4 de set. de 2011

CAPITAL MOVIMENTADO POR CARTÕES CORPORATIVOS SERÁ QUASE SETE VEZES MAIOR ATÉ 2020

portal Fator Brasil 03/09/2011

O capital movimentado com o uso de cartões corporativos (virtual ou plástico) será quase sete vezes maior até 2020. A estimativa foi apresentada por Ricardo Mandarino, diretor de vendas de soluções corporativas da American Express (Amex), durante o debate Meios de Pagamento em Viagens Corporativas – Visão 360º, promovido pelo Comitê de Viagens e Mobilidade Corporativa da Câmara de Comércio Americana (Amcham), em parceria com o Instituto Alatur, na última terça-feira (30/08).

Com base na boa saúde da economia brasileira e no cenário da crise que afeta os países da zona do euro, EUA e Japão, o estudo da Amex revelou que, em 2020, as empresas movimentarão R$ 170 bilhões com cartões corporativos. No ano passado, o mercado somou R$27 bilhões e tem perspectiva de crescimento de 19% em 2011. De acordo com Mandarino, os números registrados em 2010 deveriam ser de duas a quatro vezes maiores. “A previsão é que os cartões corporativos girem um capital de R$ 75 bilhões em 2013 e R$ 120 bilhões em 2016”.

Executivos presentes no evento afirmaram que a maioria das empresas já utiliza o cartão como meio de pagamento, que substitui o sistema de faturamento, reduz custos do processo, melhora fluidez interna e diminui a possibilidade de fraudes. Ainda assim, especialistas acreditam que o sistema é pouco estimulado pelos grandes fornecedores (bancos), com pouca ação na força de vendas.

“O Brasil é um case no que diz respeito a pagamento com cartões. É um processo imparável. Falta empenho em cultivar e incentivar o uso por parte das empresas, que deveriam fazer grandes campanhas e informar os benefícios. Também acredito que este seja o grande desafio”, disse Bernardo Feldberg, vice-presidente do Comitê.

Terceirizados- As políticas empresariais podem ser um entrave para a utilização definitiva do cartão corporativo como meio de pagamento. Algumas companhias não fornecem a ferramenta a colaboradores terceirizados e mantêm os serviços de reembolsos através de relatórios de despesas e comprovantes.

Para Glauco Cavalcanti, vice-presidente financeiro do Grupo Alatur, a solução estaria na utilização de cartões pré-pagos, como já é feito nos EUA. “Os bancos estão se mexendo para trazer essa ferramenta ao Brasil. Entretanto, ainda existem problemas com órgãos reguladores e com o Banco Central. É preciso aguardar.”

Nenhum comentário: