jornal Brasil Econômico 06/04/2011 – Cintia Esteves
Por enquanto a família Camicado não quer pensar em novos negócios. Mesmo após vender a empresa para a Renner por R$ 157 milhões, os antigos proprietários da varejista de utensílios domésticos continuarão à frente da operação. “Será uma cogestão”, diz a diretora Renata Yuri, filha de Minolu Camicado, fundador da varejista. Junto com o pai e a tia Mariê, Renata vai se encarregar de familiarizar os executivos da Renner com a venda de objetos para o lar.
Como explica Miguel Abdo, diretor da Naxentia, consultoria especializada em fusões e aquisições, este modelo de transição é comum. “Normalmente os antigos sócios assumem o compromisso, através de contrato, de transferir conhecimento para os novos proprietários”, afirma. Porém, é comum que em um prazo de três a cinco anos eles deixem a operação. No caso da Renner este processo é ainda mais necessário, já que a rede especializada em vestuário não tem experiência na venda de utensílios para o lar.
Força da marca
O presidente da Renner, José Galló, afirmou ontem, em teleconferência com analistas, que “em uma visão futurista” é possível que em locais onde existam uma loja da Renner também haja uma unidade da Camicado. “Este nome é muito forte, principalmente em São Paulo”, diz Abdo, da Naxentia. Das 27 lojas que compõem a Camicado, 15 estão no estado de São Paulo, onde a principal concorrente é a Preçolândia. “O anúncio da venda foi uma surpresa. Temos a entrada de um grande competidor neste mercado, o que nos estimula a trabalhar ainda mais”, afirma Hélio Freddi Filho, diretor da Preçolândia.
A Renner pretende chegar a 101 unidades em 2015 e 125 até 2020. “Era uma empresa bem gerida, mas que não estava aproveitando o seu potencial de expansão. Os acionistas já não tinham tanto ímpeto de crescer”, disse Galló. Outra intenção é levar o cartão Renner para a operação da Camicado. Atualmente, 60 % das vendas da varejista ocorrem por meio de cartão de crédito, enquanto o restante é dividido entre cartões de débito, cheque e dinheiro. “O potencial da Camicado está reprimido porque eles não possuem crediário próprio”, afirmou Galló.
Com uma receita líquida de R$ 127,6 milhões em 2010, a Camicado inaugura um novo caminho para o processo de consolidação no varejo. Agora, em vez de grandes fusões e aquisições, as empresas especializadas e de médio porte devem entrar na mira de grandes redes e de fundos de private equity, acredita o consultor da Naxentia.
Com Reuters
Um comentário:
CUIDADO NÃO COMPRE NO SITE DA LOJA VIRTUAL RENNER. TE VENDEM, VC PAGA E ELES NÃO TEM A MERCADORIA…VEJA O NÚMERO DE RECLAMAÇÕES NO SITE DO RECLAME AQUI, TOTAL FALTA DE RESPEITO COM O CONSUMIDOR !!!
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