portal CardClipping
Os americanos estão se tornando mais receptivos aos pagamentos móveis, com os homens e os jovens liderando na adoção da modalidade. Os dados constam em pesquisa patrocinada pela MasterCard.
O estudo, realizado pela Kelton Research, mostra que 62% dos americanos que utilizam um telefone móvel estariam abertos a usar seus aparelhos para fazer compras.
Entre os respondentes com idade entre 18 e 34 anos, 63% afirmam que estariam à vontade usando seus celulares para fazer compras, contra apenas 37% das pessoas acima de 34 anos. Na realidade, quando abordado o público entre 18 e 34 anos, 65% declararam sentir-se mais inseguros sem portar seus celulares do que suas carteiras, ante 34% das pessoas no grupo com 35 anos ou mais.
Também há diferenças entre os sexos, com 51% dos homens dizendo que ficariam à vontade com os pagamentos móveis, em comparação com apenas 40% das mulheres. Quase metade dos homens (49%) ficaria bem impressionada ao ver alguém pagar uma conta via aplicativo móvel, comparado a 45% das mulheres.
A segurança e a privacidade, no entanto, continuam sendo as maiores preocupações, com quase dois em cada três entrevistados dizendo que precisam certificar-se de que suas informações pessoais estão seguras, antes de se sentirem confiantes para realizar a transação.
A MasterCard tem trabalhado com o Google em soluções de m-payments. Sua principal concorrente, a Visa, revelou recentemente que sua carteira digital está chegando aos clientes dos Estados Unidos e Canadá no quarto trimestre deste ano.
Enquanto isso, as empresas de telecomunicações do país também estão se mexendo, com a joint-venture da AT&T, Verizon e T-Mobile planejando seu projeto piloto de m-commerce no início de 2012 e com a Sprint Nextel trabalhando para lançar um serviço semelhante ainda no final deste ano.
31 de mai. de 2011
CARTÃO DESTOA DE DEMAIS LINHAS E CONCESSÃO SOBE
jornal Valor Econômico 31/05/2011 Adriana Cotias
Num momento em que as concessões endereçadas ao consumo recuam em praticamente todas as linhas, chama a atenção o comportamento do brasileiro no uso dos cartões de crédito. Pelas estatísticas do Banco Central (BC), a média diária tomada pela pessoa física na modalidade disparou 17,9% em abril, a R$ 1,085 bilhão, maior movimentação mensal da série. As concessões acumuladas no mês atingiram R$ 20,6 bilhões, com alta de 6,7% em relação a março e de 20,6% na comparação com abril de 2010.
A inclusão de novos participantes no sistema, com aumento da base de cartões, além do uso maior do rotativo e do pagamento parcelado explicam essa dinâmica, resume o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Claudio Yamaguti. "No parcelamento, os tíquetes são mais altos e isso impacta o valor nominal da carteira."
O curioso é que o volume que efetivamente vira crédito no cartão aumentou às vésperas de começarem a valer as novas regras do BC, que determinou, a partir de 1º de junho, o pagamento mínimo de 15% da fatura - parcela que sobe a 20% em dezembro - ante os 10% normalmente adotados pelos bancos emissores.
Dada a gradualidade da alteração e a antecedência com que foi anunciada - o Conselho Monetário Nacional (CMN) votou tal modificação em novembro -, Yamaguti não espera uma deterioração das carteiras decorrente do aumento da fatia que o consumidor terá que pagar. "De 10% para 15% não é uma mudança drástica e os emissores tiveram tempo de se comunicar previamente com os seus clientes."
Segundo dados da Abecs, no primeiro trimestre, 48% do volume transacionado em crédito tinha sido na forma parcelada. Isso equivale a R$ 40,2 bilhões, de um total de R$ 83,7 bilhões. Para abril, a estimativa da entidade é de que o giro no crédito tenha adicionado R$ 27,9 bilhões a essa soma. O número de cartões de crédito totalizava então 159,5 milhões de unidades, 6,1 milhões a mais do que em dezembro.
De janeiro a março, o brasileiro movimentou em cartões - incluindo débito, crédito e "private label" (com a marca do lojista) - R$ 145,2 bilhões, um crescimento de 23% em relação do mesmo período do ano passado. Trata-se de um desempenho pouco acima do estimado pela entidade para o ano, de uma expansão de 20%, a R$ 642 bilhões. O tíquete médio das operações também subiu de março de 2010 para cá, passando de R$ 104 para R$ 111 no crédito, e de R$ 53 a R$ 56 no débito.
De acordo com Yamaguti, as medidas de restrição ao endividamento específicas ao setor, como o aumento do IOF para compras no exterior, ainda não surtiram efeito. Outro efeito que o segmento começa a capturar é a inflação que vem sendo repassada pelo varejo ao consumidor.
Num momento em que as concessões endereçadas ao consumo recuam em praticamente todas as linhas, chama a atenção o comportamento do brasileiro no uso dos cartões de crédito. Pelas estatísticas do Banco Central (BC), a média diária tomada pela pessoa física na modalidade disparou 17,9% em abril, a R$ 1,085 bilhão, maior movimentação mensal da série. As concessões acumuladas no mês atingiram R$ 20,6 bilhões, com alta de 6,7% em relação a março e de 20,6% na comparação com abril de 2010.
A inclusão de novos participantes no sistema, com aumento da base de cartões, além do uso maior do rotativo e do pagamento parcelado explicam essa dinâmica, resume o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Claudio Yamaguti. "No parcelamento, os tíquetes são mais altos e isso impacta o valor nominal da carteira."
O curioso é que o volume que efetivamente vira crédito no cartão aumentou às vésperas de começarem a valer as novas regras do BC, que determinou, a partir de 1º de junho, o pagamento mínimo de 15% da fatura - parcela que sobe a 20% em dezembro - ante os 10% normalmente adotados pelos bancos emissores.
Dada a gradualidade da alteração e a antecedência com que foi anunciada - o Conselho Monetário Nacional (CMN) votou tal modificação em novembro -, Yamaguti não espera uma deterioração das carteiras decorrente do aumento da fatia que o consumidor terá que pagar. "De 10% para 15% não é uma mudança drástica e os emissores tiveram tempo de se comunicar previamente com os seus clientes."
Segundo dados da Abecs, no primeiro trimestre, 48% do volume transacionado em crédito tinha sido na forma parcelada. Isso equivale a R$ 40,2 bilhões, de um total de R$ 83,7 bilhões. Para abril, a estimativa da entidade é de que o giro no crédito tenha adicionado R$ 27,9 bilhões a essa soma. O número de cartões de crédito totalizava então 159,5 milhões de unidades, 6,1 milhões a mais do que em dezembro.
De janeiro a março, o brasileiro movimentou em cartões - incluindo débito, crédito e "private label" (com a marca do lojista) - R$ 145,2 bilhões, um crescimento de 23% em relação do mesmo período do ano passado. Trata-se de um desempenho pouco acima do estimado pela entidade para o ano, de uma expansão de 20%, a R$ 642 bilhões. O tíquete médio das operações também subiu de março de 2010 para cá, passando de R$ 104 para R$ 111 no crédito, e de R$ 53 a R$ 56 no débito.
De acordo com Yamaguti, as medidas de restrição ao endividamento específicas ao setor, como o aumento do IOF para compras no exterior, ainda não surtiram efeito. Outro efeito que o segmento começa a capturar é a inflação que vem sendo repassada pelo varejo ao consumidor.
PLÁSTICO CHINÊS
jornal Folha de S. Paulo 31/05/2011 – Mercado Aberto
O presidente da CUP (China UnionPay), uma das maiores bandeiras de cartões de crédito da China, Xu Luode, vem ao Brasil nesta semana para fechar parceria com Itaú e Redecard.
A CUP tem 2,4 bilhões de clientes com cartões.
Com o plástico, será possível fazer saques em reais em terminais de autoatendimento Itaú e compras em lojas credenciadas Redecard.
O presidente da CUP (China UnionPay), uma das maiores bandeiras de cartões de crédito da China, Xu Luode, vem ao Brasil nesta semana para fechar parceria com Itaú e Redecard.
A CUP tem 2,4 bilhões de clientes com cartões.
Com o plástico, será possível fazer saques em reais em terminais de autoatendimento Itaú e compras em lojas credenciadas Redecard.
CORREIOS VÃO DISPUTAR TELEFONIA MÓVEL EM 2012
jornal Brasil Econômico 31/05/2011 - Fabiana Monte e Françoise Terzian
Os Correios vão entrar no mercado de telefonia celular a partir do próximo ano, atuando como operadora móvel virtual e com grandes chances de oferecer um serviço com marca própria, afirma o presidente da companhia, Wagner Pinheiro de Oliveira. Neste modelo, os Correios alugarão a rede de outra empresa de telefonia celular, como Claro, Oi, Tim e Vivo, para oferecer serviços de nicho à população. Ou seja, eles comprarão minutos no atacado e venderão no varejo. “Com os avanços tecnológicos, os serviços tradicionais dos Correios estão diminuindo. Temos de achar alternativas de receitas”, diz.
No ano passado, os Correios faturaram R$ 13 bilhões e registraram um lucro líquido de R$ 827 milhões. Do montante de vendas, 65% vieram de cartas. O objetivo de agora em diante é ganhar receita com serviços diferenciados como os de celular e também com a logística integrada. Isso significa que os Correios tendem a brigar cada vez mais não só com DHL e UPS, mas também com o TIM, Claro, Vivo e Oi. “O olhar para quatro anos é fazer com que o faturamento cresça 50%”, afirma Oliveira.
Serviços
Como operadora móvel virtual, os Correios poderão oferecer serviços que melhorem sua operação, como monitoramento em tempo real de sua frota e dos entregadores; acompanhamento de cargas e comunicação entre carteiros e agências. Oliveira não revela os planos da empresa, uma vez que os projetos ainda se encontram em fase de análise. “Já temos uma avaliação econômico-financeira que mostra viabilidade para o projeto. Falta definir nosso modelo de atuação e, depois, fazer a análise de receita”, diz. Para usuários finais, a empresa pode oferecer alertas de entrega e acompanhamento de correspondências.
Atuar como operadora móvel virtual é uma tendência mundial, a exemplo do que recentemente fez o La Poste, o correio francês, no dia 23 de maio, quando lançou um serviço próprio de telefonia celular no qual é possível escolher entre uma gama de 29 aparelhos a € 1 cada, dentre outras ofertas. No Brasil, o mercado ainda dá os primeiros passos e apenas a Porto Seguro anunciou planos de atuar como operadora móvel virtual, com estreia prevista para o segundo semestre. No dia 17 de maio, decreto da presidente Dilma Roussef sinalizou mudanças no estatuto dos Correios que, agora, podem atuar como operadora móvel virtual, entre outras possibilidades.
Agora, o que falta aos Correios é decidir qual modelo adotar. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu que as operadoras móveis virtuais podem ser autorizadas ou credenciadas. Se escolher a primeira opção, calcula-se ser necessário um investimento de entrada da ordem de R$ 100milhões, para montar uma estrutura própria com call center, sistemas de faturamento e pós-venda, entre outros. Já no modelo de credenciada, o aporte inicial seria da ordem de R$ 20 milhões e a responsabilidade da infraestrutura fica por conta da empresa fornecedora da capacidade de rede.
Benefícios
Um dos pilares da estratégia dos Correios é usar a rede de agências de 12 mil pontos no país, incluindo as 6,2 mil unidades com Banco Postal, que contabiliza 11milhões de clientes. O atendimento presencial dos Correios seria um diferencial frente às operadoras tradicionais. Conta também a experiência na prestação de serviço público. Os Correios também poderão oferecer serviços bancários pelo celular. Como o Banco Postal chega onde nem as instituições financeiras vão, a lógica do Correio é a mesma. Atingir a minoria da população que ainda não tem celular. “Há 212,6 milhões de linhas móveis no país e 15% de brasileiros sem um aparelho celular”, conta Oliveira.
Os Correios vão entrar no mercado de telefonia celular a partir do próximo ano, atuando como operadora móvel virtual e com grandes chances de oferecer um serviço com marca própria, afirma o presidente da companhia, Wagner Pinheiro de Oliveira. Neste modelo, os Correios alugarão a rede de outra empresa de telefonia celular, como Claro, Oi, Tim e Vivo, para oferecer serviços de nicho à população. Ou seja, eles comprarão minutos no atacado e venderão no varejo. “Com os avanços tecnológicos, os serviços tradicionais dos Correios estão diminuindo. Temos de achar alternativas de receitas”, diz.
No ano passado, os Correios faturaram R$ 13 bilhões e registraram um lucro líquido de R$ 827 milhões. Do montante de vendas, 65% vieram de cartas. O objetivo de agora em diante é ganhar receita com serviços diferenciados como os de celular e também com a logística integrada. Isso significa que os Correios tendem a brigar cada vez mais não só com DHL e UPS, mas também com o TIM, Claro, Vivo e Oi. “O olhar para quatro anos é fazer com que o faturamento cresça 50%”, afirma Oliveira.
Serviços
Como operadora móvel virtual, os Correios poderão oferecer serviços que melhorem sua operação, como monitoramento em tempo real de sua frota e dos entregadores; acompanhamento de cargas e comunicação entre carteiros e agências. Oliveira não revela os planos da empresa, uma vez que os projetos ainda se encontram em fase de análise. “Já temos uma avaliação econômico-financeira que mostra viabilidade para o projeto. Falta definir nosso modelo de atuação e, depois, fazer a análise de receita”, diz. Para usuários finais, a empresa pode oferecer alertas de entrega e acompanhamento de correspondências.
Atuar como operadora móvel virtual é uma tendência mundial, a exemplo do que recentemente fez o La Poste, o correio francês, no dia 23 de maio, quando lançou um serviço próprio de telefonia celular no qual é possível escolher entre uma gama de 29 aparelhos a € 1 cada, dentre outras ofertas. No Brasil, o mercado ainda dá os primeiros passos e apenas a Porto Seguro anunciou planos de atuar como operadora móvel virtual, com estreia prevista para o segundo semestre. No dia 17 de maio, decreto da presidente Dilma Roussef sinalizou mudanças no estatuto dos Correios que, agora, podem atuar como operadora móvel virtual, entre outras possibilidades.
Agora, o que falta aos Correios é decidir qual modelo adotar. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu que as operadoras móveis virtuais podem ser autorizadas ou credenciadas. Se escolher a primeira opção, calcula-se ser necessário um investimento de entrada da ordem de R$ 100milhões, para montar uma estrutura própria com call center, sistemas de faturamento e pós-venda, entre outros. Já no modelo de credenciada, o aporte inicial seria da ordem de R$ 20 milhões e a responsabilidade da infraestrutura fica por conta da empresa fornecedora da capacidade de rede.
Benefícios
Um dos pilares da estratégia dos Correios é usar a rede de agências de 12 mil pontos no país, incluindo as 6,2 mil unidades com Banco Postal, que contabiliza 11milhões de clientes. O atendimento presencial dos Correios seria um diferencial frente às operadoras tradicionais. Conta também a experiência na prestação de serviço público. Os Correios também poderão oferecer serviços bancários pelo celular. Como o Banco Postal chega onde nem as instituições financeiras vão, a lógica do Correio é a mesma. Atingir a minoria da população que ainda não tem celular. “Há 212,6 milhões de linhas móveis no país e 15% de brasileiros sem um aparelho celular”, conta Oliveira.
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LEILÃO DO BANCO POSTAL SERÁ SÓ PARA GRANDES INSTITUIÇÕES, DIZ CORREIOS
jornal O Estado de S.Paulo 31/05/2011 - Karla Mendes (Agência Estado)
Bancos de pequeno porte ficarão de fora da licitação bilionária do Banco Postal que ocorrerá amanhã. Além de estipular valores de ativos de patrimônio líquido que restringem a concorrência a 12 instituições financeiras que atuam no País, os Correios vetaram ainda a formação de consórcios de bancos menores para participar do leilão.
"Nossa área técnica considera que não é adequado fazer isso. Por quê? Porque é inviável fazer um consórcio de bancos regionais. Como é que eles vão atender nacionalmente? Nós estamos contratando um banco para nós sermos correspondente dele. Então, se ele não puder atender no Amazonas, não tem sentido", afirmou o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, à Agência Estado.
Pinheiro salientou, porém, que nada impede que os bancos menores depois façam parcerias com os grandes para atender demandas regionais. "O pequeno não pode fazer consórcio com um grande (para concorrer ao leilão). Mas depois ele pode se associar como banco regional para cuidar da área de interesse daquele público regional", disse.
Pelos critérios do edital, só poderão participar da concorrência instituições financeiras que se enquadrem nos seguintes quesitos: ativos de R$ 21,6 bilhões e patrimônio líquido de R$ 2,16 bilhões, no mínimo. Com essas condições, podem participar do leilão Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander, HSBC, Votorantim, Safra, BTG Pactual, Banrisul, BNP Paribas e Citibank, conforme levantamento da consultoria Austin Rating. O valor básico de acesso ao negócio para operar o Banco Postal é de R$ 500 milhões.
Parceria
O presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Martins Oliva, reconhece que, para administrar um negócio do tamanho do Banco Postal, tem de ser uma instituição de grande porte. Ele defende, porém, que os bancos menores possam atuar nas agências do Banco Postal, na área de empréstimos, por exemplo, o que aumentaria inclusive a concorrência nesse segmento e contribuiria para a queda de juros, sobretudo em localidades onde a oferta desse tipo de serviço é restrita.
Pinheiro admite que há espaço para a atuação de bancos de menor porte em alguns segmentos e oferta de outros serviços. Ele ressaltou, porém, que esse tipo de parceria ficaria a cargo da instituição que vencer o leilão.
Entre os bancos aptos a concorrer ao negócio, não se sabe ainda quantos participarão do leilão. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que Caixa e Banco do Brasil estão interessados. "Há interesse, pelo que eu sei. É uma operação muito grande", observou. O ministro diz acreditar que o leilão terá uma boa disputa. Um dos principais atrativos é a capilaridade da rede de agências dos Correios, usando o exemplo do próprio Bradesco, instituição responsável atualmente pelo Banco Postal. "O Bradesco fala que está presente em todos os municípios. Não é o Bradesco que está; são os Correios".
A estatal teve um salto na arrecadação proveniente dos serviços de correspondente bancário prestados na rede de agências. As 200 milhões de transações realizadas via Banco Postal renderam aos Correios uma receita de R$ 322 milhões, o que representou um crescimento de 41,7% em relação a 2009, conforme balanço divulgado pela empresa.
E a estatal já deixou claro que quer aumentar ainda mais a rentabilidade do negócio, que superou em 2010 a marca de 10 milhões de contas abertas desde sua inauguração. O edital prevê o pagamento de uma receita anual de R$ 337,3 milhões referente às transações bancárias para os Correios. "Não é receita mínima. É a expectativa que a empresa tem com base no serviço que é prestado, com perspectiva de crescimento", ressaltou Bernardo. No ano passado, a estatal ampliou sua rede de atendimento de 6.046 para 6.192 agências, o que garante cobertura de 95% dos municípios do País.
Ciente do potencial da capilaridade de sua rede, os Correios também usam o novo edital do Banco Postal para estabelecer que novos produtos, como o cartão de crédito e o cartão pré-pago próprios da estatal, não tenham vínculo obrigatório com a instituição financeira que vencer a concorrência para prestar os serviços de correspondente bancário.
Assim, se a estatal tiver autorização do Banco Central para lançar esses cartões próprios ou decidir comercializar nas agências postais seguros, títulos de capitalização ou previdência privada, por exemplo, ela fará uma licitação à parte, em que vencerá a concorrência a instituição que oferecer a proposta que melhor remunere os Correios.
Pinheiro ponderou, contudo, que não há previsão de lançamento do serviços. "A gente está se reservando ao direito de fazer essa ressalva. Porque se formos lançar um cartão de crédito próprio, por exemplo, não queremos ficar amarrados com quem tem parceria no Banco Postal", destacou. "A importância dessa cláusula é proteger a ECT. É dar o direito de, se lançarmos um cartão, não ficarmos presos a um contrato que não tem nada a ver com cartão de crédito".
Bancos de pequeno porte ficarão de fora da licitação bilionária do Banco Postal que ocorrerá amanhã. Além de estipular valores de ativos de patrimônio líquido que restringem a concorrência a 12 instituições financeiras que atuam no País, os Correios vetaram ainda a formação de consórcios de bancos menores para participar do leilão.
"Nossa área técnica considera que não é adequado fazer isso. Por quê? Porque é inviável fazer um consórcio de bancos regionais. Como é que eles vão atender nacionalmente? Nós estamos contratando um banco para nós sermos correspondente dele. Então, se ele não puder atender no Amazonas, não tem sentido", afirmou o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, à Agência Estado.
Pinheiro salientou, porém, que nada impede que os bancos menores depois façam parcerias com os grandes para atender demandas regionais. "O pequeno não pode fazer consórcio com um grande (para concorrer ao leilão). Mas depois ele pode se associar como banco regional para cuidar da área de interesse daquele público regional", disse.
Pelos critérios do edital, só poderão participar da concorrência instituições financeiras que se enquadrem nos seguintes quesitos: ativos de R$ 21,6 bilhões e patrimônio líquido de R$ 2,16 bilhões, no mínimo. Com essas condições, podem participar do leilão Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander, HSBC, Votorantim, Safra, BTG Pactual, Banrisul, BNP Paribas e Citibank, conforme levantamento da consultoria Austin Rating. O valor básico de acesso ao negócio para operar o Banco Postal é de R$ 500 milhões.
Parceria
O presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Martins Oliva, reconhece que, para administrar um negócio do tamanho do Banco Postal, tem de ser uma instituição de grande porte. Ele defende, porém, que os bancos menores possam atuar nas agências do Banco Postal, na área de empréstimos, por exemplo, o que aumentaria inclusive a concorrência nesse segmento e contribuiria para a queda de juros, sobretudo em localidades onde a oferta desse tipo de serviço é restrita.
Pinheiro admite que há espaço para a atuação de bancos de menor porte em alguns segmentos e oferta de outros serviços. Ele ressaltou, porém, que esse tipo de parceria ficaria a cargo da instituição que vencer o leilão.
Entre os bancos aptos a concorrer ao negócio, não se sabe ainda quantos participarão do leilão. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que Caixa e Banco do Brasil estão interessados. "Há interesse, pelo que eu sei. É uma operação muito grande", observou. O ministro diz acreditar que o leilão terá uma boa disputa. Um dos principais atrativos é a capilaridade da rede de agências dos Correios, usando o exemplo do próprio Bradesco, instituição responsável atualmente pelo Banco Postal. "O Bradesco fala que está presente em todos os municípios. Não é o Bradesco que está; são os Correios".
A estatal teve um salto na arrecadação proveniente dos serviços de correspondente bancário prestados na rede de agências. As 200 milhões de transações realizadas via Banco Postal renderam aos Correios uma receita de R$ 322 milhões, o que representou um crescimento de 41,7% em relação a 2009, conforme balanço divulgado pela empresa.
E a estatal já deixou claro que quer aumentar ainda mais a rentabilidade do negócio, que superou em 2010 a marca de 10 milhões de contas abertas desde sua inauguração. O edital prevê o pagamento de uma receita anual de R$ 337,3 milhões referente às transações bancárias para os Correios. "Não é receita mínima. É a expectativa que a empresa tem com base no serviço que é prestado, com perspectiva de crescimento", ressaltou Bernardo. No ano passado, a estatal ampliou sua rede de atendimento de 6.046 para 6.192 agências, o que garante cobertura de 95% dos municípios do País.
Ciente do potencial da capilaridade de sua rede, os Correios também usam o novo edital do Banco Postal para estabelecer que novos produtos, como o cartão de crédito e o cartão pré-pago próprios da estatal, não tenham vínculo obrigatório com a instituição financeira que vencer a concorrência para prestar os serviços de correspondente bancário.
