brasileiros, o HSBC também reporta que teve aumento das taxas de inadimplência, mas não revela o valor por país.
Na área de seguros, o banco destaca que aumentou o esforço de venda e conseguiu aumentar a comercialização de seguros ligados a crédito e a produtos de vida.
O banco anunciou lucro total de US$ 11,5 bilhões, conforme regras contábeis internacionais, contra US$ 11,1 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Também informou ontem que vai concentrar-se em países de alto potencial de crescimento.
Quanto à questão das demissões, o Brasil vai no caminho exatamente oposto, por conta de seus bons resultados. "O Brasil não faz parte da reestruturação do grupo, que inclui corte de funcionários", informou, em nota, a assessoria de imprensa da unidade no País.
Haverá mais cortes de empregos", disse o presidente Executivo do banco, Stuart Gulliver, em teleconferência. "Cerca de 25 mil vagas serão eliminadas entre o momento atual e o fim de 2013." Os cortes equivalem a quase 10% do quadro do HSBC e integram o programa de redução de custos da instituição, que planeja enfocar suas operações na Ásia. Já a unidade brasileira informou que contrata mil novos gerentes de relacionamento para ampliar presença no varejo local.
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