portal Executivos Financeiros 29/06/2011
Um estudo realizado nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Manaus, além do interior de S. Paulo aponta o perfil de usuários de cartões de crédito.
A pesquisa realizada pelo Instituto Medida Certa Pesquisa & Gestão e a CardMonitor, abrange 7,8 mil usuários de cartões emitidos por bancos, mil usuários de cartões híbridos (aquele emitido com função crédito e em parceria com comerciante) e 3,7 mil donos de cartões private label (sem bandeira cartões, próprio das lojas).A amostra apresenta 41% com renda entre mil e três mil reais, 37% com renda de três a nove mil reais, 12% com pessoas com renda de mais de nove mil reais e 11% com pessoas com renda abaixo de mil reais.
O tempo de espera foi o quesito pior avaliado por 23% dos clientes de cartões bancários. No entanto, 72% consideram-se satisfeitos com o sistema de atendimento, enfatizando a cordialidade, simpatia e boa-vontade.
Em relação ao programa de incentivo ao uso do cartão como milhagem, mais da metade dos clientes (52%) encontram-se satisfeitos. Entre os clientes de alta renda, 84% dos entrevistados consideram atrativos os programas de milhagem para troca por passagem aérea, contra 56% de entrevistados de baixa renda que consideram atrativa a troca de pontos por minutos de celulares pré-pagos.
No quesito entrega das faturas com antecedência, apenas 7% destacaram estarem insatisfeitos. No entanto, a pesquisa observa que a satisfação é proporcional e ligada ao fator logístico, quanto mais longe mora o cliente, mais difícil e demorado será a entrega. A insatisfação com as taxas de juros cobradas pelos cartões são mencionadas tanto por clientes de baixa renda quanto na alta.
Enquanto 17% dos que ganham mais de R$ 9 mil não estão contentes com as taxas, 24% daqueles clientes que ganham entre R$ 1,1 mil e R$ 3,1 mil também não estão satisfeitos. Entre os entrevistados, 16% apresentam restrições de crédito na Serasa Experian.
Entre os cartões bancários, o fator que mais pesa para os clientes indicarem o cartão a pessoas de seu relacionamento é o sistema de atendimento, face visível e tangível do produto. Já na categoria private label as tarifas e taxas praticadas determinam maior ou menor propensão de recomendar o produto, sinalizando que os clientes não as aceitam em produtos desta natureza, restritos a uma rede de lojas.
A propensão de os clientes recomendarem seu cartão de crédito é maior entre os possuidores de cartões bancários e híbridos, e bem menor entre possuidores de private label, o que é influenciado principalmente pela aceitação restrita.
Ao serem questionados por que usam mais determinado cartão, 17% entre os usuários de cartões bancários afirmaram que é o fato de serem aceitos em qualquer lugar, enquanto entre os usuários de cartões híbridos a resposta está ligada ao limite de crédito (24%), e entre os de cartões private label as principais razões recaem em atributos da rede de lojas e não do cartão em si, com, por exemplo, a variedade e diversidade de produtos. Por outro lado, esses mesmos clientes consideram desfavorável ter que ir até a loja para pagar suas faturas.
“As lojas, equivocadamente acham que é uma vantagem atribuir o pagamento de seus cartões às idas nas lojas, consideram uma forma de retenção até perceberem que isso pode afastar o consumidor”, alerta Daibert, que já constatou mudanças em grandes redes de varejo com base em estudos que avaliaram essa questão.
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