Assim, se a estatal tiver autorização do Banco Central para lançar esses cartões próprios ou decidir comercializar nas agências postais seguros, títulos de capitalização ou previdência privada, por exemplo, ela fará uma licitação à parte, em que vencerá a concorrência a instituição que oferecer a proposta que melhor remunere os Correios.
Pinheiro ponderou, contudo, que não há previsão de lançamento do serviços. "A gente está se reservando ao direito de fazer essa ressalva. Porque se formos lançar um cartão de crédito próprio, por exemplo, não queremos ficar amarrados com quem tem parceria no Banco Postal", destacou. "A importância dessa cláusula é proteger a ECT. É dar o direito de, se lançarmos um cartão, não ficarmos presos a um contrato que não tem nada a ver com cartão de crédito".
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GOOGLE TERÁ SERVIÇO DE PESQUISA DE PREÇOS NO BRASIL
portal Exame 29/05/2011 - Maurício Grego
Deve estrear no Brasil, nas próximas semanas, o Google Product Search, serviço de comparação de preços disponível nos Estados Unidos e em nove outros países. O Google já esteve conversando com empresas brasileiras que desenvolvem sites de comércio eletrônico. E algumas delas já preparam as lojas online para fornecer o catálogo de produtos ao comparador do Google.
Diferentemente do Buscapé, que é líder em serviços de comparação de preços no Brasil, o Google não cobra uma taxa do lojista para que seus produtos apareçam na pesquisa. Ele também não aceita pagamentos para que determinadas ofertas sejam exibidas primeiro na lista de resultados. Em vez disso, o site de buscas ganha dinheiro exibindo anúncios associados à pesquisa do usuário.
Do ponto de vista do consumidor, o Google Product Search é parecido com outros comparadores de preço. Quando alguém faz uma busca, o serviço mostra uma descrição do produto, o preço mínimo encontrado e uma avaliação (de uma a cinco estrelas) feita pelos usuários. Mais abaixo, vem a lista de lojas com os respectivos preços — cada uma também com uma avaliação dos usuários. No final, ficam os comentários sobre o produto e uma lista de itens similares.
Catálogo de produtos
Para participar do serviço, o lojista faz um cadastro no site Central do Comerciante (Google Merchant Center). Depois, seu sistema de comércio eletrônico precisa gerar um arquivo com os dados do catálogo de produtos e mantê-lo atualizado. Os servidores do Google usarão esse catálogo para a pesquisa de preços.
A VTEX, empresa que implantou o sistema de comércio eletrônico do Walmart, da Polishop e de outras lojas no Brasil, diz que seus aplicativos já estão prontos para o Google Product Search. “Pelo fato de a inclusão dos produtos ser gratuita, o Google deve atrair mais lojistas do que os sites onde a inclusão é paga, como o Buscapé. É o que aconteceu nos Estados Unidos”, diz Alexandre Soncini, diretor de vendas e marketing da VTEX.
Nome mutante
Quando estreou nos Estados Unidos, em 2002, o serviço se chamava Froogle, uma mistura de frugal com Google. Mas os americanos achavam esse nome esquisito. Em 2007, ele foi mudado para Google Products e, depois, para o nome atual. É possível que o Google traduza o nome para o português, chamando-o de Busca de Produtos ou algo similar. O Google Merchant Center já aparece, nos textos em português da empresa, com o nome Central do Comerciante.
Deve estrear no Brasil, nas próximas semanas, o Google Product Search, serviço de comparação de preços disponível nos Estados Unidos e em nove outros países. O Google já esteve conversando com empresas brasileiras que desenvolvem sites de comércio eletrônico. E algumas delas já preparam as lojas online para fornecer o catálogo de produtos ao comparador do Google.
Diferentemente do Buscapé, que é líder em serviços de comparação de preços no Brasil, o Google não cobra uma taxa do lojista para que seus produtos apareçam na pesquisa. Ele também não aceita pagamentos para que determinadas ofertas sejam exibidas primeiro na lista de resultados. Em vez disso, o site de buscas ganha dinheiro exibindo anúncios associados à pesquisa do usuário.
Do ponto de vista do consumidor, o Google Product Search é parecido com outros comparadores de preço. Quando alguém faz uma busca, o serviço mostra uma descrição do produto, o preço mínimo encontrado e uma avaliação (de uma a cinco estrelas) feita pelos usuários. Mais abaixo, vem a lista de lojas com os respectivos preços — cada uma também com uma avaliação dos usuários. No final, ficam os comentários sobre o produto e uma lista de itens similares.
Catálogo de produtos
Para participar do serviço, o lojista faz um cadastro no site Central do Comerciante (Google Merchant Center). Depois, seu sistema de comércio eletrônico precisa gerar um arquivo com os dados do catálogo de produtos e mantê-lo atualizado. Os servidores do Google usarão esse catálogo para a pesquisa de preços.
A VTEX, empresa que implantou o sistema de comércio eletrônico do Walmart, da Polishop e de outras lojas no Brasil, diz que seus aplicativos já estão prontos para o Google Product Search. “Pelo fato de a inclusão dos produtos ser gratuita, o Google deve atrair mais lojistas do que os sites onde a inclusão é paga, como o Buscapé. É o que aconteceu nos Estados Unidos”, diz Alexandre Soncini, diretor de vendas e marketing da VTEX.
Nome mutante
Quando estreou nos Estados Unidos, em 2002, o serviço se chamava Froogle, uma mistura de frugal com Google. Mas os americanos achavam esse nome esquisito. Em 2007, ele foi mudado para Google Products e, depois, para o nome atual. É possível que o Google traduza o nome para o português, chamando-o de Busca de Produtos ou algo similar. O Google Merchant Center já aparece, nos textos em português da empresa, com o nome Central do Comerciante.
CETELEM BGN E CONDOR SUPER CENTER RENOVAM PARCERIA
portal Executivos Financeiros 30/05/2011
A Cetelem BGN e o Condor Super Center, grande rede de supermercados do Paraná, renovaram parceria por mais dez anos. O novo contrato foi feito antes mesmo do vencimento do anterior.
O Condor Super Center conta com 190 mil cartões emitidos com a bandeira Aura. O valor responde por 10% do faturamento da rede, que em 2010 foi de R$ 1,728 bilhão. O objetivo é dobrar essa participação até o próximo ano.
Com a renovação do contrato, os cartões passam a ser emitidos com a Bandeira MasterCard. Além de fazer a conversão dos atuais 190 mil cartões Aura, a meta é emitir cerca de 100 mil novos plásticos por ano. Para a novidade do novo cartão Condor MasterCard, previsto para julho, os clientes terão condições especiais de parcelamento e outros privilégios exclusivos.
A Cetelem BGN e o Condor Super Center, grande rede de supermercados do Paraná, renovaram parceria por mais dez anos. O novo contrato foi feito antes mesmo do vencimento do anterior.
O Condor Super Center conta com 190 mil cartões emitidos com a bandeira Aura. O valor responde por 10% do faturamento da rede, que em 2010 foi de R$ 1,728 bilhão. O objetivo é dobrar essa participação até o próximo ano.
Com a renovação do contrato, os cartões passam a ser emitidos com a Bandeira MasterCard. Além de fazer a conversão dos atuais 190 mil cartões Aura, a meta é emitir cerca de 100 mil novos plásticos por ano. Para a novidade do novo cartão Condor MasterCard, previsto para julho, os clientes terão condições especiais de parcelamento e outros privilégios exclusivos.
Marcadores:
Aura,
Cetelem BGN,
Condor Super Center,
MasterCard
SEBRAE ESTREITA ALIANÇA COM BANCOS PRIVADOS
portal Investimento e Notícias 30/05/2011 – Agência IN
Com o objetivo de fortalecer a atuação dos bancos privados em relação às micro e pequenas empresas, o Sebrae está renovando parcerias e firmando novos convênios. Neste ano a instituição renovou o acordo com o HSBC e o Santander, em outubro deve renovar com o Bradesco, e em breve assinará o acordo com o Itaú. A meta é aproximar os pequenos negócios das instituições financeiras e aumentar a oferta de produtos e serviços que estas oferecem a esse público.
Somando a parceria com os quatro bancos privados aos convênios com os bancos públicos - Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste – e ao acordo com o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) faz com que o Sebrae esteja aliado às instituições que concedem 80% do crédito no país.
“O grande mote dessa parceria é o intercâmbio de informações. O sistema financeiro em geral sabe pouco sobre as micro e pequenas empresas e as micro e pequenas empresas sabem pouco sobre o sistema financeiro”, afirma o responsável pelo projeto, André Dantas, da área de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae.
A parceria mais antiga é a do Bradesco. Desde 2005, quando foi firmada, foram capacitados mais de 7 mil gerentes do banco que já atenderam mais de 30 mil empresas. O HSBC já disponibiliza produtos e serviços financeiros customizados para o segmento. O Santander criou um portal exclusivamente para os empreendedores, que desenvolve diagnósticos da empresa e direciona os internautas para cursos do Sebrae.
Os acordos foram feitos para suprir uma demanda do mercado. Levantamento do Sebrae mostra que apenas um terço dos empresários donos de negócios de pequeno porte buscam financiamentos no sistema financeiro. A principal fonte de crédito para eles é o próprio fornecedor, mas ainda recorrem a agiotas, cheque especial de pessoa física, entre outras formas.
A parceria com os bancos prevê a capacitação de gerentes e funcionários das instituições, a realização de seminários de crédito em que os bancos falam sobre suas linhas para empresários locais, a promoção de cursos, a distribuição de material educativo, entre outras ações. O objetivo é conjugar esforços para ampliar o acesso ao crédito, a capacitação dos funcionários das instituições financeiras e o aumento do intercâmbio de informações.
Com o objetivo de fortalecer a atuação dos bancos privados em relação às micro e pequenas empresas, o Sebrae está renovando parcerias e firmando novos convênios. Neste ano a instituição renovou o acordo com o HSBC e o Santander, em outubro deve renovar com o Bradesco, e em breve assinará o acordo com o Itaú. A meta é aproximar os pequenos negócios das instituições financeiras e aumentar a oferta de produtos e serviços que estas oferecem a esse público.
Somando a parceria com os quatro bancos privados aos convênios com os bancos públicos - Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste – e ao acordo com o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) faz com que o Sebrae esteja aliado às instituições que concedem 80% do crédito no país.
“O grande mote dessa parceria é o intercâmbio de informações. O sistema financeiro em geral sabe pouco sobre as micro e pequenas empresas e as micro e pequenas empresas sabem pouco sobre o sistema financeiro”, afirma o responsável pelo projeto, André Dantas, da área de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae.
A parceria mais antiga é a do Bradesco. Desde 2005, quando foi firmada, foram capacitados mais de 7 mil gerentes do banco que já atenderam mais de 30 mil empresas. O HSBC já disponibiliza produtos e serviços financeiros customizados para o segmento. O Santander criou um portal exclusivamente para os empreendedores, que desenvolve diagnósticos da empresa e direciona os internautas para cursos do Sebrae.
Os acordos foram feitos para suprir uma demanda do mercado. Levantamento do Sebrae mostra que apenas um terço dos empresários donos de negócios de pequeno porte buscam financiamentos no sistema financeiro. A principal fonte de crédito para eles é o próprio fornecedor, mas ainda recorrem a agiotas, cheque especial de pessoa física, entre outras formas.
A parceria com os bancos prevê a capacitação de gerentes e funcionários das instituições, a realização de seminários de crédito em que os bancos falam sobre suas linhas para empresários locais, a promoção de cursos, a distribuição de material educativo, entre outras ações. O objetivo é conjugar esforços para ampliar o acesso ao crédito, a capacitação dos funcionários das instituições financeiras e o aumento do intercâmbio de informações.
BANCOS BRASILEIROS LIDERAM EM RENTABILIDADE SOBRE PATRIMÔNIO NA AL E EUA
portal Exame 30/05/2011 - Beatriz Olivon
Os brasileiros Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco lideram em rentabilidade sobre patrimônio (ROE) entre os bancos de capital aberto com ativos totais superiores a 100 bilhões de dólares na América Latina e nos Estados Unidos. O levantamento foi feito pela Economática, que analisou a rentabilidade sobre o ROE nos 12 meses fechados em março de 2011. O ROE é um indicador que aponta o quanto uma empresa consegue crescer utilizando seus próprios recursos.
Somente 19 bancos de capital aberto têm ativos totais superiores a 100 bilhões de dólares na América Latina e nos Estados Unidos. Nesse total, há quatro brasileiros - além dos líderes do ranking, há o Santander Brasil na nona posição.
O Banco do Brasil, maior banco de capital aberto por ativos da América Latina, é o único estatal da lista e é o que tem o melhor ROE com 26,46% . Isso significa que para cada 100,00 dólares de patrimônio do banco, ele gera 26,46 dólares a cada ano.
O segundo melhor colocado é o Bradesco - terceiro maior banco de capital aberto por ativos da América Latina e EUA. O ROE do Bradesco de 12 meses em março de 2011 é de 22.33% - o melhor desempenho entre os bancos não-estatais.
Na terceira colocação está o Itaú Unibanco, o segundo maior banco da América Latina e EUA por ativos, com ROE de 20,57%. O quarto e último brasileiro na lista, o Santander Brasil, obteve a nona colocação entre os 19 bancos, com ROE de 10,57%.
Na lista, o Bank Of América e o Regions Financial Corp têm ROE negativo. Isso significa que eles acumularam prejuízo nos 12 meses fechados em março de 2011.
Veja a lista dos 19 maiores bancos listados por sua rentabilidade sobre patrimônio em março de 2011:
Os brasileiros Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco lideram em rentabilidade sobre patrimônio (ROE) entre os bancos de capital aberto com ativos totais superiores a 100 bilhões de dólares na América Latina e nos Estados Unidos. O levantamento foi feito pela Economática, que analisou a rentabilidade sobre o ROE nos 12 meses fechados em março de 2011. O ROE é um indicador que aponta o quanto uma empresa consegue crescer utilizando seus próprios recursos.
Somente 19 bancos de capital aberto têm ativos totais superiores a 100 bilhões de dólares na América Latina e nos Estados Unidos. Nesse total, há quatro brasileiros - além dos líderes do ranking, há o Santander Brasil na nona posição.
O Banco do Brasil, maior banco de capital aberto por ativos da América Latina, é o único estatal da lista e é o que tem o melhor ROE com 26,46% . Isso significa que para cada 100,00 dólares de patrimônio do banco, ele gera 26,46 dólares a cada ano.
O segundo melhor colocado é o Bradesco - terceiro maior banco de capital aberto por ativos da América Latina e EUA. O ROE do Bradesco de 12 meses em março de 2011 é de 22.33% - o melhor desempenho entre os bancos não-estatais.
Na terceira colocação está o Itaú Unibanco, o segundo maior banco da América Latina e EUA por ativos, com ROE de 20,57%. O quarto e último brasileiro na lista, o Santander Brasil, obteve a nona colocação entre os 19 bancos, com ROE de 10,57%.
Na lista, o Bank Of América e o Regions Financial Corp têm ROE negativo. Isso significa que eles acumularam prejuízo nos 12 meses fechados em março de 2011.
Veja a lista dos 19 maiores bancos listados por sua rentabilidade sobre patrimônio em março de 2011:
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BC: CONCESSÃO DIÁRIA DE CRÉDITO AO CONSUMIDOR ATINGE R$ 3,690 BI EM ABRIL
portal InfoMoney 30/05/2011 - Gladys Ferraz Magalhães
As concessões de crédito ao consumidor por meio de recursos livres atingiram R$ 70,117 bilhões no quarto mês de 2011, o que equivale a uma média diária de R$ 3,690 bilhões. Na comparação com março (R$ 3,418 bilhões), em termos de média diária concedida, foi registrada alta de 8%. Já em relação a abril de 2010 (R$ 3,189 bilhões), houve alta de 15,7%.
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (30), fazem parte da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central, que também analisa, entre outros números, o prazo médio dos financiamentos e empréstimos.
Evolução por modalidade de crédito
Mais uma vez, o volume de crédito liberado por meio do cheque especial respondeu pela maior parcela das concessões diárias. A modalidade foi responsável por 33,76% de todo o crédito concedido em abril.
Em seguida, em termos de participação, vieram o cartão de crédito (29,40%) e o crédito pessoal (19,62%).
Na tabela abaixo, é possível avaliar a média diária de concessão por modalidade para abril de 2010, além de março e abril deste ano :
Fonte: Banco Central do Brasil
As concessões de crédito ao consumidor por meio de recursos livres atingiram R$ 70,117 bilhões no quarto mês de 2011, o que equivale a uma média diária de R$ 3,690 bilhões. Na comparação com março (R$ 3,418 bilhões), em termos de média diária concedida, foi registrada alta de 8%. Já em relação a abril de 2010 (R$ 3,189 bilhões), houve alta de 15,7%.
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (30), fazem parte da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central, que também analisa, entre outros números, o prazo médio dos financiamentos e empréstimos.
Evolução por modalidade de crédito
Mais uma vez, o volume de crédito liberado por meio do cheque especial respondeu pela maior parcela das concessões diárias. A modalidade foi responsável por 33,76% de todo o crédito concedido em abril.
Em seguida, em termos de participação, vieram o cartão de crédito (29,40%) e o crédito pessoal (19,62%).
Na tabela abaixo, é possível avaliar a média diária de concessão por modalidade para abril de 2010, além de março e abril deste ano :
Fonte: Banco Central do Brasil
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30 de mai. de 2011
VAREJISTAS ESPERAM O MELHOR DIA DOS NAMORADOS EM CINCO ANOS, DIZ SERASA EXPERIAN
portal Serasa Experian 30/05/2011
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o Dia dos Namorados 2011 apurou que 57% dos principais executivos do varejo nacional esperam aumentar seu faturamento, na comparação com a mesma data de 2010, quando 54% dos varejistas tinham a mesma percepção. Esta é a maior parcela de otimistas para o Dia dos Namorados desde 2006, quando essa data foi avaliada pela primeira vez. Em 2011, 30% esperam manter o faturamento verificado no ano passado e 13% acreditam em queda.
Na abordagem por porte, 75% das grandes empresas do varejo apostam em crescimento do faturamento na data, na comparação com 2010. Nessa mesma direção, são 65% dos entrevistados na média empresa e 57% nas pequenas.
Na análise regional, Centro-Oeste tem a maior parcela de varejistas que esperam ampliar seu faturamento na data, são 65%. Na sequência estão Nordeste com 62% dos varejistas; Sudeste com 56%; Sul com 53% e Norte com 44%.
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o Dia dos Namorados 2011 entrevistou 1.015 empresas, em todo o Brasil, e foi a campo de 9 a 16 de maio deste ano.
Gasto com presentes
Para os varejistas de todo o país, 27% dos consumidores gastarão até R$ 50 com o presente do Dia dos Namorados; 39% entre R$ 51 e R$ 100; 25% entre R$ 101 e R$ 200; 6% entre R$ 201 e R$ 300; 2% entre R$ 301 e R$ 500 e 1% com gastos acima de R$ 500. É a primeira vez que a faixa de valores dos presentes é levantada para a data.
Os namorados do Norte gastarão mais com presentes. A região tem a maior parcela de varejistas (25%) do país apostando em presentes acima de R$ 201.
Presentes
Neste Dia dos Namorados, os varejistas apontam que os presentes mais ofertados serão roupas, sapatos e acessórios 29%; perfumaria e cosméticos 22%; celular e smartphone 19%; flores 12%; chocolates e doces 6%; joias e relógios 5%; eletrônicos 3%; títulos em Blu-Ray, DVD, CD e livros 1%; eletrodomésticos 1%; refeição comemorativa em restaurante 1% e viagem 1%.
No Dia dos Namorados 2010, os presentes mais demandados foram roupas, sapatos e acessórios 22%; perfumaria e cosméticos 19%; celular e smartphone 25%; flores 15%; chocolates e doces 5%; joias e relógios 5%; eletrônicos 4%; títulos em Blu-Ray, DVD, CD e livros 1%; eletrodomésticos 1% e outros 3%.
Composição das vendas
Neste Dia dos Namorados, 46% das vendas serão à vista e 54% a prazo. Na mesma data de 2010, esta relação era 51% e 49%, respectivamente.
Meios de Pagamento
Neste Dia dos Namorados, as vendas à vista serão compostas 38% em dinheiro; 26% em cartão de crédito; 19% em cartão de débito; 15% em cheque; 1% em cartão da própria loja e 1% em outros. Nas vendas a prazo, 51% em cartão de crédito parcelado; 25% em cheque pré-datado; 17% em financiamento ou crediário; 3% em cartão de débito parcelado; 2% em cartão da própria loja parcelado e 2% em outros.
No Dia dos Namorados 2010, as vendas à vista foram realizadas 41% em dinheiro; 23% em cartão de crédito; 18% em cartão de débito; 16% em cheque; 1% em cartão da própria loja e 1% em outros. Nas vendas a prazo, 41% foram feitas em cartão de crédito parcelado; 32% em cheque pré-datado; 18% em financiamento ou crediário; 4% em cartão da própria loja parcelado; 3% em cartão de débito parcelado e 2% outros.
Perfil do parcelamento
Realizado pela primeira vez para o Dia dos Namorados, o perfil do parcelamento das vendas a prazo é o seguinte: cheque pré-datado em até quatro parcelas e cartão de crédito, financiamento e crediário em até seis pagamentos.
Comentário
O varejo espera mais um bom resultado de faturamento em data especial de 2011. Neste Dia dos Namorados a parcela de empresários (57%) otimistas, além de ser recorde para a data, está próxima à registrada no Dia das Mães (59%). O que é um bom sinal para o setor.
A cada ano, o Dia dos Namorados vai assumindo maior representatividade para o varejo e está cada vez mais próximo do Dia das Crianças, que é a 3ª melhor data.
Para viabilizar o faturamento maior, o varejo deve empreender promoções, muitas em parceria com a indústria. O parcelamento das vendas ao consumidor deverá ser facilitado, tanto que, como mostra a pesquisa, o varejo espera que o consumidor compre mais a prazo.
No que diz respeito ao valor do presente, a maior parte dos consumidores (66%) deverá gastar até R$ 100. Chama a atenção, na comparação com o Dia dos Namorados 2010, que os presentes que serão mais ofertados nesta data de 2011 têm uma ampla possibilidade de preços, tais como roupas, sapatos e acessórios; perfumaria e cosméticos e chocolates e doces. Consumidores mais endividados comprarão produtos de menor valor agregado e novamente financiar.
Quanto aos meios de pagamento à vista, deve-se notar que caiu a participação das compras com dinheiro entre o Dia dos Namorados 2011/2010, por conta da utilização crescente dos cartões de crédito e de débito.
Nas vendas a prazo, destaca-se a grande evolução dos cartões de crédito, que eram 41% dos parcelamentos no Dia dos Namorados 2010 e nesta data de 2011 devem alcançar 51%.
De forma geral, o Dia dos Namorados 2011 selará mais um semestre de muito sucesso para o varejo.
Metodologia
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para as datas comemorativas do varejo começou a ser desenvolvida em 2005. Trata-se de um levantamento estatístico com uma amostra de empresas representativas do setor do comércio, dos portes pequeno, médio e grande e das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o Dia dos Namorados 2011 apurou que 57% dos principais executivos do varejo nacional esperam aumentar seu faturamento, na comparação com a mesma data de 2010, quando 54% dos varejistas tinham a mesma percepção. Esta é a maior parcela de otimistas para o Dia dos Namorados desde 2006, quando essa data foi avaliada pela primeira vez. Em 2011, 30% esperam manter o faturamento verificado no ano passado e 13% acreditam em queda.
