30 de jun. de 2011

CRESCIMENTO DO CRÉDITO NO PAÍS EM 12 MESES ATÉ MAIO É DE 20,4%, DIZ BC

portal Economia e Negócios 28/06/2011 - Renata Veríssimo e Fabio Graner (Agência Estado)

O estoque de crédito da economia brasileira cresceu 1,6% em maio ante abril, atingindo R$ 1,804 trilhão, equivalente a 46,9% do PIB. Em abril, o estoque equivalia a 46,6% do PIB. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Banco Central, em 12 meses até maio, a expansão do crédito é de 20,4%. No ano, a alta está em 5,8%. Nos últimos três meses - março, abril e maio - o crescimento foi de 4% em relação ao período imediatamente anterior.

Pelos dados do BC, o chamado crédito livre teve crescimento de 1,6% no estoque das operações em maio ante abril. O estoque do crédito com recursos direcionados apresentou a mesma alta de 1,6%.

A média diária de concessões de crédito livre caiu 5,3% em maio ante abril. No acumulado do ano, a média diária de concessões tem crescimento de 5,0%; nos últimos 12 meses, alta de 8,00%.

A média diária de concessões para pessoa física teve queda de 4,6% em maio ante abril. No ano, a média nesse segmento subiu 10,8% e em 12 meses, 11,1%. Para pessoa jurídica, houve queda de 5,8% na média diária de concessões em maio ante abril, mas no ano ainda há alta de 1,3% e em 12 meses, de 6,1%.

As concessões acumuladas no mês de maio tiveram expansão de 9,6% ante abril. No ano a expansão é de 0,4% e em 12 meses de 13,2%.

Nas operações para pessoa física, as concessões acumuladas no mês tiveram alta de 10,5% ante abril. No ano, a expansão é de 6% e em 12 meses, de 16,4%. Para pessoa jurídica, a elevação ante abril foi de 9,1%, mas no ano ocorre queda de 3,1% e em 12 meses expansão de 11,1%.

Juro

A taxa de juros no crédito livre subiu de 39,9% ao ano, em abril, para 40% em maio. Os juros dos financiamentos subiram 5 pontos porcentuais, no acumulado do ano, até maio, e 5,1 pontos porcentuais nos últimos 12 meses.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, informou que a taxa de juro do crédito livre em maio foi a maior desde fevereiro de 2009. Já as taxas do cheque especial são as mais elevadas desde abril de 1999, quando eram de 193,7%.

Maciel disse que os juros do cheque especial são tradicionalmente mais altos que em outras modalidades. "O cheque especial tem como característica o auxílio de liquidez no curto prazo", afirmou.

Nas operações de pessoa física a taxa de juros permaneceu estável em 46,8% ao ano. Por outro lado, a taxa para pessoa jurídica subiu de 31%, em abril, para 31,1% em maio.

A taxa dos empréstimos para pessoa jurídica, no acumulado do ano até maio, foi de 3,2 pontos porcentuais, enquanto que o encargo para pessoa física, no ano, foi de 6,2 pontos porcentuais. Em 12 meses, encerrados em maio, a taxa dos empréstimos para pessoa jurídica foi de 4,2 pontos porcentuais e para pessoa física, 5,3 pontos porcentuais.

O spread médio das operações de crédito livre subiu de 27,8 pontos porcentuais, em abril, para 27,9 pontos porcentuais em maio. No acumulado do ano, o crescimento do spread foi de 4,4 pontos porcentuais. Nas operações de financiamento das pessoas jurídicas, o spread se manteve estável em maio anti abril, em 19,4 pontos porcentuais.

Para a pessoa física, o spread aumentou de 34,2 pontos porcentuais, em abril, para 34,3 p.p, em maio. No ano, o spread das operações para pessoa jurídica subiu 2,4 pontos porcentuais e para pessoa física, 5,8 p.p.

O spread das operações de pessoa jurídica, nos últimos 12 meses encerrados em maio, subiu 2,6 pontos porcentuais e para pessoa física, 4,7 p.p.

Crédito habitacional

As operações de crédito habitacional cresceram 3,6% em maio ante abril, totalizando um estoque de R$ 161,398 bilhões. Até abril, o estoque dessas operações estava em R$ 155,785 bilhões. Em 12 meses, o crescimento das operações de crédito habitacional é de 49,8% e, no acumulado do ano, atingiu 16,3%, ao final de maio.

As operações de crédito automotivo para pessoa física apresentaram, em maio, uma expansão de 1,0%, atingindo um saldo de R$ 193,306 bilhões. No ano, até maio, o crescimento dos financiamentos de automóveis foi de 4% e, em 12 meses, de 16,9%.

Base monetária

A base monetária teve queda de 1,3% em maio ante abril pelo critério de média do saldo dos dias úteis. O estoque de papel moeda emitido caiu 1,4% e as reservas bancárias 1%. Pelo critério de saldo no final de período, a base monetária teve expansão de 3,2% em maio ante abril. O papel moeda emitiu recuou 0,3% e as reservas bancárias aumentaram 15,3%. Não foram informados os dados relativos à variação em 12 meses.

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