Na abordagem por porte, 75% das grandes empresas do varejo apostam em crescimento do faturamento na data, na comparação com 2010. Nessa mesma direção, são 65% dos entrevistados na média empresa e 57% nas pequenas.
Na análise regional, Centro-Oeste tem a maior parcela de varejistas que esperam ampliar seu faturamento na data, são 65%. Na sequência estão Nordeste com 62% dos varejistas; Sudeste com 56%; Sul com 53% e Norte com 44%.
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o Dia dos Namorados 2011 entrevistou 1.015 empresas, em todo o Brasil, e foi a campo de 9 a 16 de maio deste ano.
Gasto com presentes
Para os varejistas de todo o país, 27% dos consumidores gastarão até R$ 50 com o presente do Dia dos Namorados; 39% entre R$ 51 e R$ 100; 25% entre R$ 101 e R$ 200; 6% entre R$ 201 e R$ 300; 2% entre R$ 301 e R$ 500 e 1% com gastos acima de R$ 500. É a primeira vez que a faixa de valores dos presentes é levantada para a data.
Os namorados do Norte gastarão mais com presentes. A região tem a maior parcela de varejistas (25%) do país apostando em presentes acima de R$ 201.
Presentes
Neste Dia dos Namorados, os varejistas apontam que os presentes mais ofertados serão roupas, sapatos e acessórios 29%; perfumaria e cosméticos 22%; celular e smartphone 19%; flores 12%; chocolates e doces 6%; joias e relógios 5%; eletrônicos 3%; títulos em Blu-Ray, DVD, CD e livros 1%; eletrodomésticos 1%; refeição comemorativa em restaurante 1% e viagem 1%.
No Dia dos Namorados 2010, os presentes mais demandados foram roupas, sapatos e acessórios 22%; perfumaria e cosméticos 19%; celular e smartphone 25%; flores 15%; chocolates e doces 5%; joias e relógios 5%; eletrônicos 4%; títulos em Blu-Ray, DVD, CD e livros 1%; eletrodomésticos 1% e outros 3%.
Composição das vendas
Neste Dia dos Namorados, 46% das vendas serão à vista e 54% a prazo. Na mesma data de 2010, esta relação era 51% e 49%, respectivamente.
Meios de Pagamento
Neste Dia dos Namorados, as vendas à vista serão compostas 38% em dinheiro; 26% em cartão de crédito; 19% em cartão de débito; 15% em cheque; 1% em cartão da própria loja e 1% em outros. Nas vendas a prazo, 51% em cartão de crédito parcelado; 25% em cheque pré-datado; 17% em financiamento ou crediário; 3% em cartão de débito parcelado; 2% em cartão da própria loja parcelado e 2% em outros.
No Dia dos Namorados 2010, as vendas à vista foram realizadas 41% em dinheiro; 23% em cartão de crédito; 18% em cartão de débito; 16% em cheque; 1% em cartão da própria loja e 1% em outros. Nas vendas a prazo, 41% foram feitas em cartão de crédito parcelado; 32% em cheque pré-datado; 18% em financiamento ou crediário; 4% em cartão da própria loja parcelado; 3% em cartão de débito parcelado e 2% outros.
Perfil do parcelamento
Realizado pela primeira vez para o Dia dos Namorados, o perfil do parcelamento das vendas a prazo é o seguinte: cheque pré-datado em até quatro parcelas e cartão de crédito, financiamento e crediário em até seis pagamentos.
Comentário
O varejo espera mais um bom resultado de faturamento em data especial de 2011. Neste Dia dos Namorados a parcela de empresários (57%) otimistas, além de ser recorde para a data, está próxima à registrada no Dia das Mães (59%). O que é um bom sinal para o setor.
A cada ano, o Dia dos Namorados vai assumindo maior representatividade para o varejo e está cada vez mais próximo do Dia das Crianças, que é a 3ª melhor data.
Para viabilizar o faturamento maior, o varejo deve empreender promoções, muitas em parceria com a indústria. O parcelamento das vendas ao consumidor deverá ser facilitado, tanto que, como mostra a pesquisa, o varejo espera que o consumidor compre mais a prazo.
No que diz respeito ao valor do presente, a maior parte dos consumidores (66%) deverá gastar até R$ 100. Chama a atenção, na comparação com o Dia dos Namorados 2010, que os presentes que serão mais ofertados nesta data de 2011 têm uma ampla possibilidade de preços, tais como roupas, sapatos e acessórios; perfumaria e cosméticos e chocolates e doces. Consumidores mais endividados comprarão produtos de menor valor agregado e novamente financiar.
Quanto aos meios de pagamento à vista, deve-se notar que caiu a participação das compras com dinheiro entre o Dia dos Namorados 2011/2010, por conta da utilização crescente dos cartões de crédito e de débito.
Nas vendas a prazo, destaca-se a grande evolução dos cartões de crédito, que eram 41% dos parcelamentos no Dia dos Namorados 2010 e nesta data de 2011 devem alcançar 51%.
De forma geral, o Dia dos Namorados 2011 selará mais um semestre de muito sucesso para o varejo.
Metodologia
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para as datas comemorativas do varejo começou a ser desenvolvida em 2005. Trata-se de um levantamento estatístico com uma amostra de empresas representativas do setor do comércio, dos portes pequeno, médio e grande e das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
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OUROCARD BÔNUS CELULAR
portal Cartão e Crédito.Net 30/05/2011
Seguindo a mesma lógica do ItauCard Vivo, o Banco do Brasil lançou em março deste ano o Ourocard Bônus Celular. Esse plástico reúne vantagens para quem usa muito o celular e o cartão de crédito. A ideia é converter a anuidade e parte dos gastos na função crédito em bônus para o celular. Se as classes A e B sempre converteram seus gastos com cartão por milhas aéreas, com as parecerias entre bancos e operadoras de celular, as classes C, D e E poderão transformar seus gastos com cartão por crédito para falar no celular.
“Os minutos vão se transformar na milha da classe C. Todos os bancos estão nos procurando para firmar parcerias” (Maurício Romão, diretor de produtos e serviços financeiros da Vivo).
O cartão beneficia quem tem celular pós-pago ou pré-pago, dependendo da operadora. Participam da parceria as operadoras Vivo, Oi e Claro, mas apenas a Claro oferece o serviço para clientes de planos pós-pagos.
A anuidade do cartão é consideravelmente baixa, e pode ser dividida em 12 parcelas de R$5,50 para o titular ou 12 parcelas de R$2,75 para o cartão adicional. Todo esse valor é convertido em bônus para falar ao celular. Cada R$ 1,00 da pago de anuidade é convertido em R$ 1,00 em bônus no seu celular pré-pago ou 1 minuto de bônus no celular pós-pago.
Quanto aos gastos com compras e pagamento de contas, 5% do valor é convertido. Em uma compra de R$100,00, R$5,00 se transformaram em bônus para você falar mais no celular.
A forma de utilização e validade dos bônus para celular são definidos pela operadora telefônica do cliente e podem variar de operadora para operadora, conforme as regras estabelecidas por cada uma delas.
- Claro: O bônus pode ser utilizado em chamadas locais para número da Claro ou número fixo de mesmo DDD; o crédito não é cumulativo com outras promoções.
- Oi: Válido para usuários de planos pré-pago e controle em chamadas locais para Oi Móvel e Oi fixo de mesmo DDD.
- Vivo: Válidos para chamadas locais Vivo-Vivo, para utilização em até 30 dias, a partir da data de concessão.
Ao optar pelo Ourocard Bônus Celular, você poderá escolher entre as bandeiras Visa e MasterCard. Quem prefere a Visa, pode participar da Promoção Vai de Visa, e concorrer à prêmios semanais. Já quem escolhe a MasterCard, pode se inscrever no Programa Surpreenda, e trocar pontos por benefícios e prêmios.
Além das promoções de cada bandeira, existem também os benefícios oferecidos pelo Banco do Brasil ao seus clientes. Além do Programa de Relacionamento Pontos Pra você, os cartões Ourocard proporcionam descontos em diferentes lojas e sites de compras.
Se você se interessou pelas vantagens do Ourocard Bônus Celular, é possível solicitar o seu na página do Banco Brasil na internet. E não precisa ser correntista.
Seguindo a mesma lógica do ItauCard Vivo, o Banco do Brasil lançou em março deste ano o Ourocard Bônus Celular. Esse plástico reúne vantagens para quem usa muito o celular e o cartão de crédito. A ideia é converter a anuidade e parte dos gastos na função crédito em bônus para o celular. Se as classes A e B sempre converteram seus gastos com cartão por milhas aéreas, com as parecerias entre bancos e operadoras de celular, as classes C, D e E poderão transformar seus gastos com cartão por crédito para falar no celular.
“Os minutos vão se transformar na milha da classe C. Todos os bancos estão nos procurando para firmar parcerias” (Maurício Romão, diretor de produtos e serviços financeiros da Vivo).
O cartão beneficia quem tem celular pós-pago ou pré-pago, dependendo da operadora. Participam da parceria as operadoras Vivo, Oi e Claro, mas apenas a Claro oferece o serviço para clientes de planos pós-pagos.
A anuidade do cartão é consideravelmente baixa, e pode ser dividida em 12 parcelas de R$5,50 para o titular ou 12 parcelas de R$2,75 para o cartão adicional. Todo esse valor é convertido em bônus para falar ao celular. Cada R$ 1,00 da pago de anuidade é convertido em R$ 1,00 em bônus no seu celular pré-pago ou 1 minuto de bônus no celular pós-pago.
Quanto aos gastos com compras e pagamento de contas, 5% do valor é convertido. Em uma compra de R$100,00, R$5,00 se transformaram em bônus para você falar mais no celular.
A forma de utilização e validade dos bônus para celular são definidos pela operadora telefônica do cliente e podem variar de operadora para operadora, conforme as regras estabelecidas por cada uma delas.
- Claro: O bônus pode ser utilizado em chamadas locais para número da Claro ou número fixo de mesmo DDD; o crédito não é cumulativo com outras promoções.
- Oi: Válido para usuários de planos pré-pago e controle em chamadas locais para Oi Móvel e Oi fixo de mesmo DDD.
- Vivo: Válidos para chamadas locais Vivo-Vivo, para utilização em até 30 dias, a partir da data de concessão.
Ao optar pelo Ourocard Bônus Celular, você poderá escolher entre as bandeiras Visa e MasterCard. Quem prefere a Visa, pode participar da Promoção Vai de Visa, e concorrer à prêmios semanais. Já quem escolhe a MasterCard, pode se inscrever no Programa Surpreenda, e trocar pontos por benefícios e prêmios.
Além das promoções de cada bandeira, existem também os benefícios oferecidos pelo Banco do Brasil ao seus clientes. Além do Programa de Relacionamento Pontos Pra você, os cartões Ourocard proporcionam descontos em diferentes lojas e sites de compras.
Se você se interessou pelas vantagens do Ourocard Bônus Celular, é possível solicitar o seu na página do Banco Brasil na internet. E não precisa ser correntista.
CARTÃO PRÉ-PAGO GANHA DESTAQUE EM VIAGENS
portal Globo Online 29/05/2011 - Lucianne Carneiro
O aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para as compras com cartão de crédito no exterior ampliou a procura pelos cartões de débito pré-pagos em até 40% em abril, frente a igual período do ano passado. E a expectativa das empresas emissoras e distribuidoras é que esse tipo de plástico ganhe ainda mais destaque com a proximidade das férias de julho e se consolide como uma alternativa para o viajante ao exterior.
Especialistas dizem, no entanto, que a diversificação é a melhor forma de levar dólares, euros e outras moedas ao exterior, já que cada meio de pagamento - papel-moeda, cartão de crédito, débito pré-pago e cheques de viagem - tem suas vantagens e desvantagens.
- É sempre bom o viajante diversificar e levar um pouco de cada tipo. Cada um tem seus inconvenientes e vantagens - afirma o professor de Finanças do Insper, George Ohanian.
Para frear os gastos dos consumidores, o governo aumentou a alíquota do IOF cobrado nas compras com cartão de crédito no exterior de 2,38% para 6,38%. Já a alíquota para o de débito pré-pago, para o uso da função débito no plástico múltiplo e para papel-moeda é de 0,38%.
Segurança e controle no orçamento da viagem
É preciso ficar atento, no entanto, à cotação de câmbio usada nas operações com o plástico. No cartão de crédito, geralmente é cobrada a taxa comercial - mais vantajosa para o viajante - , enquanto os débitos pré-pagos costumam usar o câmbio turismo. Visa, Mastercard e American Express já oferecem a alternativa do cartão de débito pré-pago, que pode ser carregado em dólar ou euro e até em outras moedas, como o peso argentino, dependendo da bandeira e do emissor do cartão.
- Às vezes, a diferença do imposto maior no crédito pode ser compensada pela taxa de câmbio mais vantajosa. Deve-se olhar outros aspectos além do IOF - acrescenta Ohanian.
No Banco do Brasil, um dos emissores do Visa Travel Money, o número de operações com o plástico nos primeiros 15 dias de abril foi 25% superior ao de igual período de março, enquanto o volume financeiro subiu 40%, na mesma base de comparação. Em março tinham sido fechadas 3.900 operações de câmbio, no total de R$ 14,7 milhões.
- Com o aumento do IOF para o cartão de crédito, as vendas subiram 40% em abril, frente a igual período de 2010. Esperamos um crescimento de 50% nesta temporada de inverno - diz o diretor comercial do Grupo Fitta, Luiz Ramos, que distribui os cartões Mastercard Travel Card.
Já no Banco Rendimento - responsável por cerca de 55% dos cartões Visa Travel Money emitidos - o aumento das vendas em abril foi de 30%, em comparação com abril de 2010.
- As vendas do cartão de débito pré-pago já vinham subindo desde 2003, mas com o aumento do IOF houve uma nova onda e os viajantes passaram a prestar mais atenção - aponta o diretor de Planejamento Alexandre Fialho.
A diretora do Departamento de Câmbio do Bradesco, Marlene Millan, explica que o banco lançou este ano os cartões de débito pré-pago das bandeiras Visa e Amex e tem registrado procura maior do que a estimada:
- Temos feito cerca de 60 operações por dia, muito acima do que esperávamos.
Dólar não deve subir, reduzindo riscos do crédito
Para o diretor de Produtos da Visa do Brasil, Felipe Maffei, a segurança e a praticidade são as principais vantagens do cartão de débito pré-pago:
- A pessoa não precisa carregar tanto dinheiro vivo e pode programar quanto vai gastar.
O advogado Luiz Barroso acabou de voltar de Portugal, onde evitou gastar demais no cartão de crédito. Mas como ainda não conhecia o sistema de débito pré-pago, optou por usar mais dinheiro vivo:
- Acho que esse cartão pode ser uma boa alternativa para uma próxima viagem.
Na avaliação do vice-presidente de Produtos da Mastercard, Marcelo Tangioni, não há concorrência entre o débito pré-pago e o cartão de crédito:
- O usuário do pré-pago tem uma preocupação maior com os gastos, enquanto o do cartão de crédito busca também as recompensas com programas de milhagem, por exemplo.
Tangioni lembra que a função débito dos cartões múltiplos também tem IOF de apenas 0,38%. Já o de crédito, além do IOF mais alto, tem outro fator que pode trazer mais custos: o risco cambial. O valor da cotação do câmbio cobrado pelo cartão de crédito é aquele do dia do vencimento da fatura. Depois, o cliente paga a diferença de cotação entre este dia e o do pagamento. Isso significa que o consumidor está sujeito às variações do câmbio, seja para cima ou para baixo.
- No crédito, pode haver surpresa na fatura. Mas pelo menos por enquanto não se espera alta do dólar, então o risco é menor - explica Ohanian.
O aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para as compras com cartão de crédito no exterior ampliou a procura pelos cartões de débito pré-pagos em até 40% em abril, frente a igual período do ano passado. E a expectativa das empresas emissoras e distribuidoras é que esse tipo de plástico ganhe ainda mais destaque com a proximidade das férias de julho e se consolide como uma alternativa para o viajante ao exterior.
Especialistas dizem, no entanto, que a diversificação é a melhor forma de levar dólares, euros e outras moedas ao exterior, já que cada meio de pagamento - papel-moeda, cartão de crédito, débito pré-pago e cheques de viagem - tem suas vantagens e desvantagens.
- É sempre bom o viajante diversificar e levar um pouco de cada tipo. Cada um tem seus inconvenientes e vantagens - afirma o professor de Finanças do Insper, George Ohanian.
Para frear os gastos dos consumidores, o governo aumentou a alíquota do IOF cobrado nas compras com cartão de crédito no exterior de 2,38% para 6,38%. Já a alíquota para o de débito pré-pago, para o uso da função débito no plástico múltiplo e para papel-moeda é de 0,38%.
Segurança e controle no orçamento da viagem
É preciso ficar atento, no entanto, à cotação de câmbio usada nas operações com o plástico. No cartão de crédito, geralmente é cobrada a taxa comercial - mais vantajosa para o viajante - , enquanto os débitos pré-pagos costumam usar o câmbio turismo. Visa, Mastercard e American Express já oferecem a alternativa do cartão de débito pré-pago, que pode ser carregado em dólar ou euro e até em outras moedas, como o peso argentino, dependendo da bandeira e do emissor do cartão.
- Às vezes, a diferença do imposto maior no crédito pode ser compensada pela taxa de câmbio mais vantajosa. Deve-se olhar outros aspectos além do IOF - acrescenta Ohanian.
No Banco do Brasil, um dos emissores do Visa Travel Money, o número de operações com o plástico nos primeiros 15 dias de abril foi 25% superior ao de igual período de março, enquanto o volume financeiro subiu 40%, na mesma base de comparação. Em março tinham sido fechadas 3.900 operações de câmbio, no total de R$ 14,7 milhões.
- Com o aumento do IOF para o cartão de crédito, as vendas subiram 40% em abril, frente a igual período de 2010. Esperamos um crescimento de 50% nesta temporada de inverno - diz o diretor comercial do Grupo Fitta, Luiz Ramos, que distribui os cartões Mastercard Travel Card.
Já no Banco Rendimento - responsável por cerca de 55% dos cartões Visa Travel Money emitidos - o aumento das vendas em abril foi de 30%, em comparação com abril de 2010.
- As vendas do cartão de débito pré-pago já vinham subindo desde 2003, mas com o aumento do IOF houve uma nova onda e os viajantes passaram a prestar mais atenção - aponta o diretor de Planejamento Alexandre Fialho.
A diretora do Departamento de Câmbio do Bradesco, Marlene Millan, explica que o banco lançou este ano os cartões de débito pré-pago das bandeiras Visa e Amex e tem registrado procura maior do que a estimada:
- Temos feito cerca de 60 operações por dia, muito acima do que esperávamos.
Dólar não deve subir, reduzindo riscos do crédito
Para o diretor de Produtos da Visa do Brasil, Felipe Maffei, a segurança e a praticidade são as principais vantagens do cartão de débito pré-pago:
- A pessoa não precisa carregar tanto dinheiro vivo e pode programar quanto vai gastar.
O advogado Luiz Barroso acabou de voltar de Portugal, onde evitou gastar demais no cartão de crédito. Mas como ainda não conhecia o sistema de débito pré-pago, optou por usar mais dinheiro vivo:
- Acho que esse cartão pode ser uma boa alternativa para uma próxima viagem.
Na avaliação do vice-presidente de Produtos da Mastercard, Marcelo Tangioni, não há concorrência entre o débito pré-pago e o cartão de crédito:
- O usuário do pré-pago tem uma preocupação maior com os gastos, enquanto o do cartão de crédito busca também as recompensas com programas de milhagem, por exemplo.
Tangioni lembra que a função débito dos cartões múltiplos também tem IOF de apenas 0,38%. Já o de crédito, além do IOF mais alto, tem outro fator que pode trazer mais custos: o risco cambial. O valor da cotação do câmbio cobrado pelo cartão de crédito é aquele do dia do vencimento da fatura. Depois, o cliente paga a diferença de cotação entre este dia e o do pagamento. Isso significa que o consumidor está sujeito às variações do câmbio, seja para cima ou para baixo.
- No crédito, pode haver surpresa na fatura. Mas pelo menos por enquanto não se espera alta do dólar, então o risco é menor - explica Ohanian.
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BB MAPFRE PERSEGUE LIDERANÇA
jornal Valor Econômico 30/05/2011 - Aline Lima
O imponente edifício de 22 andares da seguradora Mapfre localizado na Marginal Pinheiros, em São Paulo, já não é suficiente para comportar todos os funcionários. Os 700 colaboradores do grupo espanhol que trabalham no local ganharam, nos últimos três meses, a companhia de cerca de 300 pessoas vindas das empresas de seguros do Banco do Brasil (BB) - resultado da sociedade firmada há um ano e que será formalizada nos próximos dias em assembleia interna. Até o fim deste mês, os crachás de acesso ao prédio serão uniformizados, passando a contar com as logomarcas da seguradora e do banco estampadas.
Mas se a integração tecnológica e de pessoas está praticamente concluída, os reflexos da fusão nos negócios ainda estão por vir. A expectativa de executivos do BB é que, no segundo semestre, as operações da Mapfre ajudem a impulsionar as receitas de seguros do banco de cinco a dez pontos percentuais. Assim, a projeção inicial de crescer em linha com o mercado, ao redor de 15% no ano, passa para algo entre 20% e 25%. "Além da consolidação dos negócios, que aumentará o resultado do banco via equivalência patrimonial, os ganhos também virão do aumento das atividades", explica Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de cartões, novos negócios e varejo do BB.
A ideia é que a tecnologia de desenvolvimento de produtos e a experiência de comercialização da Mapfre se somem ao poder de abrangência do Banco do Brasil, com suas 5 mil agências e 55 milhões clientes (incluindo 2,176 milhões de empresas). Há poucos meses, por exemplo, passaram a ser oferecidos na rede de agências do banco seguros de viagem. Outra frente de sinergia importante está na área de grandes riscos, na qual o BB sequer atuava. Aproveitando a carteira de clientes do banco no setor naval, a Mapfre acaba de fechar um seguro marítimo para sete cascos de navio com prêmio no valor de R$ 5 milhões.
BB e Mapfre, que juntos formam o segundo maior grupo segurador do país, se impuseram o desafio de alcançar a liderança do setor. A organização encerrou 2010 com R$ 8,3 bilhões em prêmios emitidos (excluindo VGBL), equivalente a uma participação de mercado de 12,84%, de acordo com ranking do Sindicato dos Corretores de Seguros e Resseguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), elaborado a partir das demonstrações financeiras das empresas do setor.
O primeiro lugar é do Bradesco e superá-lo não vai ser tarefa simples. Com R$ 12,5 bilhões em prêmios em 2010, sua participação no mercado de seguros, de 19,35%, subiu em relação a 2009, quando a fatia era de 19,11%. BB e Mapfre, ao contrário, apresentaram nesse mesmo período um recuo de 0,3 ponto percentual.
O Bradesco projeta crescimento entre 10% e 13% nos prêmios de seguros em 2011 (incluindo previdência). BB e Mapfre, portanto, terão de crescer acima disso se quiserem reduzir a distância do concorrente.
Os segmentos de atuação da Mapfre BB SH2 - holding criada para atuar no ramo de automóveis, seguro massificado e de grandes riscos - são justamente aqueles em que a seguradora espanhola mais tem a contribuir na parceira, com seu exército de 10 mil corretores espalhados pelo país. Não à toa, a estrutura acionária da holding conta com a participação da Mapfre em 50% do capital total. No desenho da outra holding, a BB Mapfre SH1, responsável pela comercialização de seguros de vida (incluindo prestamistas), imóveis e agrícola - produtos mais fáceis de serem vendidos em agências -, o BB tem 74,99% do capital total. As marcas dos produtos serão preservadas em função do canal de distribuição: Mapfre para corretores e BB Seguros para as agências.
A presidência executiva da Mapfre BB SH2 ficará com Marcos Eduardo Ferreira, em substituição a Antônio Cassio dos Santos, que saiu em abril depois de comandar a seguradora espanhola no Brasil por oito anos e conduzir o processo de união com o BB. Além do desafio natural de suceder Santos, Ferreira, há 22 anos na Mapfre e até então responsável pelas operações da Nossa Caixa Vida e Previdência, terá de encarar agora o concorrido ramo de veículos, principal negócio da SH2. "A atuação comercial junto aos corretores não sofrerá qualquer mudança", esclarece Ferreira. "Serão mantidas a política de subscrição e condições de coberturas."
Somadas, as carteiras de Mapfre e BB (sem o seguro obrigatório DPVAT) ocupam o segundo lugar de mercado de seguro de automóveis, com 15,67% de participação. A posição é incômoda, já que está longe da primeira colocação, ocupada por Porto Seguro Itaú Unibanco - com 27,1% de participação de mercado - e colada no terceiro lugar, do Bradesco, que detém fatia de 14,12%.
Os desafios de crescer começam dentro de casa. A Brasilveículos, empresa do BB que compõe a holding SH2, apresentou um número alto de cancelamento de apólices (29%) entre o primeiro trimestre de 2010 e o primeiro trimestre de 2011. Nesse período, a frota segurada manteve-se praticamente estável - 1,030 milhão de veículos em março, evolução de 0,9%. O chamado índice de sinistralidade, que mede a diferença entre os prêmios recebidos e as indenizações pagas, aumentou de 60,3% no primeiro trimestre de 2010 para 70,1% nos primeiros três meses de 2011. O desempenho nesse período foi compensado pela reversão de provisionamentos e ganhos financeiros.
No segmento de pessoas (sem VGBL), que responde por 75% da carteira da BB Mapfre SH1, embora a empresa apareça na primeira posição, com R$ 2,85 bilhões em prêmios e 18,15% de participação de mercado, a situação não parece ser tão mais confortável. O Bradesco vem logo atrás, com R$ 2,71 bilhões em prêmios e 17,29% de participação de mercado, prometendo uma disputa acirrada. "Manter a liderança talvez seja pior que conquistá-la", diz Roberto Barroso, da Aliança do Brasil e que assume a presidência executiva da BB Mapfre SH1.
A unidade de vida saiu na frente e foi a primeira a ser integrada sob o guarda-chuva da nova organização. Trabalham hoje no Edifício Mapfre todos funcionários dos diferentes ramos de seguro. As áreas de apoio - administrativa, financeira, controle, tecnologia e RH - estão distribuídas por outros dois edifícios do BB, em São Paulo.
A ideia é ter todos os funcionários reunidos num só lugar, com exceção da unidade carioca. "Estamos estudando a possibilidade de um 'site' único. Separados, perdemos em integração, em ambiente", diz Caffarelli, do BB, que assume a presidência do conselho da Mapfre BB SH2 - na presidência do conselho da BB Mapfre SH1 ficará Wilson Toneto, da Mapfre. A possibilidade de venda do edifício não foi descartada por Rafael Casas, conselheiro delegado da Mapfre América. "Mas não estamos com pressa para resolver isso", apressou-se em esclarecer Caffarelli.
O imponente edifício de 22 andares da seguradora Mapfre localizado na Marginal Pinheiros, em São Paulo, já não é suficiente para comportar todos os funcionários. Os 700 colaboradores do grupo espanhol que trabalham no local ganharam, nos últimos três meses, a companhia de cerca de 300 pessoas vindas das empresas de seguros do Banco do Brasil (BB) - resultado da sociedade firmada há um ano e que será formalizada nos próximos dias em assembleia interna. Até o fim deste mês, os crachás de acesso ao prédio serão uniformizados, passando a contar com as logomarcas da seguradora e do banco estampadas.
Mas se a integração tecnológica e de pessoas está praticamente concluída, os reflexos da fusão nos negócios ainda estão por vir. A expectativa de executivos do BB é que, no segundo semestre, as operações da Mapfre ajudem a impulsionar as receitas de seguros do banco de cinco a dez pontos percentuais. Assim, a projeção inicial de crescer em linha com o mercado, ao redor de 15% no ano, passa para algo entre 20% e 25%. "Além da consolidação dos negócios, que aumentará o resultado do banco via equivalência patrimonial, os ganhos também virão do aumento das atividades", explica Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de cartões, novos negócios e varejo do BB.
A ideia é que a tecnologia de desenvolvimento de produtos e a experiência de comercialização da Mapfre se somem ao poder de abrangência do Banco do Brasil, com suas 5 mil agências e 55 milhões clientes (incluindo 2,176 milhões de empresas). Há poucos meses, por exemplo, passaram a ser oferecidos na rede de agências do banco seguros de viagem. Outra frente de sinergia importante está na área de grandes riscos, na qual o BB sequer atuava. Aproveitando a carteira de clientes do banco no setor naval, a Mapfre acaba de fechar um seguro marítimo para sete cascos de navio com prêmio no valor de R$ 5 milhões.
BB e Mapfre, que juntos formam o segundo maior grupo segurador do país, se impuseram o desafio de alcançar a liderança do setor. A organização encerrou 2010 com R$ 8,3 bilhões em prêmios emitidos (excluindo VGBL), equivalente a uma participação de mercado de 12,84%, de acordo com ranking do Sindicato dos Corretores de Seguros e Resseguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), elaborado a partir das demonstrações financeiras das empresas do setor.
O primeiro lugar é do Bradesco e superá-lo não vai ser tarefa simples. Com R$ 12,5 bilhões em prêmios em 2010, sua participação no mercado de seguros, de 19,35%, subiu em relação a 2009, quando a fatia era de 19,11%. BB e Mapfre, ao contrário, apresentaram nesse mesmo período um recuo de 0,3 ponto percentual.
O Bradesco projeta crescimento entre 10% e 13% nos prêmios de seguros em 2011 (incluindo previdência). BB e Mapfre, portanto, terão de crescer acima disso se quiserem reduzir a distância do concorrente.
Os segmentos de atuação da Mapfre BB SH2 - holding criada para atuar no ramo de automóveis, seguro massificado e de grandes riscos - são justamente aqueles em que a seguradora espanhola mais tem a contribuir na parceira, com seu exército de 10 mil corretores espalhados pelo país. Não à toa, a estrutura acionária da holding conta com a participação da Mapfre em 50% do capital total. No desenho da outra holding, a BB Mapfre SH1, responsável pela comercialização de seguros de vida (incluindo prestamistas), imóveis e agrícola - produtos mais fáceis de serem vendidos em agências -, o BB tem 74,99% do capital total. As marcas dos produtos serão preservadas em função do canal de distribuição: Mapfre para corretores e BB Seguros para as agências.
A presidência executiva da Mapfre BB SH2 ficará com Marcos Eduardo Ferreira, em substituição a Antônio Cassio dos Santos, que saiu em abril depois de comandar a seguradora espanhola no Brasil por oito anos e conduzir o processo de união com o BB. Além do desafio natural de suceder Santos, Ferreira, há 22 anos na Mapfre e até então responsável pelas operações da Nossa Caixa Vida e Previdência, terá de encarar agora o concorrido ramo de veículos, principal negócio da SH2. "A atuação comercial junto aos corretores não sofrerá qualquer mudança", esclarece Ferreira. "Serão mantidas a política de subscrição e condições de coberturas."
Somadas, as carteiras de Mapfre e BB (sem o seguro obrigatório DPVAT) ocupam o segundo lugar de mercado de seguro de automóveis, com 15,67% de participação. A posição é incômoda, já que está longe da primeira colocação, ocupada por Porto Seguro Itaú Unibanco - com 27,1% de participação de mercado - e colada no terceiro lugar, do Bradesco, que detém fatia de 14,12%.
Os desafios de crescer começam dentro de casa. A Brasilveículos, empresa do BB que compõe a holding SH2, apresentou um número alto de cancelamento de apólices (29%) entre o primeiro trimestre de 2010 e o primeiro trimestre de 2011. Nesse período, a frota segurada manteve-se praticamente estável - 1,030 milhão de veículos em março, evolução de 0,9%. O chamado índice de sinistralidade, que mede a diferença entre os prêmios recebidos e as indenizações pagas, aumentou de 60,3% no primeiro trimestre de 2010 para 70,1% nos primeiros três meses de 2011. O desempenho nesse período foi compensado pela reversão de provisionamentos e ganhos financeiros.
No segmento de pessoas (sem VGBL), que responde por 75% da carteira da BB Mapfre SH1, embora a empresa apareça na primeira posição, com R$ 2,85 bilhões em prêmios e 18,15% de participação de mercado, a situação não parece ser tão mais confortável. O Bradesco vem logo atrás, com R$ 2,71 bilhões em prêmios e 17,29% de participação de mercado, prometendo uma disputa acirrada. "Manter a liderança talvez seja pior que conquistá-la", diz Roberto Barroso, da Aliança do Brasil e que assume a presidência executiva da BB Mapfre SH1.
A unidade de vida saiu na frente e foi a primeira a ser integrada sob o guarda-chuva da nova organização. Trabalham hoje no Edifício Mapfre todos funcionários dos diferentes ramos de seguro. As áreas de apoio - administrativa, financeira, controle, tecnologia e RH - estão distribuídas por outros dois edifícios do BB, em São Paulo.
A ideia é ter todos os funcionários reunidos num só lugar, com exceção da unidade carioca. "Estamos estudando a possibilidade de um 'site' único. Separados, perdemos em integração, em ambiente", diz Caffarelli, do BB, que assume a presidência do conselho da Mapfre BB SH2 - na presidência do conselho da BB Mapfre SH1 ficará Wilson Toneto, da Mapfre. A possibilidade de venda do edifício não foi descartada por Rafael Casas, conselheiro delegado da Mapfre América. "Mas não estamos com pressa para resolver isso", apressou-se em esclarecer Caffarelli.
MILHAS EXPLOSIVAS
jornal Folha de S. Paulo 30/05/2011 – Maria Inês Dolci*
Os programas de milhagem das companhias aéreas foram criados por razões óbvias: fidelizar os clientes, ou seja, mantê-los vinculados às empresas, por intermédio do acúmulo de pontos, trocados por passagens gratuitas. O sucesso desses programas fez com que se multiplicassem as formas de obter milhas, como as compras com cartões de crédito, ou convênios com estabelecimentos comerciais, turísticos, restaurantes etc. Nos últimos meses, contudo, tenho recebido relatos de problemas na hora de resgatar os pontos que dificultam a obtenção das passagens. Ou seja, a quebra unilateral dos contratos firmados com os que se inscreveram nesses programas.
E, pior ainda, em muitos casos, depois de transferirem a pontuação obtida em cartões de crédito.
Além disso, recentemente, a TAM enviou correspondência digital para informar que passaria a exigir 15 mil pontos -e não mais apenas 10 mil- em trechos da América do Sul.
São, portanto, duas infrações aos direitos dos consumidores: complicar o resgate da milhagem, por meio de artifícios burocráticos, e mudar as regras com o jogo em andamento.
Por que as companhias agem assim? Provavelmente, em função do aquecimento do mercado do uso de aviões em viagens interestaduais, provocado pela ascensão das classes C e D. E do próprio crescimento dos negócios em geral, especialmente no ano passado.
Um exemplo estava no e-mail que recebi de um cliente do Programa TAM Fidelidade. Angelo Gaiarsa Neto, o consumidor em questão, interrompeu suas atividades profissionais devido a problemas de saúde, e passou a usar o e-mail pessoal em lugar do endereço eletrônico de trabalho. Não conseguira resgatar os mais de 60 mil pontos acumulados até o início deste mês. Pediu alteração do e-mail e da senha, mas foi "enrolado pelo atendente". A situação não havia sido solucionada até o último dia 16.
Também, em consulta simples nos buscadores da internet, é fácil encontrar reclamações contra a Gol. Uns, porque alegam jamais conseguir resgatar seus pontos. Outros, aludindo a viagens não creditadas na milhagem. Há, ainda, sumiço de milhas, dentre outras denunciadas pelos participantes do programa de fidelidade da Gol.
Somem-se a isso os costumeiros atrasos nos voos e a queda da qualidade dos serviços nos aeroportos, a menos de três anos da Copa do Mundo em nosso país.
A gestão federal nessa área é lamentável. Infraero e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) continuam batendo cabeça. Houve um momento em que foram emitidos sinais positivos, por meio da Anac, mas que se esfumaçaram com o tempo, sem resultados práticos. Uma ou outra medida mais positiva, mas o conjunto ainda é rigorosamente caótico.
As dificuldades para o resgate dos pontos nos programas de milhagem aérea, portanto, estão em linha com o panorama de tudo o que ocorre com quem resolve utilizar o avião como meio de transporte no Brasil.
As únicas iniciativas das empresas aéreas têm sido cobrar os lanches e vender mercadorias durante o voo. Ou seja, nada que resulte em mais qualidade, mais conforto e mais segurança para o passageiro. Como o duopólio (TAM e Gol) que divide o mercado não tem de se preocupar com as autoridades, o descaso só aumenta. Não é uma prática exclusiva das empresas aéreas, como já deixamos bem claro neste espaço várias vezes, mas sim um comportamento empresarial e governamental de confronto ao Código de Defesa do Consumidor.
Como isso poderia mudar? Sem a participação dos três Poderes, dificilmente haverá avanços para os cidadãos. A esperança é o Ministério Público, e a expectativa de maior disputa no mercado aéreo. Pode ser, também, que a aproximação não somente da Copa do Mundo, mas da Olimpíada de 2016, no Rio, provoque algumas medidas para mudar esse quadro.
Cabe ao consumidor reclamar, ingressar na Justiça e apoiar as entidades de defesa dos seus direitos, nessa luta tão desigual.
Nossos céus, definitivamente, não são de brigadeiro.
MARIA INÊS DOLCI, 56, advogada formada pela USP com especialização em business, é especialista em direito do consumidor e coordenadora institucional da ProTeste Associação de Consumidores. Escreve às segundas-feiras, a cada 14 dias, nesta coluna.
Internet: mariainesdolci.folha.blog.uol.com.br
Os programas de milhagem das companhias aéreas foram criados por razões óbvias: fidelizar os clientes, ou seja, mantê-los vinculados às empresas, por intermédio do acúmulo de pontos, trocados por passagens gratuitas. O sucesso desses programas fez com que se multiplicassem as formas de obter milhas, como as compras com cartões de crédito, ou convênios com estabelecimentos comerciais, turísticos, restaurantes etc. Nos últimos meses, contudo, tenho recebido relatos de problemas na hora de resgatar os pontos que dificultam a obtenção das passagens. Ou seja, a quebra unilateral dos contratos firmados com os que se inscreveram nesses programas.
E, pior ainda, em muitos casos, depois de transferirem a pontuação obtida em cartões de crédito.
Além disso, recentemente, a TAM enviou correspondência digital para informar que passaria a exigir 15 mil pontos -e não mais apenas 10 mil- em trechos da América do Sul.
São, portanto, duas infrações aos direitos dos consumidores: complicar o resgate da milhagem, por meio de artifícios burocráticos, e mudar as regras com o jogo em andamento.
Por que as companhias agem assim? Provavelmente, em função do aquecimento do mercado do uso de aviões em viagens interestaduais, provocado pela ascensão das classes C e D. E do próprio crescimento dos negócios em geral, especialmente no ano passado.
Um exemplo estava no e-mail que recebi de um cliente do Programa TAM Fidelidade. Angelo Gaiarsa Neto, o consumidor em questão, interrompeu suas atividades profissionais devido a problemas de saúde, e passou a usar o e-mail pessoal em lugar do endereço eletrônico de trabalho. Não conseguira resgatar os mais de 60 mil pontos acumulados até o início deste mês. Pediu alteração do e-mail e da senha, mas foi "enrolado pelo atendente". A situação não havia sido solucionada até o último dia 16.
Também, em consulta simples nos buscadores da internet, é fácil encontrar reclamações contra a Gol. Uns, porque alegam jamais conseguir resgatar seus pontos. Outros, aludindo a viagens não creditadas na milhagem. Há, ainda, sumiço de milhas, dentre outras denunciadas pelos participantes do programa de fidelidade da Gol.
Somem-se a isso os costumeiros atrasos nos voos e a queda da qualidade dos serviços nos aeroportos, a menos de três anos da Copa do Mundo em nosso país.
A gestão federal nessa área é lamentável. Infraero e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) continuam batendo cabeça. Houve um momento em que foram emitidos sinais positivos, por meio da Anac, mas que se esfumaçaram com o tempo, sem resultados práticos. Uma ou outra medida mais positiva, mas o conjunto ainda é rigorosamente caótico.
As dificuldades para o resgate dos pontos nos programas de milhagem aérea, portanto, estão em linha com o panorama de tudo o que ocorre com quem resolve utilizar o avião como meio de transporte no Brasil.
As únicas iniciativas das empresas aéreas têm sido cobrar os lanches e vender mercadorias durante o voo. Ou seja, nada que resulte em mais qualidade, mais conforto e mais segurança para o passageiro. Como o duopólio (TAM e Gol) que divide o mercado não tem de se preocupar com as autoridades, o descaso só aumenta. Não é uma prática exclusiva das empresas aéreas, como já deixamos bem claro neste espaço várias vezes, mas sim um comportamento empresarial e governamental de confronto ao Código de Defesa do Consumidor.
Como isso poderia mudar? Sem a participação dos três Poderes, dificilmente haverá avanços para os cidadãos. A esperança é o Ministério Público, e a expectativa de maior disputa no mercado aéreo. Pode ser, também, que a aproximação não somente da Copa do Mundo, mas da Olimpíada de 2016, no Rio, provoque algumas medidas para mudar esse quadro.
Cabe ao consumidor reclamar, ingressar na Justiça e apoiar as entidades de defesa dos seus direitos, nessa luta tão desigual.
Nossos céus, definitivamente, não são de brigadeiro.
MARIA INÊS DOLCI, 56, advogada formada pela USP com especialização em business, é especialista em direito do consumidor e coordenadora institucional da ProTeste Associação de Consumidores. Escreve às segundas-feiras, a cada 14 dias, nesta coluna.
Internet: mariainesdolci.folha.blog.uol.com.br
CARTÃO BOM PODERÁ SER USADO NO TREM E METRÔ
jornal Diário do Grande ABC 28/05/2011 - Fábio Munhoz
A partir do dia 27 de julho, usuários do sistema de ônibus intermunicipais da Grande São Paulo poderão utilizar o cartão BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano) nas catracas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A informação foi divulgada ontem pelo presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes da Silva Júnior.
A declaração foi dada após a premiação do IQT 2010 (Índice de Qualidade do Transporte), ranking que classifica a atuação das empresas de ônibus da região metropolitana de São Paulo.
"Tecnologicamente já é possível fazer a integração nas catracas. Só temos de adaptar um software, e isso demora cerca de 60 dias", explicou o presidente. Silva Júnior disse que o BOM servirá apenas para facilitar a vida do usuário, que atualmente precisa de pelo menos dois cartões para fazer a transferência. O projeto inicial não prevê integração tarifária, nos mesmos moldes do Bilhete Único.
Inicialmente, a integração funcionará em fase de testes, em apenas uma estação a ser definida. Atualmente, o BOM é utilizado por 3 milhões de passageiros em toda a Região Metropolitana. A EMTU espera que a demanda pelos cartões aumente após o início da integração com o trem e o Metrô.
A partir do dia 27 de julho, usuários do sistema de ônibus intermunicipais da Grande São Paulo poderão utilizar o cartão BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano) nas catracas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A informação foi divulgada ontem pelo presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes da Silva Júnior.
A declaração foi dada após a premiação do IQT 2010 (Índice de Qualidade do Transporte), ranking que classifica a atuação das empresas de ônibus da região metropolitana de São Paulo.
"Tecnologicamente já é possível fazer a integração nas catracas. Só temos de adaptar um software, e isso demora cerca de 60 dias", explicou o presidente. Silva Júnior disse que o BOM servirá apenas para facilitar a vida do usuário, que atualmente precisa de pelo menos dois cartões para fazer a transferência. O projeto inicial não prevê integração tarifária, nos mesmos moldes do Bilhete Único.
Inicialmente, a integração funcionará em fase de testes, em apenas uma estação a ser definida. Atualmente, o BOM é utilizado por 3 milhões de passageiros em toda a Região Metropolitana. A EMTU espera que a demanda pelos cartões aumente após o início da integração com o trem e o Metrô.
EXPANSÃO DE 80% EM MT
jornal Diário de Cuiabá 29/05/2011 – Marcondes Maciel
Forma de pagamento mais segura para o comércio, os cartões de crédito caíram no gosto da população mato-grossense e registram forte expansão no Estado. Aceito para compras de qualquer valor – desde um simples cafezinho até grandes aquisições – o cartão vem aumentando sua participação em faturamento e número de transações no comércio. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos - 2006 a 2010 - a indústria de cartões, em Mato Grosso, cresceu cerca de 80%, com o faturamento passando de R$ 1,36 bilhão para R$ 2,45 bilhões e o volume de transações saltando de 16,45 milhões para 29,61 milhões no período. Já o número de cartões em circulação evoluiu de 600 mil para aproximadamente 1,08 milhão. Essa popularização aumentou o valor médio das compras para R$ 86, uma das mais altas do país.
A participação de Mato Grosso na região Centro-Oeste e no país vem aumentando nos últimos anos tanto em faturamento, número de transações quanto em emissão de novos cartões. Atualmente, o Estado já responde por 1,5% do faturamento nacional, 15,1% do faturamento no Centro-Oeste, 1,1% das transações brasileiras e 15,5% na região. Em relação ao número de cartões ativos, Mato Grosso responde por 14,8% do total do Centro-Oeste.
“De fato a população tem optado pelos cartões de crédito porque este meio de pagamento oferece inúmeras vantagens, como maior segurança, praticidade e comodidade para o consumidor”, aponta o vice-presidente da Federação do Comércio, Bens e Serviços de Mato Grosso (Fecomércio), Roberto Peron. “Os cartões têm mais aceitação que os cheques e permitem fazer compras pela Internet ou telefone”.
Atualmente, de acordo com Peron, 98% dos estabelecimentos possuem convênio de cartão e 2% contam com cartão próprio. Mas alerta: o consumidor deve ter muito cuidado e fazer planejamento para não se endividar com os cartões.
Para ele, a maior opção pelos cartões de crédito se deve principalmente ao estímulo dado pelo comércio a essa forma de pagamento e ainda à facilidade de uso que tem em relação ao cheque e ao dinheiro.
“A tendência do cartão é crescer em função da sua praticidade e facilidade. Realmente, o cartão é a moeda do futuro por apresentar vantagens comparativas como rapidez e segurança tanto para as empresas quanto para o consumidor”, afirma Peron. (Veja quadro)
TAXAS – O principal empecilho para a disseminação dos cartões de crédito em uma escala maior são as taxas de administração cobradas pelas operadoras. Atualmente, as taxas variam de 2% a 5%, dependendo do volume de vendas e da negociação entre a empresa e administradora. “Os custos das operadoras ainda estão altos”, afirma Peron.
De qualquer forma, praticamente todo mundo trabalha com cartão. Até mesmo vendedores ambulantes e camelôs adotaram esta forma de pagamento em Cuiabá por considerá-la mais prática, eficiente e segura. “Pelo menos 50% de todas nossas vendas são por meio de cartões”, disse um vendedor do Shopping Popular dos Camelôs. Segundo ele, nos últimos dois anos a utilização de cartões nas lojas do shopping aumentou mais de 70% e a tendência é continuar se expandindo nos próximos anos.
EXPANSÃO - O cartão de crédito transformou-se em um meio de pagamento cada vez mais comum entre os consumidores do segmento de baixa renda, que ganham até R$ 800 por mês. Os consumidores dessa faixa de renda não só vêm usando mais o cartão para pagar as suas compras, mas como principal meio de financiamento: entre os portadores de cartão de baixa renda, 25% usam somente o cartão de crédito como instrumento de crédito, contra 17% dos demais portadores. Além disso, 76% costumam recorrer ao parcelamento sem juros, modalidade de pagamento que permite alongar o vencimento das contas sem ter de pagar juros ou taxas adicionais.
TICKET - Entre os clientes com renda mais baixa, o ticket se mantém praticamente estável no país, na faixa de R$ 61, graças ao uso mais freqüente do pagamento parcelado sem juros, que correspondeu a 52,5% das operações no ano passado. Para o cliente com renda acima de R$ 2,5 mil, o valor médio por transação é de R$ 112,1. A compra à vista para essa categoria equivale a 57,9% do faturamento, ou seja, o apelo da compra a prazo é menor.
Forma de pagamento mais segura para o comércio, os cartões de crédito caíram no gosto da população mato-grossense e registram forte expansão no Estado. Aceito para compras de qualquer valor – desde um simples cafezinho até grandes aquisições – o cartão vem aumentando sua participação em faturamento e número de transações no comércio. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos - 2006 a 2010 - a indústria de cartões, em Mato Grosso, cresceu cerca de 80%, com o faturamento passando de R$ 1,36 bilhão para R$ 2,45 bilhões e o volume de transações saltando de 16,45 milhões para 29,61 milhões no período. Já o número de cartões em circulação evoluiu de 600 mil para aproximadamente 1,08 milhão. Essa popularização aumentou o valor médio das compras para R$ 86, uma das mais altas do país.
A participação de Mato Grosso na região Centro-Oeste e no país vem aumentando nos últimos anos tanto em faturamento, número de transações quanto em emissão de novos cartões. Atualmente, o Estado já responde por 1,5% do faturamento nacional, 15,1% do faturamento no Centro-Oeste, 1,1% das transações brasileiras e 15,5% na região. Em relação ao número de cartões ativos, Mato Grosso responde por 14,8% do total do Centro-Oeste.
“De fato a população tem optado pelos cartões de crédito porque este meio de pagamento oferece inúmeras vantagens, como maior segurança, praticidade e comodidade para o consumidor”, aponta o vice-presidente da Federação do Comércio, Bens e Serviços de Mato Grosso (Fecomércio), Roberto Peron. “Os cartões têm mais aceitação que os cheques e permitem fazer compras pela Internet ou telefone”.
Atualmente, de acordo com Peron, 98% dos estabelecimentos possuem convênio de cartão e 2% contam com cartão próprio. Mas alerta: o consumidor deve ter muito cuidado e fazer planejamento para não se endividar com os cartões.
Para ele, a maior opção pelos cartões de crédito se deve principalmente ao estímulo dado pelo comércio a essa forma de pagamento e ainda à facilidade de uso que tem em relação ao cheque e ao dinheiro.
“A tendência do cartão é crescer em função da sua praticidade e facilidade. Realmente, o cartão é a moeda do futuro por apresentar vantagens comparativas como rapidez e segurança tanto para as empresas quanto para o consumidor”, afirma Peron. (Veja quadro)
TAXAS – O principal empecilho para a disseminação dos cartões de crédito em uma escala maior são as taxas de administração cobradas pelas operadoras. Atualmente, as taxas variam de 2% a 5%, dependendo do volume de vendas e da negociação entre a empresa e administradora. “Os custos das operadoras ainda estão altos”, afirma Peron.
De qualquer forma, praticamente todo mundo trabalha com cartão. Até mesmo vendedores ambulantes e camelôs adotaram esta forma de pagamento em Cuiabá por considerá-la mais prática, eficiente e segura. “Pelo menos 50% de todas nossas vendas são por meio de cartões”, disse um vendedor do Shopping Popular dos Camelôs. Segundo ele, nos últimos dois anos a utilização de cartões nas lojas do shopping aumentou mais de 70% e a tendência é continuar se expandindo nos próximos anos.
EXPANSÃO - O cartão de crédito transformou-se em um meio de pagamento cada vez mais comum entre os consumidores do segmento de baixa renda, que ganham até R$ 800 por mês. Os consumidores dessa faixa de renda não só vêm usando mais o cartão para pagar as suas compras, mas como principal meio de financiamento: entre os portadores de cartão de baixa renda, 25% usam somente o cartão de crédito como instrumento de crédito, contra 17% dos demais portadores. Além disso, 76% costumam recorrer ao parcelamento sem juros, modalidade de pagamento que permite alongar o vencimento das contas sem ter de pagar juros ou taxas adicionais.
TICKET - Entre os clientes com renda mais baixa, o ticket se mantém praticamente estável no país, na faixa de R$ 61, graças ao uso mais freqüente do pagamento parcelado sem juros, que correspondeu a 52,5% das operações no ano passado. Para o cliente com renda acima de R$ 2,5 mil, o valor médio por transação é de R$ 112,1. A compra à vista para essa categoria equivale a 57,9% do faturamento, ou seja, o apelo da compra a prazo é menor.
PRODUTO À VENDA NO BALCÃO DE LOJA
revista Valor Financeiro Maio 2011 – Guilherme Meirelles
Já foi o tempo em que o interessado em contratar um seguro era obrigado a procurar um corretor ou dirigir-se a uma agência bancária para falar com o gerente. Desde o início da década passada, as principais redes varejistas firmaram parceria com seguradoras para a venda, principalmente, de produtos massificados. O que antes era uma atividade restrita a companhias com expertise no ramo tornou-se atraente até mesmo para aquelas seguradoras que habitualmente tinham como único canal de distribuição o corretor.
Alguns dos principais players desse ramo são companhias pouco familiarizadas com o público em geral. Não estão presentes na mídia e não se preocupam com ações de marketing. Para elas, quem tem de botar a cara é o cliente. Com um faturamento global de US$ 3 bilhões, a Assurant Solutions tem em seu braço brasileiro uma das principais seguradoras no ramo de massificados. A Assurant comercializa mais de dez produtos massificados em parceria com as redes Ricardo Eletro, Quero-Quero, Eletroshopping e Eletrozema em praças consideradas estratégicas.
Os produtos variam conforme a região. Basicamente, são seguros de proteção financeira, acidentes pessoais, contra roubo e furto de celular e garantia estendida. No Brasil, movimentaram R$ 291,6 milhões em prêmios em 2010. Segundo Cássio Stavale, vice-presidente da Assurant, foram registrados cerca de 10 milhões de operações em 2010, voltadas para público das classes C e D.
Em linhas gerais, uma operação de venda de seguros ocorre entre a seguradora, a corretora e o varejista, que precisa ter uma financeira instalada dentro da loja. Cabe ao corretor fazer o contato entre as partes e formatar o modelo a ser apresentado. Uma vez acertados os ponteiros, o corretor acerta a sua forma de comissão, bem como a do varejista, que estará emprestando seu espaço, e dos vendedores que irão oferecer os seguros aos clientes da loja. Tanto a seguradora como as corretoras orientam os vendedores para que eles expliquem de forma precisa como funcionam os variados seguros aos clientes. Por sua vez, os varejistas estimulam a equipe interna de vendas com prêmios ou bônus, dependendo da rede.
A prática mais comum é o varejista receber um pró-labore da seguradora e usar a verba em ações internas de comunicação, destacando o seguro como um item a mais para os vendedores se empenharem com a clientela. O consumidor mais atento pode prestar atenção em um detalhe quando for pechinchar na próxima compra. Em determinado momento, quando estiver negociando com o vendedor, perceba quando surgir um sinal de "menos" na tela. É que a partir daí a loja está tendo prejuízo na venda, mas que poderá ser compensada caso o vendedor consiga lhe vender uma garantia estendida.
A venda de seguros ajuda também o varejista a fidelizar o cliente, principalmente em regiões mais afastadas, nas quais boa parte da população não possui conta em banco e opta pelo velho e bom carnê, pago religiosamente todo mês no balcão da loja.
"É uma forma interessante para a seguradora porque ela vende produtos que não seriam comercializados no mesmo volume em outros canais. No varejo, embora o valor da compra não seja grande, dá para fazer no volume uma forma de dinheiro", afirma o economista Lauro Vieira de Faria, assessor da diretoria da Escola Nacional de Seguros (Funenseg). "É bom também para o cliente, que sai da loja com sua compra protegida, e para o varejista, que amplia o seu leque de produtos. O pequeno e o médio varejista contribuem para a popularização do seguro", afirma Paulo Kudler, gerente comercial da corretora Marsh, especializada em massificados.
A venda no varejo está atraindo até mesmo quem não tem tradição de operar nessa área, como a Porto Seguro. Há quatro anos, a seguradora iniciou uma parceria com a Lojas Renner, segunda maior cadeia do varejo em vestuário. Segundo Luiz Pomarole, vice-presidente de produtos massificados da Porto, a parceria conta com a presença permanente do corretor, que orienta os funcionários da rede na hora da venda. No primeiro trimestre, a divisão gerou faturamento de R$ 15,3 milhões, com 28,2 mil contratos ativos, 16,8% a mais que em igual período de 2010.
A Lojas Renner oferece três tipos de seguro: um de proteção financeira, com quitação de crédito em caso de morte acidental, desemprego ou invalidez; outro de acidentes pessoais, com parcelas mensais de R$ 7,22; e uma versão de seguro residencial voltada para o público de baixa renda, com teto de cobertura de R$ 52 mil para incêndio, raio, explosão e pagamento de aluguel, além de sorteio mensal de R$ 50 mil, no qual o segurado paga 11 parcelas de R$ 11,98.
Algumas parcerias sobrevivem há anos no mercado, como a da rede Riachuelo com a seguradora Zurich e com a corretora Classic, que desde 1998 opera com proteção financeira. Em certos casos, a afinidade torna-se até natural, como entre a seguradora Cardif, do banco BNP Paribas, e a rede Carrefour, com a qual o banco firmou uma joint venture. "O Carrefour é nosso parceiro global", afirma Alexandre Boccia, presidente da Cardif. Além do varejo, em que atua em conjunto com a rede Magazine Luiza, a Cardif participa de operações com financeiras e cartões de crédito, entre outros canais de distribuição de seguros.
O Carrefour comercializa seis modalidades distintas de seguro, que incluem proteção financeira, residencial e um produto especial para veículos, que cobre apenas roubo e furto. Segundo o Carrefour, os vendedores "são capacitados para esclarecer dúvidas, fornecer informações detalhadas sobre os serviços e orientar no que for necessário. As campanhas de incentivo aos colaboradores da empresa abrangem diversas premiações".
As principais redes varejistas também oferecem a seus clientes uma modalidade que ganhou força no mercado de seguros a partir de 2003: o seguro-prestamista, que, simplificadamente, oferece uma garantia contra eventual inadimplência. Em casos extremos, como a morte do contratante, a dívida fica quitada para família e a financeira recebe da seguradora. Os números da Susep não deixam dúvidas do sucesso do produto. Em 2003, o ramo prestamista teve prêmios diretos de R$ 227,2 milhões No ano passado, os prêmios atingiram R$ 3,4 bilhões, um crescimento de praticamente 1.400%. Apesar das recentes medidas de restrição ao crédito, sem dar sinais de queda. No primeiro trimestre, os prêmios diretos foram da ordem de R$ 1 bilhão, alta de 32,7% ante mesmo período de 2010.
Por ser uma forma de seguro diretamente ligada à oferta de crédito, as seguradoras que fazem parte do setor bancário acabam tendo mais acesso ao contratante. Os clientes da Caixa Econômica Federal (CEF) podem contratar na própria agência o seguro Dívida Zero. O seguro tem parcela única de R$7,23 para empréstimo de R$ 1 mil, a ser quitado em seis meses. O seguro protege em caso de morte e invalidez permanente e é voltado para as classes C, D e E.
A Itaú Seguros também oferece o seguro-prestamista aos clientes Itaú Unibanco e atua ainda em operações externas com financeiras, redes de varejo, empresas de cartões de crédito, construtoras e operadoras de consórcios. Segundo o diretor Dennys Rosini, o ramo tem crescido de forma contínua, e os índices de sinistralidade se mantêm estáveis, em torno de 25%, com exceção de 2009, quando houve um aumento no índice de desemprego entre determinadas camadas da população.
O ramo prestamista está em alta nas operações da Bradesco Seguros. Em 2008 representava 15,79% da carteira da companhia, e no ano passado saltou para 22%. Além de morte e invalidez, o produto oferece cobertura de seis parcelas em caso de desemprego. O seguro é oferecido também em compras online por meio de parceiros. Ainda neste semestre, o Bradesco deve lançar uma cartilha sobre a importância de ter proteção financeira voltada para as classes C, D e E.
Especializada em seguros massificados, a seguradora francesa Cardif não se limita a atender a população de baixa renda. A companhia atua em operações de proteção financeira com algumas das principais montadoras instaladas no país, como a Renault e a Volkswagen. O seguro quita o saldo devedor em caso de morte e salda entre três e seis parcelas em situação de perda de emprego. Segundo Alexandre Boccia, há cerca 1 milhão de contratos vigentes nessa divisão. Ele acredita que o ramo de proteção financeira para autos cresça entre 15% e 20%.
Atraente para todas as partes envolvidas, o seguro de proteção financeira exige certos cuidados. O seguro não cobre parcelas em atraso. Há ainda uma carência de 15 dias para casos de invalidez ou de perda de emprego. Ainda na área trabalhista, não são considerados os casos de programa de demissão voluntária. É preciso também responder a um pequeno questionário, no qual consta se o pleiteante possui problemas preexistentes de saúde. Entidades de defesa do consumidor alertam sobre a forma como o produto é oferecido no varejo; não pode ser passada a ideia de que se trata de uma venda casada.
Já foi o tempo em que o interessado em contratar um seguro era obrigado a procurar um corretor ou dirigir-se a uma agência bancária para falar com o gerente. Desde o início da década passada, as principais redes varejistas firmaram parceria com seguradoras para a venda, principalmente, de produtos massificados. O que antes era uma atividade restrita a companhias com expertise no ramo tornou-se atraente até mesmo para aquelas seguradoras que habitualmente tinham como único canal de distribuição o corretor.
Alguns dos principais players desse ramo são companhias pouco familiarizadas com o público em geral. Não estão presentes na mídia e não se preocupam com ações de marketing. Para elas, quem tem de botar a cara é o cliente. Com um faturamento global de US$ 3 bilhões, a Assurant Solutions tem em seu braço brasileiro uma das principais seguradoras no ramo de massificados. A Assurant comercializa mais de dez produtos massificados em parceria com as redes Ricardo Eletro, Quero-Quero, Eletroshopping e Eletrozema em praças consideradas estratégicas.
Os produtos variam conforme a região. Basicamente, são seguros de proteção financeira, acidentes pessoais, contra roubo e furto de celular e garantia estendida. No Brasil, movimentaram R$ 291,6 milhões em prêmios em 2010. Segundo Cássio Stavale, vice-presidente da Assurant, foram registrados cerca de 10 milhões de operações em 2010, voltadas para público das classes C e D.
Em linhas gerais, uma operação de venda de seguros ocorre entre a seguradora, a corretora e o varejista, que precisa ter uma financeira instalada dentro da loja. Cabe ao corretor fazer o contato entre as partes e formatar o modelo a ser apresentado. Uma vez acertados os ponteiros, o corretor acerta a sua forma de comissão, bem como a do varejista, que estará emprestando seu espaço, e dos vendedores que irão oferecer os seguros aos clientes da loja. Tanto a seguradora como as corretoras orientam os vendedores para que eles expliquem de forma precisa como funcionam os variados seguros aos clientes. Por sua vez, os varejistas estimulam a equipe interna de vendas com prêmios ou bônus, dependendo da rede.
A prática mais comum é o varejista receber um pró-labore da seguradora e usar a verba em ações internas de comunicação, destacando o seguro como um item a mais para os vendedores se empenharem com a clientela. O consumidor mais atento pode prestar atenção em um detalhe quando for pechinchar na próxima compra. Em determinado momento, quando estiver negociando com o vendedor, perceba quando surgir um sinal de "menos" na tela. É que a partir daí a loja está tendo prejuízo na venda, mas que poderá ser compensada caso o vendedor consiga lhe vender uma garantia estendida.
A venda de seguros ajuda também o varejista a fidelizar o cliente, principalmente em regiões mais afastadas, nas quais boa parte da população não possui conta em banco e opta pelo velho e bom carnê, pago religiosamente todo mês no balcão da loja.
"É uma forma interessante para a seguradora porque ela vende produtos que não seriam comercializados no mesmo volume em outros canais. No varejo, embora o valor da compra não seja grande, dá para fazer no volume uma forma de dinheiro", afirma o economista Lauro Vieira de Faria, assessor da diretoria da Escola Nacional de Seguros (Funenseg). "É bom também para o cliente, que sai da loja com sua compra protegida, e para o varejista, que amplia o seu leque de produtos. O pequeno e o médio varejista contribuem para a popularização do seguro", afirma Paulo Kudler, gerente comercial da corretora Marsh, especializada em massificados.
A venda no varejo está atraindo até mesmo quem não tem tradição de operar nessa área, como a Porto Seguro. Há quatro anos, a seguradora iniciou uma parceria com a Lojas Renner, segunda maior cadeia do varejo em vestuário. Segundo Luiz Pomarole, vice-presidente de produtos massificados da Porto, a parceria conta com a presença permanente do corretor, que orienta os funcionários da rede na hora da venda. No primeiro trimestre, a divisão gerou faturamento de R$ 15,3 milhões, com 28,2 mil contratos ativos, 16,8% a mais que em igual período de 2010.
A Lojas Renner oferece três tipos de seguro: um de proteção financeira, com quitação de crédito em caso de morte acidental, desemprego ou invalidez; outro de acidentes pessoais, com parcelas mensais de R$ 7,22; e uma versão de seguro residencial voltada para o público de baixa renda, com teto de cobertura de R$ 52 mil para incêndio, raio, explosão e pagamento de aluguel, além de sorteio mensal de R$ 50 mil, no qual o segurado paga 11 parcelas de R$ 11,98.
Algumas parcerias sobrevivem há anos no mercado, como a da rede Riachuelo com a seguradora Zurich e com a corretora Classic, que desde 1998 opera com proteção financeira. Em certos casos, a afinidade torna-se até natural, como entre a seguradora Cardif, do banco BNP Paribas, e a rede Carrefour, com a qual o banco firmou uma joint venture. "O Carrefour é nosso parceiro global", afirma Alexandre Boccia, presidente da Cardif. Além do varejo, em que atua em conjunto com a rede Magazine Luiza, a Cardif participa de operações com financeiras e cartões de crédito, entre outros canais de distribuição de seguros.
O Carrefour comercializa seis modalidades distintas de seguro, que incluem proteção financeira, residencial e um produto especial para veículos, que cobre apenas roubo e furto. Segundo o Carrefour, os vendedores "são capacitados para esclarecer dúvidas, fornecer informações detalhadas sobre os serviços e orientar no que for necessário. As campanhas de incentivo aos colaboradores da empresa abrangem diversas premiações".
As principais redes varejistas também oferecem a seus clientes uma modalidade que ganhou força no mercado de seguros a partir de 2003: o seguro-prestamista, que, simplificadamente, oferece uma garantia contra eventual inadimplência. Em casos extremos, como a morte do contratante, a dívida fica quitada para família e a financeira recebe da seguradora. Os números da Susep não deixam dúvidas do sucesso do produto. Em 2003, o ramo prestamista teve prêmios diretos de R$ 227,2 milhões No ano passado, os prêmios atingiram R$ 3,4 bilhões, um crescimento de praticamente 1.400%. Apesar das recentes medidas de restrição ao crédito, sem dar sinais de queda. No primeiro trimestre, os prêmios diretos foram da ordem de R$ 1 bilhão, alta de 32,7% ante mesmo período de 2010.
Por ser uma forma de seguro diretamente ligada à oferta de crédito, as seguradoras que fazem parte do setor bancário acabam tendo mais acesso ao contratante. Os clientes da Caixa Econômica Federal (CEF) podem contratar na própria agência o seguro Dívida Zero. O seguro tem parcela única de R$7,23 para empréstimo de R$ 1 mil, a ser quitado em seis meses. O seguro protege em caso de morte e invalidez permanente e é voltado para as classes C, D e E.
A Itaú Seguros também oferece o seguro-prestamista aos clientes Itaú Unibanco e atua ainda em operações externas com financeiras, redes de varejo, empresas de cartões de crédito, construtoras e operadoras de consórcios. Segundo o diretor Dennys Rosini, o ramo tem crescido de forma contínua, e os índices de sinistralidade se mantêm estáveis, em torno de 25%, com exceção de 2009, quando houve um aumento no índice de desemprego entre determinadas camadas da população.
O ramo prestamista está em alta nas operações da Bradesco Seguros. Em 2008 representava 15,79% da carteira da companhia, e no ano passado saltou para 22%. Além de morte e invalidez, o produto oferece cobertura de seis parcelas em caso de desemprego. O seguro é oferecido também em compras online por meio de parceiros. Ainda neste semestre, o Bradesco deve lançar uma cartilha sobre a importância de ter proteção financeira voltada para as classes C, D e E.
Especializada em seguros massificados, a seguradora francesa Cardif não se limita a atender a população de baixa renda. A companhia atua em operações de proteção financeira com algumas das principais montadoras instaladas no país, como a Renault e a Volkswagen. O seguro quita o saldo devedor em caso de morte e salda entre três e seis parcelas em situação de perda de emprego. Segundo Alexandre Boccia, há cerca 1 milhão de contratos vigentes nessa divisão. Ele acredita que o ramo de proteção financeira para autos cresça entre 15% e 20%.
Atraente para todas as partes envolvidas, o seguro de proteção financeira exige certos cuidados. O seguro não cobre parcelas em atraso. Há ainda uma carência de 15 dias para casos de invalidez ou de perda de emprego. Ainda na área trabalhista, não são considerados os casos de programa de demissão voluntária. É preciso também responder a um pequeno questionário, no qual consta se o pleiteante possui problemas preexistentes de saúde. Entidades de defesa do consumidor alertam sobre a forma como o produto é oferecido no varejo; não pode ser passada a ideia de que se trata de uma venda casada.
CARONA NO CRÉDITO AO CONSUMIDOR
revista Valor Financeiro Maio 2011 – Paulo Fortuna
O mercado de seguros de vida e acidentes pessoais no Brasil vem evidenciando nos primeiros meses de 2011 a mesma vitalidade que demonstrou no ano passado, com resultados impulsionados principalmente com o aumento de renda nas classes C e D, que incorporaram esses produtos às suas prioridades de consumo. Outro grande fator de incentivo foi o seguro chamado de prestamista, que tem o objetivo de permitir a quitação das prestações de bens adquiridos pelo segurado em caso de morte e invalidez. Essa modalidade de seguro pegou carona na expansão dos financiamentos a compras a prazo e continua a fazê-lo, mesmo após as medidas tomadas pelo governo para contenção do crédito bancário.
Os dados mais recentes da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) revelam que o mercado de seguros voltados para pessoas - que engloba seguros vida individual e em grupo, acidentes pessoais, proteção financeira, seguros educacionais, entre outros produtos - movimentou R$ 1,4 bilhão em prêmios em fevereiro deste ano, um crescimento de 20,35% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os seguros de acidentes pessoais lideraram o crescimento no período, com prêmios de R$ 337,6 milhões, resultado 55,76% superior aos R$ 216,7 milhões registrados em fevereiro de 2010. O setor prestamista movimentou R$ 352,8 milhões em prêmios, acusando um crescimento de 39,46%.
Na avaliação de Renato Russo, vice-presidente da FenaPrevi, mesmo que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seja mais modesto em 2011 do que no ano passado, ainda há espaço para o setor continuar a crescer em volumes elevados, principalmente por conta do aumento de renda e da contratação de maior número de trabalhadores com carteira assinada. "O seguro de vida, hoje bem mais conhecido, passou a ser prioridade para quem teve um aumento real de renda e começou a se preocupar em preservar o padrão de vida da família. Além disso, a formalização do mercado de trabalho aumenta a base de segurados, já que muitas empresas passaram a oferecer esse benefício, até por conta dos acordos coletivos de diversas categorias profissionais", afirma Russo.
O presidente da FenaPrevi destaca que as maiores taxas de crescimento das operações de crédito ocorreram justamente nas classes de renda média, o que também deve continuar a estimular as vendas de seguros-prestamista neste ano. Em seu entendimento, as medidas macroprudenciais tomadas pelo governo para conter o crédito devem ter pouco impacto sobre o setor.
O crescimento do segmento no Brasil trouxe poucas mudanças em relação à participação relevante dos grandes bancos no volume total de negócios. De acordo com os dados da FenaPrevi de fevereiro, o Bradesco ocupa o primeiro lugar desse mercado, com 15,77%, seguido por Itaú (13,36%) e Santander (11,87%).
O presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, acredita que o momento atual da economia brasileira é altamente favorável para a instituição financeira. "Num cenário de crescimento de emprego e renda, o Bradesco leva uma grande vantagem por causa de sua vocação histórica para atuar no varejo", diz ele.
Oliveira também destaca que a capilaridade das agências do banco ainda é um fator decisivo nas vendas dos produtos. "As agências bancárias ainda são os grandes canais de venda de seguros", ressalta o executivo.
Ele ressalta que, no caso dos planos coletivos, a tendência é que cada vez mais empresas incorporem os seguros de vida entre os benefícios oferecidos aos empregados. "Em um momento de quase pleno emprego, essa é uma estratégia de retenção de mão de obra qualificada", diz Oliveira.
Executivos de seguradoras não ligadas a bancos admitem que essas instituições financeiras conseguem dominar boa parte do mercado por força dos seus canais de venda, principalmente as agências. Mas essas companhias estão desenvolvendo estratégias para ganhar mais espaço no setor.
A Icatu Seguros, por exemplo, aposta em parcerias para chegar aos clientes, como as vendas de seguro por telefone em conjunto com uma operadora de cartão de crédito. "Vendemos 40 mil seguros de vida individuais utilizando esse canal", conta o diretor de produtos de varejo da Icatu Seguros, Gustavo Germano. A Icatu também acertou parcerias com instituições financeiras que não atuam diretamente na área de seguros, utilizando seus pontos de venda.
A Liberty Seguros, controlada pelo grupo americano Liberty Mutual, desenvolve um trabalho de treinamento contínuo com os corretores de seguros, numa estratégia para oferecer soluções diferenciadas aos clientes. "Nosso objetivo é que os corretores se transformem em consultores que ofereçam soluções de longo prazo aos segurados", afirma o diretor de produtos da companhia, Paulo Umeki.
A companhia alemã Allianz Seguros tem no prestígio global da marca um apelo forte de vendas perante os clientes, avalia o diretor de vida, atuária e precificação da seguradora, Olívio Luccas Filho. O executivo ressalta que um dos motivos que levaram. a empresa a retomar a atuação na área de vida no Brasil, em 2007, foi justamente a demanda de clientes de outros tipos de seguro que procuravam por esse produto da Allianz. "A Allianz é uma marca conhecida mundialmente e atua há cem anos no Brasil. Tudo isso traz grande segurança do cliente na solidez da companhia", afirma.
A Allianz também vem apostando em produtos diferenciados para conquistar mercado. Segundo Luccas Filho, a empresa lançou, por exemplo, um modelo de contratação da apólice de seguro de vida individual que permite ao segurado escolher o valor mensal que deseja pagar pelo seguro, conforme as coberturas contratadas, ou optar pelo valor do capital.
A seguradora Mongeral, associada da holandesa Aegon, lançou um produto para atender o mercado de alto poder aquisitivo, com capitais segurados de R$ 2 milhões a R$ 10 milhões e preços compatíveis com o perfil pessoal do cliente. De acordo com a empresa, as condições para oferecer esse tipo de seguro são viáveis apenas porque é realizado um processo de análise completo que considera os hábitos de vida e condições médicas dos segurados. Conforme a Mongeral, parte desse mercado tem sido atendida hoje por planos feitos fora do país, o que expõe os segurados a multas, uma vez que a contratação de seguro no exterior, salvo exceções previstas em lei, é proibida.
Já a companhia americana Assurant Solutions focou seus produtos no Brasil nas classes C e D. A empresa desenvolveu seguros com valores mais baixos e realizou parcerias com grandes redes de varejo, com objetivo de atingir a população que dificilmente compraria um seguro numa agência bancária.
O mercado de seguros de vida e acidentes pessoais no Brasil vem evidenciando nos primeiros meses de 2011 a mesma vitalidade que demonstrou no ano passado, com resultados impulsionados principalmente com o aumento de renda nas classes C e D, que incorporaram esses produtos às suas prioridades de consumo. Outro grande fator de incentivo foi o seguro chamado de prestamista, que tem o objetivo de permitir a quitação das prestações de bens adquiridos pelo segurado em caso de morte e invalidez. Essa modalidade de seguro pegou carona na expansão dos financiamentos a compras a prazo e continua a fazê-lo, mesmo após as medidas tomadas pelo governo para contenção do crédito bancário.
Os dados mais recentes da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) revelam que o mercado de seguros voltados para pessoas - que engloba seguros vida individual e em grupo, acidentes pessoais, proteção financeira, seguros educacionais, entre outros produtos - movimentou R$ 1,4 bilhão em prêmios em fevereiro deste ano, um crescimento de 20,35% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os seguros de acidentes pessoais lideraram o crescimento no período, com prêmios de R$ 337,6 milhões, resultado 55,76% superior aos R$ 216,7 milhões registrados em fevereiro de 2010. O setor prestamista movimentou R$ 352,8 milhões em prêmios, acusando um crescimento de 39,46%.
Na avaliação de Renato Russo, vice-presidente da FenaPrevi, mesmo que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seja mais modesto em 2011 do que no ano passado, ainda há espaço para o setor continuar a crescer em volumes elevados, principalmente por conta do aumento de renda e da contratação de maior número de trabalhadores com carteira assinada. "O seguro de vida, hoje bem mais conhecido, passou a ser prioridade para quem teve um aumento real de renda e começou a se preocupar em preservar o padrão de vida da família. Além disso, a formalização do mercado de trabalho aumenta a base de segurados, já que muitas empresas passaram a oferecer esse benefício, até por conta dos acordos coletivos de diversas categorias profissionais", afirma Russo.
O presidente da FenaPrevi destaca que as maiores taxas de crescimento das operações de crédito ocorreram justamente nas classes de renda média, o que também deve continuar a estimular as vendas de seguros-prestamista neste ano. Em seu entendimento, as medidas macroprudenciais tomadas pelo governo para conter o crédito devem ter pouco impacto sobre o setor.
O crescimento do segmento no Brasil trouxe poucas mudanças em relação à participação relevante dos grandes bancos no volume total de negócios. De acordo com os dados da FenaPrevi de fevereiro, o Bradesco ocupa o primeiro lugar desse mercado, com 15,77%, seguido por Itaú (13,36%) e Santander (11,87%).
O presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, acredita que o momento atual da economia brasileira é altamente favorável para a instituição financeira. "Num cenário de crescimento de emprego e renda, o Bradesco leva uma grande vantagem por causa de sua vocação histórica para atuar no varejo", diz ele.
Oliveira também destaca que a capilaridade das agências do banco ainda é um fator decisivo nas vendas dos produtos. "As agências bancárias ainda são os grandes canais de venda de seguros", ressalta o executivo.
Ele ressalta que, no caso dos planos coletivos, a tendência é que cada vez mais empresas incorporem os seguros de vida entre os benefícios oferecidos aos empregados. "Em um momento de quase pleno emprego, essa é uma estratégia de retenção de mão de obra qualificada", diz Oliveira.
Executivos de seguradoras não ligadas a bancos admitem que essas instituições financeiras conseguem dominar boa parte do mercado por força dos seus canais de venda, principalmente as agências. Mas essas companhias estão desenvolvendo estratégias para ganhar mais espaço no setor.
A Icatu Seguros, por exemplo, aposta em parcerias para chegar aos clientes, como as vendas de seguro por telefone em conjunto com uma operadora de cartão de crédito. "Vendemos 40 mil seguros de vida individuais utilizando esse canal", conta o diretor de produtos de varejo da Icatu Seguros, Gustavo Germano. A Icatu também acertou parcerias com instituições financeiras que não atuam diretamente na área de seguros, utilizando seus pontos de venda.
A Liberty Seguros, controlada pelo grupo americano Liberty Mutual, desenvolve um trabalho de treinamento contínuo com os corretores de seguros, numa estratégia para oferecer soluções diferenciadas aos clientes. "Nosso objetivo é que os corretores se transformem em consultores que ofereçam soluções de longo prazo aos segurados", afirma o diretor de produtos da companhia, Paulo Umeki.
A companhia alemã Allianz Seguros tem no prestígio global da marca um apelo forte de vendas perante os clientes, avalia o diretor de vida, atuária e precificação da seguradora, Olívio Luccas Filho. O executivo ressalta que um dos motivos que levaram. a empresa a retomar a atuação na área de vida no Brasil, em 2007, foi justamente a demanda de clientes de outros tipos de seguro que procuravam por esse produto da Allianz. "A Allianz é uma marca conhecida mundialmente e atua há cem anos no Brasil. Tudo isso traz grande segurança do cliente na solidez da companhia", afirma.
A Allianz também vem apostando em produtos diferenciados para conquistar mercado. Segundo Luccas Filho, a empresa lançou, por exemplo, um modelo de contratação da apólice de seguro de vida individual que permite ao segurado escolher o valor mensal que deseja pagar pelo seguro, conforme as coberturas contratadas, ou optar pelo valor do capital.
A seguradora Mongeral, associada da holandesa Aegon, lançou um produto para atender o mercado de alto poder aquisitivo, com capitais segurados de R$ 2 milhões a R$ 10 milhões e preços compatíveis com o perfil pessoal do cliente. De acordo com a empresa, as condições para oferecer esse tipo de seguro são viáveis apenas porque é realizado um processo de análise completo que considera os hábitos de vida e condições médicas dos segurados. Conforme a Mongeral, parte desse mercado tem sido atendida hoje por planos feitos fora do país, o que expõe os segurados a multas, uma vez que a contratação de seguro no exterior, salvo exceções previstas em lei, é proibida.
Já a companhia americana Assurant Solutions focou seus produtos no Brasil nas classes C e D. A empresa desenvolveu seguros com valores mais baixos e realizou parcerias com grandes redes de varejo, com objetivo de atingir a população que dificilmente compraria um seguro numa agência bancária.
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SP PROÍBE COBRANÇA PELA EMISSÃO DE BOLETO BANCÁRIO
jornal Folha de S. Paulo 28/05/2011 – Natália Paiva
A cobrança de taxa por emissão de boleto bancário ou carnê está proibida por lei no Estado de São Paulo.
A lei 14.463, sancionada na quarta-feira pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin, vale para todos os fornecedores, as instituições financeiras e as empresas prestadoras de serviços.
A regra já valia para serviços financeiros, segundo norma de 2009 do Banco Central. E a cobrança já era considerada abusiva por órgãos de defesa do consumidor. Para não pagar a taxa ou ser restituído, era preciso entrar com ação no Procon.
A argumentação se baseava em uma interpretação do CDC (Código de Defesa do Consumidor) que avaliava o pagamento como uma "dupla cobrança" pelo serviço. Como o texto não era explícito, podia ser contestado.
"Essa prática ainda existe. A partir de agora, a discussão cessa e as empresas vão ter de aceitar", diz Carlos Coscarelli, assessor-chefe do Procon-SP, que fiscalizará o cumprimento da lei.
As empresas que descumprirem poderão receber multas de R$ 405 a R$ 6,09 milhões. A punição varia de acordo com o tamanho da empresa (faturamento).
O consumidor que tenha boleto a pagar pode desconsiderar a taxa e quitar apenas a diferença. A empresa vai ter de aceitar o pagamento sem a taxa ou emitir outro boleto.
Se cobrado indevidamente, deve procurar um posto do Procon, registrar denúncia e obter a restituição (o dobro do valor pago, pelo CDC).
O avanço ante o CDC é que a cobrança fica vedada até para relações que não sejam de consumo, como contratar imobiliárias, diz Lucas Cabette, do Idec.
A cobrança de taxa por emissão de boleto bancário ou carnê está proibida por lei no Estado de São Paulo.
A lei 14.463, sancionada na quarta-feira pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin, vale para todos os fornecedores, as instituições financeiras e as empresas prestadoras de serviços.
A regra já valia para serviços financeiros, segundo norma de 2009 do Banco Central. E a cobrança já era considerada abusiva por órgãos de defesa do consumidor. Para não pagar a taxa ou ser restituído, era preciso entrar com ação no Procon.
A argumentação se baseava em uma interpretação do CDC (Código de Defesa do Consumidor) que avaliava o pagamento como uma "dupla cobrança" pelo serviço. Como o texto não era explícito, podia ser contestado.
"Essa prática ainda existe. A partir de agora, a discussão cessa e as empresas vão ter de aceitar", diz Carlos Coscarelli, assessor-chefe do Procon-SP, que fiscalizará o cumprimento da lei.
As empresas que descumprirem poderão receber multas de R$ 405 a R$ 6,09 milhões. A punição varia de acordo com o tamanho da empresa (faturamento).
O consumidor que tenha boleto a pagar pode desconsiderar a taxa e quitar apenas a diferença. A empresa vai ter de aceitar o pagamento sem a taxa ou emitir outro boleto.
Se cobrado indevidamente, deve procurar um posto do Procon, registrar denúncia e obter a restituição (o dobro do valor pago, pelo CDC).
O avanço ante o CDC é que a cobrança fica vedada até para relações que não sejam de consumo, como contratar imobiliárias, diz Lucas Cabette, do Idec.
WALMART LANÇA SITE PRÓPRIO DE COMPRA COLETIVA
jornal O Estado de S.Paulo 28/05/2011 - Márcia De Chiara
A partir da semana que vem, o Walmart, terceira maior rede varejista do País, estreia no segmento de compras coletivas. O site de comércio eletrônico da empresa terá uma área reservada para compras em grupo, onde serão oferecidos produtos com descontos agressivos, válidos a partir do momento em que a promoção conseguir reunir determinado número de participantes.
"Nossos descontos não serão inferiores a 20%", afirma o diretor de Marketing do e-commerce Walmart Brasil, Roberto Wajnsztok. Apesar de esse canal de vendas estar localizado dentro do site da própria empresa, o executivo ressalta que o ambiente de compras coletivas é diferenciado, inclusive tem um nome próprio: Clube Walmart.
Além do site, o acesso às compras coletivas poderá ser feito por meio de redes sociais, blogs e microblogs, como Twitter, Facebook, Orkut, YouTube, por exemplo.
Segundo Wajnsztok, o segmento de compras coletivas deve acrescentar entre 5% e 10% ao faturamento da divisão de comércio eletrônico da companhia no Brasil. "A expectativa é de que aumente em cerca de 15% o número de clientes do e-commerce", diz o executivo.
Apesar de ocuparem o mesmo espaço na página eletrônica do grupo, Wajnsztok ressalta que não há risco de canibalização entre os dois canais de venda. "Queremos agregar valor", diz.
Segundo o executivo, as promoções do canal de compras coletivas não devem trombar com as do site de comércio eletrônico. Mesmo utilizando a mesma estrutura de logística e de compras do site, Wajnsztok explica que as promoções destinadas às compras coletivas serão negociadas especificamente para esse fim, por isso os descontos serão maiores que os do site. E abrangência desse canal será nacional, isto é, está aberto a consumidores de todo País.
A intenção da empresa é dar, com as compras coletivas, agilidade ao segmento de comércio virtual. A cada dois dias, por exemplo, as promoções serão renovadas.
Perfil. O executivo destaca, por exemplo, que o consumidor que busca compras coletivas costuma estar disposto a gastar menos do que o cliente do e-commerce. "No clube de compras o tíquete médio é menor", diz.
Entre os produtos que serão ofertados para compras coletivas, estão itens de informática, games, eletrônicos e livros. Normalmente, explica Wajnsztok, são ofertados serviços nos sites de compras coletivas, como massagem, jantar em restaurantes da moda, tratamentos estéticos, por exemplo. Nesse aspecto, o Clube Walmart quer ser diferente da concorrência.
De toda forma, a estreia da rede varejista em site de compras coletivas, algo inédito para lojas do varejo tradicional, vem sendo preparada há algum tempo. Para conhecer esse novo canal de vendas, faz quatro meses que a companhia vem participando de outros sites de compras coletivas disponíveis no mercado. E a intenção, segundo o executivo, é continuar participando desses sites, mesmo depois da estreia da companhia em seu canal específico de compras coletivas.
E-commerce. O Walmart iniciou suas operações no varejo virtual em outubro de 2008. Por motivos estratégicos, a empresa não revela nem o faturamento desse canal de vendas nem a sua fatia na receita total. Mas, segundo o executivo, o desempenho do varejo virtual é crescente. A meta traçada para este ano é ampliar a receita do site em 60% na comparação com 2010.
A partir da semana que vem, o Walmart, terceira maior rede varejista do País, estreia no segmento de compras coletivas. O site de comércio eletrônico da empresa terá uma área reservada para compras em grupo, onde serão oferecidos produtos com descontos agressivos, válidos a partir do momento em que a promoção conseguir reunir determinado número de participantes.
"Nossos descontos não serão inferiores a 20%", afirma o diretor de Marketing do e-commerce Walmart Brasil, Roberto Wajnsztok. Apesar de esse canal de vendas estar localizado dentro do site da própria empresa, o executivo ressalta que o ambiente de compras coletivas é diferenciado, inclusive tem um nome próprio: Clube Walmart.
Além do site, o acesso às compras coletivas poderá ser feito por meio de redes sociais, blogs e microblogs, como Twitter, Facebook, Orkut, YouTube, por exemplo.
Segundo Wajnsztok, o segmento de compras coletivas deve acrescentar entre 5% e 10% ao faturamento da divisão de comércio eletrônico da companhia no Brasil. "A expectativa é de que aumente em cerca de 15% o número de clientes do e-commerce", diz o executivo.
Apesar de ocuparem o mesmo espaço na página eletrônica do grupo, Wajnsztok ressalta que não há risco de canibalização entre os dois canais de venda. "Queremos agregar valor", diz.
Segundo o executivo, as promoções do canal de compras coletivas não devem trombar com as do site de comércio eletrônico. Mesmo utilizando a mesma estrutura de logística e de compras do site, Wajnsztok explica que as promoções destinadas às compras coletivas serão negociadas especificamente para esse fim, por isso os descontos serão maiores que os do site. E abrangência desse canal será nacional, isto é, está aberto a consumidores de todo País.
A intenção da empresa é dar, com as compras coletivas, agilidade ao segmento de comércio virtual. A cada dois dias, por exemplo, as promoções serão renovadas.
Perfil. O executivo destaca, por exemplo, que o consumidor que busca compras coletivas costuma estar disposto a gastar menos do que o cliente do e-commerce. "No clube de compras o tíquete médio é menor", diz.
Entre os produtos que serão ofertados para compras coletivas, estão itens de informática, games, eletrônicos e livros. Normalmente, explica Wajnsztok, são ofertados serviços nos sites de compras coletivas, como massagem, jantar em restaurantes da moda, tratamentos estéticos, por exemplo. Nesse aspecto, o Clube Walmart quer ser diferente da concorrência.
De toda forma, a estreia da rede varejista em site de compras coletivas, algo inédito para lojas do varejo tradicional, vem sendo preparada há algum tempo. Para conhecer esse novo canal de vendas, faz quatro meses que a companhia vem participando de outros sites de compras coletivas disponíveis no mercado. E a intenção, segundo o executivo, é continuar participando desses sites, mesmo depois da estreia da companhia em seu canal específico de compras coletivas.
E-commerce. O Walmart iniciou suas operações no varejo virtual em outubro de 2008. Por motivos estratégicos, a empresa não revela nem o faturamento desse canal de vendas nem a sua fatia na receita total. Mas, segundo o executivo, o desempenho do varejo virtual é crescente. A meta traçada para este ano é ampliar a receita do site em 60% na comparação com 2010.
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TURISTAS EM BUSCA DE MAIS SOSSEGO
revista Valor Financeiro Maio 2011 – Anamárcia Vainsencher
A renda do brasileiro aumentou, as classes de menor poder aquisitivo passaram a viajar, o turismo vai de vento em popa e o seguro-viagem se tornou um filão de negócios rentável. No grupo Bradesco Seguros a emissão de novas apólices de seguro-viagem, no primeiro trimestre de 2011, cresceu 28% em relação ao mesmo período de 2010, segundo Eugênio Velasques, diretor do grupo. E o faturamento de novas vendas experimentou expansão de 16%. A SulAmérica, por sua vez, constatou que o turismo "é uma galinha dos ovos de ouro", com expansão de mais de 150% no período janeiro/agosto de 2010, em comparação com igual período do ano anterior. Resultado que, naturalmente, se refletiu em pesquisa feita em amostra de sua própria base de clientes. O trabalho apontou que 90% dos que viajaram repetiriam a experiência. E entre esses as duas maiores preocupações são acidentes e doenças e despesas médicas, ressalta Carolina de Molla, diretora técnica de vida e previdência da seguradora. O produto SulAmérica foi lançado em outubro de 2010.
No mercado doméstico, o seguro-viagem não é obrigatório, e é praticamente desconhecido. Muito diferente do que ocorre em 15 países da União Europeia (UE), segundo determina o Tratado de Schengen. Trata-se de uma garantia exigida em 15 países da Europa pela qual os turistas são obrigados a adquirir uma assistência à viagem no valor mínimo de 30 mil euros para ingresso em suas fronteiras, como explica Rosana Techima Salsano, diretora de vida da Caixa Seguros. A empresa lançou recentemente o MundiSegur que, a exemplo dos produtos similares, cobre viagens domésticas e internacionais. "O crescimento econômico do Brasil e os grandes eventos esportivos que o país sediará na próxima década ajudarão a duplicar, até o ano 2020, o número de turistas estrangeiros", argumenta a executiva.
Durante a Copa de 2014, 3 milhões de brasileiros vão se deslocar de suas cidades, emenda Francisco Toledo, diretor da linha de seguros pessoais da Chubb. Para a executiva da Caixa, com o aumento da demanda por viagens cresce também a demanda por produtos que garantem a proteção dos viajantes. Ela ilustra: entre 2009 e 2010, a carteira de seguro turístico apresentou salto de mais de 140%. Ainda de acordo com Rosana Techima, paralelamente ao aumento do número de viagens, preocupações com eventuais problemas durante o período de ausência, seja em casa, seja durante a viagem, podem ser minimizadas com as diversas soluções oferecidas pelo mercado de seguros.
"O aumento da demanda tem feito com que as seguradoras invistam cada vez mais nesse mercado", afirma. Na opinião de Velasques, do Bradesco, "o seguro-viagem é um misto de necessidade, comodidade e conveniência". Diante de imprevistos de toda ordem, de dificuldades com o idioma e com fuso horário, o seguro-viagem representa uma tranquilidade. "Dor de dente só dá à noite", comenta. E o seguro-viagem é ainda mais importante para uma base empresarial como a brasileira, que cresce demais. "Os voos vivem lotados", observa.
As coberturas feitas pelo seguro-viagem não diferem muito entre as empresas. Em geral, os benefícios incluem, entre outros, regresso por sinistro no domicílio, convalescença em hotel, acompanhamento familiar, acompanhamento de menores ou de idosos, repatriação funerária, assistência jurídica por acidente de trânsito no exterior, adiantamento de fiança, localização e encaminhamento de bagagem e os habituais relativos a cancelamento ou atraso de voo. O MundiSegur oferece compensação por demora na localização de bagagem, adiantamento de fundos, transmissão de mensagens urgentes. E seu limite de idade para aceitação vai até 80 anos.
Quanto aos preços, esses, sim, variam conforme se trate ou não de um produto top de linha, do período contratado e, óbvio, de ser uma viagem doméstica ou internacional. Por exemplo, a modalidade Diamond do Itaú Unibanco oferece US$ 100 mil em assistência médica, diz a gerente de produto, Fabiana Telles. Os canais de vendas também são diversos. Via web, o cliente Bradesco também tem a opção de comprar passagens aéreas e seguro no portal da Livraria Saraiva.
No Itaú Unibanco, hoje, são as agências bancárias. O canal internet está em desenvolvimento e deve entrar no ar ainda neste ano. Na Chubb, o produto viagem é antigo. Nova será sua forma de comercialização, relata Francisco Toledo. "Vamos ter uma política comercial mais agressiva a partir de junho, trabalhando sobre nossa base de mais de 1,5 mil empresas seguradas", informa o executivo. Mais: a contratação do seguro-viagem poderá ser feita via internet, e o segurado poderá imprimir seu próprio contrato na hora. "Mas o pagamento não é na hora, é só no final do mês", brinca Toledo. Um atrativo da SulAmérica, destacado por Carolina de Molla, é que compradores do seguro-viagem concorrem a sorteio de R$ 5 mil pela Loteria Federal. Os canais preferenciais da companhia são o corretor (aliás, elo indispensável em qualquer ramo do seguro) e as agências de viagens.
Enquanto a diretora da SulAmérica avisa o futuro segurado de que deve "olhar as entrelinhas do que vai assinar", a gerente de produto do Itaú Unibanco chama a atenção para o fato de que a maioria dos atendimentos no segmento é feita pelo produto assistência, não pelo seguro propriamente. Na assistência, explica Fabiana Telles, o viajante precisa ligar para uma central de atendimento no Brasil para ter direito a usar um hospital ou para recorrer a um médico.
O seguro Itaú Unibanco também tem assistência e reembolso. "A primeira opção é ligar e solicitar o hospital ou o médico mais próximo. A segunda é procurar o atendimento mais próximo, pagar e pedir reembolso na volta", explica. É por essas e outras que o Bradesco Seguros adquiriu 50% da Europe Assistance, empresa de capital franco-português. "O Bradesco domina o chassi assistência na Europa, graças a sua especialização", diz Eugênio Velasques. E de seu lado as seguradoras informam que suas relações com as operadoras de turismo é boa. Quanto ao fator concorrência, mesmo que seja expressiva a oferta do produto viagem, Eugênio Velasques acredita que o mercado deveria ser mais competitivo do que é.
A renda do brasileiro aumentou, as classes de menor poder aquisitivo passaram a viajar, o turismo vai de vento em popa e o seguro-viagem se tornou um filão de negócios rentável. No grupo Bradesco Seguros a emissão de novas apólices de seguro-viagem, no primeiro trimestre de 2011, cresceu 28% em relação ao mesmo período de 2010, segundo Eugênio Velasques, diretor do grupo. E o faturamento de novas vendas experimentou expansão de 16%. A SulAmérica, por sua vez, constatou que o turismo "é uma galinha dos ovos de ouro", com expansão de mais de 150% no período janeiro/agosto de 2010, em comparação com igual período do ano anterior. Resultado que, naturalmente, se refletiu em pesquisa feita em amostra de sua própria base de clientes. O trabalho apontou que 90% dos que viajaram repetiriam a experiência. E entre esses as duas maiores preocupações são acidentes e doenças e despesas médicas, ressalta Carolina de Molla, diretora técnica de vida e previdência da seguradora. O produto SulAmérica foi lançado em outubro de 2010.
No mercado doméstico, o seguro-viagem não é obrigatório, e é praticamente desconhecido. Muito diferente do que ocorre em 15 países da União Europeia (UE), segundo determina o Tratado de Schengen. Trata-se de uma garantia exigida em 15 países da Europa pela qual os turistas são obrigados a adquirir uma assistência à viagem no valor mínimo de 30 mil euros para ingresso em suas fronteiras, como explica Rosana Techima Salsano, diretora de vida da Caixa Seguros. A empresa lançou recentemente o MundiSegur que, a exemplo dos produtos similares, cobre viagens domésticas e internacionais. "O crescimento econômico do Brasil e os grandes eventos esportivos que o país sediará na próxima década ajudarão a duplicar, até o ano 2020, o número de turistas estrangeiros", argumenta a executiva.
Durante a Copa de 2014, 3 milhões de brasileiros vão se deslocar de suas cidades, emenda Francisco Toledo, diretor da linha de seguros pessoais da Chubb. Para a executiva da Caixa, com o aumento da demanda por viagens cresce também a demanda por produtos que garantem a proteção dos viajantes. Ela ilustra: entre 2009 e 2010, a carteira de seguro turístico apresentou salto de mais de 140%. Ainda de acordo com Rosana Techima, paralelamente ao aumento do número de viagens, preocupações com eventuais problemas durante o período de ausência, seja em casa, seja durante a viagem, podem ser minimizadas com as diversas soluções oferecidas pelo mercado de seguros.
"O aumento da demanda tem feito com que as seguradoras invistam cada vez mais nesse mercado", afirma. Na opinião de Velasques, do Bradesco, "o seguro-viagem é um misto de necessidade, comodidade e conveniência". Diante de imprevistos de toda ordem, de dificuldades com o idioma e com fuso horário, o seguro-viagem representa uma tranquilidade. "Dor de dente só dá à noite", comenta. E o seguro-viagem é ainda mais importante para uma base empresarial como a brasileira, que cresce demais. "Os voos vivem lotados", observa.
As coberturas feitas pelo seguro-viagem não diferem muito entre as empresas. Em geral, os benefícios incluem, entre outros, regresso por sinistro no domicílio, convalescença em hotel, acompanhamento familiar, acompanhamento de menores ou de idosos, repatriação funerária, assistência jurídica por acidente de trânsito no exterior, adiantamento de fiança, localização e encaminhamento de bagagem e os habituais relativos a cancelamento ou atraso de voo. O MundiSegur oferece compensação por demora na localização de bagagem, adiantamento de fundos, transmissão de mensagens urgentes. E seu limite de idade para aceitação vai até 80 anos.
Quanto aos preços, esses, sim, variam conforme se trate ou não de um produto top de linha, do período contratado e, óbvio, de ser uma viagem doméstica ou internacional. Por exemplo, a modalidade Diamond do Itaú Unibanco oferece US$ 100 mil em assistência médica, diz a gerente de produto, Fabiana Telles. Os canais de vendas também são diversos. Via web, o cliente Bradesco também tem a opção de comprar passagens aéreas e seguro no portal da Livraria Saraiva.
No Itaú Unibanco, hoje, são as agências bancárias. O canal internet está em desenvolvimento e deve entrar no ar ainda neste ano. Na Chubb, o produto viagem é antigo. Nova será sua forma de comercialização, relata Francisco Toledo. "Vamos ter uma política comercial mais agressiva a partir de junho, trabalhando sobre nossa base de mais de 1,5 mil empresas seguradas", informa o executivo. Mais: a contratação do seguro-viagem poderá ser feita via internet, e o segurado poderá imprimir seu próprio contrato na hora. "Mas o pagamento não é na hora, é só no final do mês", brinca Toledo. Um atrativo da SulAmérica, destacado por Carolina de Molla, é que compradores do seguro-viagem concorrem a sorteio de R$ 5 mil pela Loteria Federal. Os canais preferenciais da companhia são o corretor (aliás, elo indispensável em qualquer ramo do seguro) e as agências de viagens.
Enquanto a diretora da SulAmérica avisa o futuro segurado de que deve "olhar as entrelinhas do que vai assinar", a gerente de produto do Itaú Unibanco chama a atenção para o fato de que a maioria dos atendimentos no segmento é feita pelo produto assistência, não pelo seguro propriamente. Na assistência, explica Fabiana Telles, o viajante precisa ligar para uma central de atendimento no Brasil para ter direito a usar um hospital ou para recorrer a um médico.
O seguro Itaú Unibanco também tem assistência e reembolso. "A primeira opção é ligar e solicitar o hospital ou o médico mais próximo. A segunda é procurar o atendimento mais próximo, pagar e pedir reembolso na volta", explica. É por essas e outras que o Bradesco Seguros adquiriu 50% da Europe Assistance, empresa de capital franco-português. "O Bradesco domina o chassi assistência na Europa, graças a sua especialização", diz Eugênio Velasques. E de seu lado as seguradoras informam que suas relações com as operadoras de turismo é boa. Quanto ao fator concorrência, mesmo que seja expressiva a oferta do produto viagem, Eugênio Velasques acredita que o mercado deveria ser mais competitivo do que é.
ITAÚ DISPONIBILIZA NO CELULAR CÓDIGO DE SEGURANÇA PARA TRANSAÇÕES
portal Executivos Financeiros 27/05/2011
Clientes Itaú podem receber no celular o código de segurança para realizarem transações via internet e telefone. A novidade, chamda de iToken SMS, permite realizar as transações de onde o cliente estiver, mesmo sem o dispositivo gerador de senhas na mão. Ele funciona como o iToken tradicional, com a diferença de que o código é enviado por SMS para um número de celular cadastrado.
Para realizar determinadas operações pela internet ou pelo telefone, é solicitado ao cliente um código do iToken. Com o lançamento do novo serviço, pode-se optar entre o iToken e o iToken SMS Itaú. Ao selecionar essa, automaticamente, será encaminhado para o celular, via SMS, o código iToken para realizar a operação.
Para acionar o serviço, o cliente cadastra o número de celular para o qual o código de segurança deverá ser enviado via internet, confirma o cadastro no caixa eletrônico, ou vai a qualquer agência. Ele está disponível para quem realiza operações bancárias pela internet ou telefone e já tem o iToken habilitado.
“O Itaú investe cada vez mais em modernas tecnologias para facilitar a vida e assegurar a tranquilidade e a segurança dos clientes ao realizar transações bancárias”, afirma Ricardo Guerra, diretor de Canais do Itaú Unibanco. “O mundo está em plena transformação e o Itaú está atento às necessidades dos clientes. Nesse contexto, essa novidade alia os requisitos de segurança ao celular, que está presente na vida da maioria das pessoas”.
Clientes Itaú podem receber no celular o código de segurança para realizarem transações via internet e telefone. A novidade, chamda de iToken SMS, permite realizar as transações de onde o cliente estiver, mesmo sem o dispositivo gerador de senhas na mão. Ele funciona como o iToken tradicional, com a diferença de que o código é enviado por SMS para um número de celular cadastrado.
Para realizar determinadas operações pela internet ou pelo telefone, é solicitado ao cliente um código do iToken. Com o lançamento do novo serviço, pode-se optar entre o iToken e o iToken SMS Itaú. Ao selecionar essa, automaticamente, será encaminhado para o celular, via SMS, o código iToken para realizar a operação.
Para acionar o serviço, o cliente cadastra o número de celular para o qual o código de segurança deverá ser enviado via internet, confirma o cadastro no caixa eletrônico, ou vai a qualquer agência. Ele está disponível para quem realiza operações bancárias pela internet ou telefone e já tem o iToken habilitado.
“O Itaú investe cada vez mais em modernas tecnologias para facilitar a vida e assegurar a tranquilidade e a segurança dos clientes ao realizar transações bancárias”, afirma Ricardo Guerra, diretor de Canais do Itaú Unibanco. “O mundo está em plena transformação e o Itaú está atento às necessidades dos clientes. Nesse contexto, essa novidade alia os requisitos de segurança ao celular, que está presente na vida da maioria das pessoas”.
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ANDROID: CADA VEZ MAIS UTILIZADO
jornal Diário do Comércio 27/05/2011 - Agências
O Android, plataforma do Google para dispositivos móveis, continua a sua escalada para tornar-se o mais popular do mundo. Segundo dados da Kantar Worldpanel ComTech, no Japão e nos Estados Unidos, mercados de maior sucesso, o sistema detém uma participação de 58,3% e 54,7% respectivamente. No mercado britânico, chega a 38% e na França e na Alemanha atinge 35%.
Enquanto a participação do Android no mercado britânico cresceu 30% em comparação ao último ano, o iPhone viu sua presença cair 16% em igual período.
A multinacional finlandesa Nokia, que reinou por muitos anos no segmento de celulares, está encolhendo, conforme levantamento, apesar de ainda ser a maior fabricante de telefones celulares do mundo.
Resultados – No anúncio dos resultados financeiros do primeiro trimestre, a Google informou que 350 mil smartphones Android são ativados todos os dias. A média é superior àquela revelada em dezembro pelo principal executivo da plataforma, Andy Rubin: na época, ele falou em 300 mil.
A gigante também comemorou mais uma marca atingida pela Android Market: mais de 3 bilhões de aplicativos já foram baixados. A questão é que, enquanto em número de celulares ativados, a Google superou a Apple com seu iPhone, em downloads de programas, sua loja virtual está bem atrás.
Neste ano, a Apple Store chegou a 10 bilhões de downloads, ou seja, mais que o triplo da rival. A loja do iPhone também domina em variedade: possui 230 mil aplicativos, o dobro do que a Android Market tem.
Pelo índice anunciado, calcula-se que 10,5 milhões de dispositivos com o sistema Android são ativados por mês. A última vez que a Apple divulgou tal informação, falou em 270 mil aparelhos com iOS por dia, ou 8,1 milhões por mês.
Pagamento com celular é raro no País
O Brasil tem uma das maiores taxas de telefones celulares na América Latina, com mais de 212 milhões aparelhos, o que supera o número habitantes do País. Apesar disso, o mercado de pagamentos móveis no País ainda é incipiente, com um número extremamente pequeno de transações efetuadas por meio do equipamento.
De olho nesse enorme potencial, vários serviços já estão sendo desenvolvidos. Por isso, a partir de 2012 é provável que o mercado brasileiro de pagamento móvel se torne mais dinâmico, segundo pesquisa realizada pela consultoria Frost & Sullivan.
De acordo com o levantamento, o número final de transações de pagamentos móveis no Brasil atingiu um total de 3,9 milhões em 2010.
Número insignificante em comparação ao total de transações efetuadas com cartão de crédito e débito, de 5,8 bilhões no mesmo ano. No entanto, com taxas de crescimento acima de 30% no curto prazo, esse valor deve aumentar até o final de 2011, alcançando 5,1 milhões.
Conforme a pesquisa, há fatores com grande impacto no curto e médio prazos que podem alavancar o uso deste modelo de pagamento no País, como o número significante de pessoas sem acesso a bancos. Isso sem falar no avanço das soluções de pagamento móvel e as vantagens desses serviços.
O Android, plataforma do Google para dispositivos móveis, continua a sua escalada para tornar-se o mais popular do mundo. Segundo dados da Kantar Worldpanel ComTech, no Japão e nos Estados Unidos, mercados de maior sucesso, o sistema detém uma participação de 58,3% e 54,7% respectivamente. No mercado britânico, chega a 38% e na França e na Alemanha atinge 35%.
Enquanto a participação do Android no mercado britânico cresceu 30% em comparação ao último ano, o iPhone viu sua presença cair 16% em igual período.
A multinacional finlandesa Nokia, que reinou por muitos anos no segmento de celulares, está encolhendo, conforme levantamento, apesar de ainda ser a maior fabricante de telefones celulares do mundo.
Resultados – No anúncio dos resultados financeiros do primeiro trimestre, a Google informou que 350 mil smartphones Android são ativados todos os dias. A média é superior àquela revelada em dezembro pelo principal executivo da plataforma, Andy Rubin: na época, ele falou em 300 mil.
A gigante também comemorou mais uma marca atingida pela Android Market: mais de 3 bilhões de aplicativos já foram baixados. A questão é que, enquanto em número de celulares ativados, a Google superou a Apple com seu iPhone, em downloads de programas, sua loja virtual está bem atrás.
Neste ano, a Apple Store chegou a 10 bilhões de downloads, ou seja, mais que o triplo da rival. A loja do iPhone também domina em variedade: possui 230 mil aplicativos, o dobro do que a Android Market tem.
Pelo índice anunciado, calcula-se que 10,5 milhões de dispositivos com o sistema Android são ativados por mês. A última vez que a Apple divulgou tal informação, falou em 270 mil aparelhos com iOS por dia, ou 8,1 milhões por mês.
Pagamento com celular é raro no País
O Brasil tem uma das maiores taxas de telefones celulares na América Latina, com mais de 212 milhões aparelhos, o que supera o número habitantes do País. Apesar disso, o mercado de pagamentos móveis no País ainda é incipiente, com um número extremamente pequeno de transações efetuadas por meio do equipamento.
De olho nesse enorme potencial, vários serviços já estão sendo desenvolvidos. Por isso, a partir de 2012 é provável que o mercado brasileiro de pagamento móvel se torne mais dinâmico, segundo pesquisa realizada pela consultoria Frost & Sullivan.
De acordo com o levantamento, o número final de transações de pagamentos móveis no Brasil atingiu um total de 3,9 milhões em 2010.
Número insignificante em comparação ao total de transações efetuadas com cartão de crédito e débito, de 5,8 bilhões no mesmo ano. No entanto, com taxas de crescimento acima de 30% no curto prazo, esse valor deve aumentar até o final de 2011, alcançando 5,1 milhões.
Conforme a pesquisa, há fatores com grande impacto no curto e médio prazos que podem alavancar o uso deste modelo de pagamento no País, como o número significante de pessoas sem acesso a bancos. Isso sem falar no avanço das soluções de pagamento móvel e as vantagens desses serviços.
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NCR CRESCE 100% NO BRASIL E TRAZ PARA SP SEDE DA AMÉRICA LATINA
jornal Brasil Econômico 27/05/2011 – Estela Silva*
A NCR é conhecida no Brasil por ser fornecedora de caixas eletrônicos para bancos, mercado que sempre ofereceu oportunidades de crescimento tanto para a companhia americana quanto para suas concorrentes Diebold e Itautec. Tanto que a NCR aumentou seu volume de vendas em 100% no ano passado, acima da média dos mercados emergentes, que foi de 68% no mesmo período. No mundo, a empresa cresceu 5%. Diante deste cenário, migrar a sede da região para São Paulo foi um caminho natural, já que o maior potencial de vendas para os próximos anos está no Brasil.
Para comandar as operações, o vice-presidente para America Latina e Caribe, John Greg, está de mudança no próximo mês para São Paulo com a missão de manter o crescimento de três dígitos e incrementar outras áreas nas quais a empresa pretende se fortalecer, como o varejo. A primeira estratégia foi selecionar três parceiros para revender seus produtos e deve selecionar mais até o fim do ano. “No caso do varejo, existem umas 20 empresas grandes que cobrem 30% do mercado. As outras cobrem 70% e precisamos de representantes para atendê-las, já que são menores e estão distribuídas pelo país”, afirma Greg. O objetivo é que metade das vendas sejam feitas por intermédio destes canais.
As demais ações para o segmento passam pelo desenvolvimento de programas de fidelidade e o conceito de micromarketing, no qual o empresário leva em conta a concorrência para estabelecer descontos. Para Greg, o comércio nunca deve deixar de vender por causa de preço. Se o cliente entrou na loja, ela deve ser competitiva e efetuar a venda, e por isso deve estar informada sobre os valores dos produtos em outros locais para não deixar o cliente sair sem o produto.
Embora o varejo não represente mais que 10% do faturamento e o potencial da área bancária seja crescente, já que existem cerca de 160 mil terminais no Brasil e a renovação dos equipamentos tem garantido o faturamento crescente da NCR, a empresa planeja vender hardware, softwares e serviços para o varejo também pelo potencial do segmento, nos quais tem forte participação nos Estados Unidos. A fábrica que funciona desde o fim de 2009 em Manaus pode ser um ponto de apoio e produzir hardware e software também para este fim.
Convergência
O modelo de negócios que a NCR pretende alcançar vai além do varejo e dos bancos. O foco caminha no sentido da convergência, ou seja, o mesmo consumidor pode ter acesso a vários serviços com o mesmo canal de acesso. “O cliente pode retirar dinheiro no caixa eletrônico e receber um lembrete para comprar o gelo se ele já comprou a carne e a cerveja para o churrasco, por exemplo. Com isso, acreditamos que podemos criar oportunidades tanto para os bancos quanto para as lojas.”
Greg acredita que esta convergência entre diferentes segmentos será forte nas áreas de varejo, lazer, saúde e turismo. No caso das companhias aéreas, a guerra de preços é uma constante, mas existem formas de compensação. No momento que o cliente fizer o check-in por um quiosque, por exemplo, o sistema pode identificar que ele prefere viajar no assento próximo à janela e assim oferecer o lugar por alguns dólares a mais. Assim a companhia pode aumentar o faturamento com pequenas ações.
As iniciativas não são limitadas às máquinas instaladas nos pontos de venda. Como a tendência tecnológica está voltada para a mobilidade, a NCR vem desenvolvendo programas que promovem a convergência entre diferentes negócios que possam ser acessados nos celulares, quiosques de autoatendimento, caixas eletrônicos e internet. “A revolução está principalmente no celular, pois ele é inseparável do consumidor”, diz Greg.
* Viajou a convite da NCR
A NCR é conhecida no Brasil por ser fornecedora de caixas eletrônicos para bancos, mercado que sempre ofereceu oportunidades de crescimento tanto para a companhia americana quanto para suas concorrentes Diebold e Itautec. Tanto que a NCR aumentou seu volume de vendas em 100% no ano passado, acima da média dos mercados emergentes, que foi de 68% no mesmo período. No mundo, a empresa cresceu 5%. Diante deste cenário, migrar a sede da região para São Paulo foi um caminho natural, já que o maior potencial de vendas para os próximos anos está no Brasil.
Para comandar as operações, o vice-presidente para America Latina e Caribe, John Greg, está de mudança no próximo mês para São Paulo com a missão de manter o crescimento de três dígitos e incrementar outras áreas nas quais a empresa pretende se fortalecer, como o varejo. A primeira estratégia foi selecionar três parceiros para revender seus produtos e deve selecionar mais até o fim do ano. “No caso do varejo, existem umas 20 empresas grandes que cobrem 30% do mercado. As outras cobrem 70% e precisamos de representantes para atendê-las, já que são menores e estão distribuídas pelo país”, afirma Greg. O objetivo é que metade das vendas sejam feitas por intermédio destes canais.
As demais ações para o segmento passam pelo desenvolvimento de programas de fidelidade e o conceito de micromarketing, no qual o empresário leva em conta a concorrência para estabelecer descontos. Para Greg, o comércio nunca deve deixar de vender por causa de preço. Se o cliente entrou na loja, ela deve ser competitiva e efetuar a venda, e por isso deve estar informada sobre os valores dos produtos em outros locais para não deixar o cliente sair sem o produto.
Embora o varejo não represente mais que 10% do faturamento e o potencial da área bancária seja crescente, já que existem cerca de 160 mil terminais no Brasil e a renovação dos equipamentos tem garantido o faturamento crescente da NCR, a empresa planeja vender hardware, softwares e serviços para o varejo também pelo potencial do segmento, nos quais tem forte participação nos Estados Unidos. A fábrica que funciona desde o fim de 2009 em Manaus pode ser um ponto de apoio e produzir hardware e software também para este fim.
Convergência
O modelo de negócios que a NCR pretende alcançar vai além do varejo e dos bancos. O foco caminha no sentido da convergência, ou seja, o mesmo consumidor pode ter acesso a vários serviços com o mesmo canal de acesso. “O cliente pode retirar dinheiro no caixa eletrônico e receber um lembrete para comprar o gelo se ele já comprou a carne e a cerveja para o churrasco, por exemplo. Com isso, acreditamos que podemos criar oportunidades tanto para os bancos quanto para as lojas.”
Greg acredita que esta convergência entre diferentes segmentos será forte nas áreas de varejo, lazer, saúde e turismo. No caso das companhias aéreas, a guerra de preços é uma constante, mas existem formas de compensação. No momento que o cliente fizer o check-in por um quiosque, por exemplo, o sistema pode identificar que ele prefere viajar no assento próximo à janela e assim oferecer o lugar por alguns dólares a mais. Assim a companhia pode aumentar o faturamento com pequenas ações.
As iniciativas não são limitadas às máquinas instaladas nos pontos de venda. Como a tendência tecnológica está voltada para a mobilidade, a NCR vem desenvolvendo programas que promovem a convergência entre diferentes negócios que possam ser acessados nos celulares, quiosques de autoatendimento, caixas eletrônicos e internet. “A revolução está principalmente no celular, pois ele é inseparável do consumidor”, diz Greg.
* Viajou a convite da NCR
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CONCORRENTES ADOTAM TECNOLOGIA DE AUTOMAÇÃO BANCÁRIA EM OUTRAS ÁREAS
jornal Brasil Econômico 27/05/2011
O ano passado foi o melhor ano da história da Diebold, cujo faturamento chegou a R$ 1,4 bilhão, contra R$ 1,15 do ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo fornecimento de urnas eletrônicas ao governo, quiosques de autoatendimento e loterias. “Pretendemos manter o faturamento de 2010 em 2011 e por isso estamos apostando em negócios fora de bancos”, diz João Abud Júnior, presidente da companhia.
Embora o setor bancário seja o mais importante para as empresas de automação e deva continuar em crescimento, em função da sofisticação e substituição dos caixas eletrônicos e o aumento da bancarização da classe média, Abud acredita que a expansão será pequena. “Os terminais bancários representam 60% do nosso faturamento e não há como crescer muito mais”, afirma o presidente.
As áreas de saúde, varejo, loterias e urnas vêm recebendo as atenções da Diebold por demandarem soluções de autoatendimento, que utiliza a mesma tecnologia dos caixas eletrônicos. “Temos um grande aproveitamento do que já fazemos para os bancos e não necessitamos de muito capital para fornecer equipamentos para outras áreas, gastamos R$ 3 milhões no ano passado para esta finalidade”, afirma Abud, que dedica 3,5% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento.
Abud também manifesta o desejo de aquisições para expandir. “Queremos comprar empresas parceiras que façam sentido para o nosso negócio”, diz o executivo, sem dar maiores detalhes. O brasileiro não revelou o valor que tem em caixa para ir às compras, mas Tom Swidarski, o presidente mundial da empresa, anunciou em março que dispõe de US$ 506 milhões para este fim.
Para a Itautec, a área de automação como um todo representa 30% do faturamento. No entanto, Maurício Guizelli, diretor comercial de automação bancária e exteriores admite que os bancos demandam por mais equipamentos que os demais segmentos.
A exemplo das concorrentes, também fornece equipamentos para varejistas, loterias, cinemas, serviços públicos e até tribunais, onde os clientes dão entrada nos processos eletronicamente . “O Brasil já está acostumado com caixas eletrônicos, então o princípio de autoatendimento pode servir para diversas áreas”, diz.
O ano passado foi o melhor ano da história da Diebold, cujo faturamento chegou a R$ 1,4 bilhão, contra R$ 1,15 do ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo fornecimento de urnas eletrônicas ao governo, quiosques de autoatendimento e loterias. “Pretendemos manter o faturamento de 2010 em 2011 e por isso estamos apostando em negócios fora de bancos”, diz João Abud Júnior, presidente da companhia.
Embora o setor bancário seja o mais importante para as empresas de automação e deva continuar em crescimento, em função da sofisticação e substituição dos caixas eletrônicos e o aumento da bancarização da classe média, Abud acredita que a expansão será pequena. “Os terminais bancários representam 60% do nosso faturamento e não há como crescer muito mais”, afirma o presidente.
As áreas de saúde, varejo, loterias e urnas vêm recebendo as atenções da Diebold por demandarem soluções de autoatendimento, que utiliza a mesma tecnologia dos caixas eletrônicos. “Temos um grande aproveitamento do que já fazemos para os bancos e não necessitamos de muito capital para fornecer equipamentos para outras áreas, gastamos R$ 3 milhões no ano passado para esta finalidade”, afirma Abud, que dedica 3,5% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento.
Abud também manifesta o desejo de aquisições para expandir. “Queremos comprar empresas parceiras que façam sentido para o nosso negócio”, diz o executivo, sem dar maiores detalhes. O brasileiro não revelou o valor que tem em caixa para ir às compras, mas Tom Swidarski, o presidente mundial da empresa, anunciou em março que dispõe de US$ 506 milhões para este fim.
Para a Itautec, a área de automação como um todo representa 30% do faturamento. No entanto, Maurício Guizelli, diretor comercial de automação bancária e exteriores admite que os bancos demandam por mais equipamentos que os demais segmentos.
A exemplo das concorrentes, também fornece equipamentos para varejistas, loterias, cinemas, serviços públicos e até tribunais, onde os clientes dão entrada nos processos eletronicamente . “O Brasil já está acostumado com caixas eletrônicos, então o princípio de autoatendimento pode servir para diversas áreas”, diz.
“GOOGLE ROUBOU NOSSOS SEGREDOS PARA LANÇAR O WALLET”, ACUSA EBAY
portal IDG Now! 27/05/2011 - IDG News Service
O eBay e sua divisão Paypal, dois gigantes da área de vendas na Internet, estão processando a Google e dois ex-executivos. Segundo as empresas, esses funcionários teriam furtado segredos na área de pagamento eletrônico e vendido para a rival, que acaba de anunciar um novo sistema para esse setor, o Google Wallet.
Lançado ontem (26/5) o serviço transforma smartphones Android em "carteiras eletrônicas", que podem ser usadas para efetuar pagamentos com cartões de crédito ou débito em estabelecimentos conveniados.
O processo foi iniciado nesta quinta (26/5), antes de a Corte da Califórnia notificar Osama Bedier e Stephanie Tilenius, agora funcionários da Google. De acordo com o processo, Bedier usou as informações sigilosas de carteira digital obtidas no PayPal para o novo sistema Wallet.
As empresas afirmam que esse ex-funcionário transferiu os segredos obtidos para um computador fora da rede da PayPal poucos dias antes de deixar a companhia, e patir para seu novo trabalho, no dia 24 de janeiro de 2011. Esses documentos eram confidenciais e tinham informações preciosas para o PayPal.
O processo também afirma que a Google contratou Bedier a pedido de outro ex-executivo, Stephanie Tilenius, profissional que teria violado suas obrigações contratuais com o antigo empregador, o eBay.
Osama Bedier foi o diretor responsável na PayPal pela plataforma de dispositivos móveis e representou a companhia em negociações com a própria Google entre 2008 e 2011. Os acordos buscavam o uso de ferramentas de pagamento da empresas no Android Market.
Em um comunicado, a Google afirmou na quinta que ainda não havia sido notificada sobre o processo e que só se manifestaria após avaliar o documento.
O eBay e sua divisão Paypal, dois gigantes da área de vendas na Internet, estão processando a Google e dois ex-executivos. Segundo as empresas, esses funcionários teriam furtado segredos na área de pagamento eletrônico e vendido para a rival, que acaba de anunciar um novo sistema para esse setor, o Google Wallet.
Lançado ontem (26/5) o serviço transforma smartphones Android em "carteiras eletrônicas", que podem ser usadas para efetuar pagamentos com cartões de crédito ou débito em estabelecimentos conveniados.
O processo foi iniciado nesta quinta (26/5), antes de a Corte da Califórnia notificar Osama Bedier e Stephanie Tilenius, agora funcionários da Google. De acordo com o processo, Bedier usou as informações sigilosas de carteira digital obtidas no PayPal para o novo sistema Wallet.
As empresas afirmam que esse ex-funcionário transferiu os segredos obtidos para um computador fora da rede da PayPal poucos dias antes de deixar a companhia, e patir para seu novo trabalho, no dia 24 de janeiro de 2011. Esses documentos eram confidenciais e tinham informações preciosas para o PayPal.
O processo também afirma que a Google contratou Bedier a pedido de outro ex-executivo, Stephanie Tilenius, profissional que teria violado suas obrigações contratuais com o antigo empregador, o eBay.
Osama Bedier foi o diretor responsável na PayPal pela plataforma de dispositivos móveis e representou a companhia em negociações com a própria Google entre 2008 e 2011. Os acordos buscavam o uso de ferramentas de pagamento da empresas no Android Market.
Em um comunicado, a Google afirmou na quinta que ainda não havia sido notificada sobre o processo e que só se manifestaria após avaliar o documento.
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PORTO SEGURO TEME 'ARRANHAR' BOA IMAGEM NA TELEFONIA
jornal Folha de S. Paulo 27/05/2011 – Toni Sciarretta
Primeira "operadora virtual" de celular, a seguradora Porto Seguro prepara sua entrada em um ramo em que a maioria dos clientes está insatisfeita com os serviços.
No negócio, a Porto aluga a rede de uma operadora e responde pelo atendimento, cobrança e serviço ao cliente.
O presidente da empresa, Jayme Garfinkel, diz que a ideia não é competir com as grandes teles, mas sim oferecer mais um diferencial para segurar seus clientes.
"Eventualmente o preço da Porto é maior, mas olha o que ela te dá: assistência residência, computador, vantagem com cartão e com celular. No fundo fica mais barato que o preço do concorrente."
Apesar disso, Garfinkel diz que se preocupa com o fato de hoje a Porto Seguro ter uma imagem boa junto aos clientes e estar entrando em um setor conhecido pelo mau atendimento.
A Porto Seguro é hoje uma das oito empresas que operam no país consideradas como "world class" (padrão internacional) de qualidade de serviço, segundo pesquisa da consultoria CVA.
Por "world class", afirma a consultoria, entenda-se um serviço em que o cliente não só aprova a qualidade, como se diz supreendido pelo atendimento a ponto de pagar mais por isso e ainda recomendar a outras pessoas.
"O cliente vai dizer que comprou Porto Seguro...", disse Garfinkel, que atribui a reputação da empresa à sinceridade com que trata os clientes.
"Não tem problema de errar. Mas tem que reconhecer e consertar o erro. Sou o primeiro a ir de joelhos pedir desculpas ao cliente", disse.
Folha -Vocês não temem arriscar sua aprovação num serviço que é constantemente reprovado pelo cliente?
Jayme Garfinkel - Estamos muito preocupados de entrar numa área que a gente não conhece. Mas temos a humildade de estar nos preparando. Na vida é assim: ou você cresce ou vai para trás. Para nós, a oportunidade de entrar é mais um argumento diferencial para vender nosso produto para o cliente. Vamos fortalecendo a casca de proteção para não perdê-lo. O corretor usa como argumento que oferece um guincho com qualidade, além do cartão de crédito e agora tem mais uma novidade: um celular.
Como estão os preparativos?
Estamos pensando há meses como vamos fazer. Estamos procurando espaço e gente. Mesmo que tenha inicialmente uma ociosidade na central, não tem problema. No nosso caso, a preocupação é maior. O cliente está esperando um tratamento diferente. Ele vai dizer: eu comprei Porto Seguro... É lógico que a expectativa das pessoas cresce.
Estamos preocupados sim, mas a gente tem essa vantagem de que a operação deve crescer mas lentamente, como o cartão.. A gente teve problemas de atendimento no cartão muito complicados. Como foi crescendo aos pouco, deu para ir melhorando. Não adianta contratar mil pessoas e sair vendendo. Mesmo se colocar 2.000, precisa treinar e criar atendimento.
Como a Porto Seguro, que não é do ramo, vai fazer um serviço melhor do que é oferecido?
Não é porque o outro é mais tonto do que nós que ele atende mal. É porque ele tem um volume de atendimento brutal. No nosso caso, como serão poucos clientes, é uma operação de butique. Somos uma butique de atendimento. A gente acredita que vai dar conta.
Os concorrentes dizem que a Porto entrará no celular porque, se o cliente se sentir tentado a mudar de seguradora, vai pensar duas vezes antes de perder o celular. Isso pesou na decisão?
A gente pensa em tudo; sinceramente, pensamos mais em ter um diferencial. Quando a gente lançou o cartão de crédito, pensamos que seria o primeiro instrumento do corretor para vender um produto novo para o cliente e que depois seria um instrumento poderoso [para renovação]. E isso funcionou. Agora, quando apareceu a ideia do celular, a gente percebeu que o nosso ganho seria ter uma novidade que vinculasse o cliente com a gente. Eventualmente o preço da Porto é maior, mas olha o que ela te dá: assistência residência, computador, vantagem com cartão e com celular. No fundo, fica mais barato que o preço do concorrente. A gente treina o corretor para ele mostrar ao cliente que o custo com assistência residência etc é maior. É uma venda que precisa mostrar esse diferencial.
Qual o segredo da boa reputação da Porto?
Juro que não tive uma inspiração nem dei ordem nenhuma. Pela origem, diria que é a preocupação com o corretor... Se o cliente de um corretor tem um problema, podemos desagradar a todos os clientes desse corretor. E eles vão embora.
O funcionário tem de se sentir atuante e saber que tem poder de decisão. Quem está na ponta atendendo o cliente não sou eu. Não dá para dizer simplesmente: atenda bem. Isso vem com a cultura da empresa.
Há um ano e pouco eu vim com minha mulher para mostrar como era o atendimento. Era um domingo, às 13h30. Enquanto a coordenadora explicava como funcionava o atendimento, eu escutava, de orelha, um atendimento. O atendente perguntava: 'Mas o guincho não chegou?' Nosso prestador não tinha recebido a mensagem de confirmação de que o guincho estava indo para o local. Então, decidiu mandar um segundo guincho. Outro gerente diria que ele gastou duas vezes com o mesmo caso. Eu fiquei encantado com isso... Muitas vezes o cliente liga aqui e o prestador não consegue localizar a apólice. Na dúvida, é melhor atender.
Ele tem uma sensibilidade de saber se é um caso grave, se é uma mulher sozinha, que está num lugar perigoso... Manda atender!
Tem que mimar o cliente?
O cliente não quer ser mimado, mas tem que ter alguma coisa que ele não espera, como um serviço rápido. A gente entrou em segmentos em que o atedimento antes de nós era fraco. Vinha um cara sem uniforme, sujo, um guincho feio... Se você esperava um sujeito sujo e veio um limpo, já está ótimo. Hoje, o mercado de seguro de automóveis como um todo tem padrão internacional. Não é só a gente.
Como uma empresa pode se relacionar bem com o cliente?
Não importa que você tenha errado, mas tem que mostrar ao consumidor, humildemente, que está concertando o erro e que está do lado dele. Ele é um ser humano que também erra. O perigoso é a empresa ficar arrogante e negar que erro. Se errei, sou o primeiro que vou, junto com o funcionário, de joelho perdir perdão.
Mas tem casos em que a gente tem que negar o pagamento. Tem caso de fraude. Nesses casos, tem que agir com franqueza e dizer: isso os senhor não contratou. Tem uma teoria dos consumeristas que dizem que a empresa tem que dar tudo ao consumidor. Não dá para dar tudo senão quebra. O não bem explicado é admissível. Não tenho medo de dizer não. Atendimento é franqueza.
É difícil expandir levando qualidade para outras áreas?
Parece que sou muito ambicioso; sou ambicioso em ter o melhor atendimento, mas não ser a maior empresa. Levamos 20 anos para ter uma expansão nacional. A gente subsidiava sucursal. Em Recife não tinha volume de cliente para manter uma operação. É o preço para entrar bem lá. Como o crescimento é lento, você vai tendo tempo de ir se estruturando. O risco de uma empresa é o crescimento vertiginoso, em que se perde o controle. Soma uma série de fatores que não consegue atender. Devagar a gente chega lá; se tiver muita ambição pode quebrar.
Vocês esperam que, como o nível de serviço da Porto, as demais operadoras fiquem constrangidas com o atendimento?
Espero que eles nem reparem em nós.
Primeira "operadora virtual" de celular, a seguradora Porto Seguro prepara sua entrada em um ramo em que a maioria dos clientes está insatisfeita com os serviços.
No negócio, a Porto aluga a rede de uma operadora e responde pelo atendimento, cobrança e serviço ao cliente.
O presidente da empresa, Jayme Garfinkel, diz que a ideia não é competir com as grandes teles, mas sim oferecer mais um diferencial para segurar seus clientes.
"Eventualmente o preço da Porto é maior, mas olha o que ela te dá: assistência residência, computador, vantagem com cartão e com celular. No fundo fica mais barato que o preço do concorrente."
Apesar disso, Garfinkel diz que se preocupa com o fato de hoje a Porto Seguro ter uma imagem boa junto aos clientes e estar entrando em um setor conhecido pelo mau atendimento.
A Porto Seguro é hoje uma das oito empresas que operam no país consideradas como "world class" (padrão internacional) de qualidade de serviço, segundo pesquisa da consultoria CVA.
Por "world class", afirma a consultoria, entenda-se um serviço em que o cliente não só aprova a qualidade, como se diz supreendido pelo atendimento a ponto de pagar mais por isso e ainda recomendar a outras pessoas.
"O cliente vai dizer que comprou Porto Seguro...", disse Garfinkel, que atribui a reputação da empresa à sinceridade com que trata os clientes.
"Não tem problema de errar. Mas tem que reconhecer e consertar o erro. Sou o primeiro a ir de joelhos pedir desculpas ao cliente", disse.
Folha -Vocês não temem arriscar sua aprovação num serviço que é constantemente reprovado pelo cliente?
Jayme Garfinkel - Estamos muito preocupados de entrar numa área que a gente não conhece. Mas temos a humildade de estar nos preparando. Na vida é assim: ou você cresce ou vai para trás. Para nós, a oportunidade de entrar é mais um argumento diferencial para vender nosso produto para o cliente. Vamos fortalecendo a casca de proteção para não perdê-lo. O corretor usa como argumento que oferece um guincho com qualidade, além do cartão de crédito e agora tem mais uma novidade: um celular.
Como estão os preparativos?
Estamos pensando há meses como vamos fazer. Estamos procurando espaço e gente. Mesmo que tenha inicialmente uma ociosidade na central, não tem problema. No nosso caso, a preocupação é maior. O cliente está esperando um tratamento diferente. Ele vai dizer: eu comprei Porto Seguro... É lógico que a expectativa das pessoas cresce.
Estamos preocupados sim, mas a gente tem essa vantagem de que a operação deve crescer mas lentamente, como o cartão.. A gente teve problemas de atendimento no cartão muito complicados. Como foi crescendo aos pouco, deu para ir melhorando. Não adianta contratar mil pessoas e sair vendendo. Mesmo se colocar 2.000, precisa treinar e criar atendimento.
Como a Porto Seguro, que não é do ramo, vai fazer um serviço melhor do que é oferecido?
Não é porque o outro é mais tonto do que nós que ele atende mal. É porque ele tem um volume de atendimento brutal. No nosso caso, como serão poucos clientes, é uma operação de butique. Somos uma butique de atendimento. A gente acredita que vai dar conta.
Os concorrentes dizem que a Porto entrará no celular porque, se o cliente se sentir tentado a mudar de seguradora, vai pensar duas vezes antes de perder o celular. Isso pesou na decisão?
A gente pensa em tudo; sinceramente, pensamos mais em ter um diferencial. Quando a gente lançou o cartão de crédito, pensamos que seria o primeiro instrumento do corretor para vender um produto novo para o cliente e que depois seria um instrumento poderoso [para renovação]. E isso funcionou. Agora, quando apareceu a ideia do celular, a gente percebeu que o nosso ganho seria ter uma novidade que vinculasse o cliente com a gente. Eventualmente o preço da Porto é maior, mas olha o que ela te dá: assistência residência, computador, vantagem com cartão e com celular. No fundo, fica mais barato que o preço do concorrente. A gente treina o corretor para ele mostrar ao cliente que o custo com assistência residência etc é maior. É uma venda que precisa mostrar esse diferencial.
Qual o segredo da boa reputação da Porto?
Juro que não tive uma inspiração nem dei ordem nenhuma. Pela origem, diria que é a preocupação com o corretor... Se o cliente de um corretor tem um problema, podemos desagradar a todos os clientes desse corretor. E eles vão embora.
O funcionário tem de se sentir atuante e saber que tem poder de decisão. Quem está na ponta atendendo o cliente não sou eu. Não dá para dizer simplesmente: atenda bem. Isso vem com a cultura da empresa.
Há um ano e pouco eu vim com minha mulher para mostrar como era o atendimento. Era um domingo, às 13h30. Enquanto a coordenadora explicava como funcionava o atendimento, eu escutava, de orelha, um atendimento. O atendente perguntava: 'Mas o guincho não chegou?' Nosso prestador não tinha recebido a mensagem de confirmação de que o guincho estava indo para o local. Então, decidiu mandar um segundo guincho. Outro gerente diria que ele gastou duas vezes com o mesmo caso. Eu fiquei encantado com isso... Muitas vezes o cliente liga aqui e o prestador não consegue localizar a apólice. Na dúvida, é melhor atender.
Ele tem uma sensibilidade de saber se é um caso grave, se é uma mulher sozinha, que está num lugar perigoso... Manda atender!
Tem que mimar o cliente?
O cliente não quer ser mimado, mas tem que ter alguma coisa que ele não espera, como um serviço rápido. A gente entrou em segmentos em que o atedimento antes de nós era fraco. Vinha um cara sem uniforme, sujo, um guincho feio... Se você esperava um sujeito sujo e veio um limpo, já está ótimo. Hoje, o mercado de seguro de automóveis como um todo tem padrão internacional. Não é só a gente.
Como uma empresa pode se relacionar bem com o cliente?
Não importa que você tenha errado, mas tem que mostrar ao consumidor, humildemente, que está concertando o erro e que está do lado dele. Ele é um ser humano que também erra. O perigoso é a empresa ficar arrogante e negar que erro. Se errei, sou o primeiro que vou, junto com o funcionário, de joelho perdir perdão.
Mas tem casos em que a gente tem que negar o pagamento. Tem caso de fraude. Nesses casos, tem que agir com franqueza e dizer: isso os senhor não contratou. Tem uma teoria dos consumeristas que dizem que a empresa tem que dar tudo ao consumidor. Não dá para dar tudo senão quebra. O não bem explicado é admissível. Não tenho medo de dizer não. Atendimento é franqueza.
É difícil expandir levando qualidade para outras áreas?
Parece que sou muito ambicioso; sou ambicioso em ter o melhor atendimento, mas não ser a maior empresa. Levamos 20 anos para ter uma expansão nacional. A gente subsidiava sucursal. Em Recife não tinha volume de cliente para manter uma operação. É o preço para entrar bem lá. Como o crescimento é lento, você vai tendo tempo de ir se estruturando. O risco de uma empresa é o crescimento vertiginoso, em que se perde o controle. Soma uma série de fatores que não consegue atender. Devagar a gente chega lá; se tiver muita ambição pode quebrar.
Vocês esperam que, como o nível de serviço da Porto, as demais operadoras fiquem constrangidas com o atendimento?
Espero que eles nem reparem em nós.
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