13 de abr. de 2011

PAGAMENTOS MÓVEIS SÃO MAIS SEGUROS DO QUE CARTÕES BANCÁRIOS

portal CardClipping 13/04/2011

As transações por telefone celular têm potencial para oferecer uma experiência de pagamento muito mais segura do que as realizadas por cartões de plástico emitidos pelos bancos. A afirmação, feita por uma diretora do Fed de Atlanta (Federal Reserve Bank of Atlanta, banco participante do sistema do Banco Central norte-americano), está sendo recebida como destruidora de um mito.

Cindy Merritt, diretora adjunta do Fórum de Riscos de Pagamentos de Varejo do banco, aponta que as funcionalidades de segurança residentes no telefone celular disponibilizam recursos de autenticação não existentes no atual ambiente de pagamentos.

A capacidade de adicionar senhas e a possibilidade de localização por GPS nos smartphones representam controles adicionais de segurança para o futuro acesso aos meios de pagamento via “carteira móvel", escreveu Merritt. E completou: “Hoje, não há bloqueios em sua carteira física que impeçam o roubo dos seus cartões de crédito e débito, e o uso ilícito deles."

Como os Estados Unidos continuam presos aos cartões de tarja magnética, a diretora afirma que as tecnologias que protegem os atuais meios de pagamento no país estão se tornando cada vez mais obsoletas e vulneráveis a fraudes.

"Os pagamentos com cartão tornam-se cada dia mais arriscados porque a segurança da tarja magnética é muito fácil de ser violada e os dados usados para clonagem", afirma. "Como os dispositivos móveis irão utilizar tecnologia sem contato em forma de chip embutido, os telemóveis serão dispositivos de pagamento muito mais seguros do que os cartões de plástico que usamos hoje."

As informações chegam em meio a um turbilhão de ações na área de m-payment, com administradoras de cartões, empresas de tecnologia, fabricantes de aparelhos e start-ups do Vale do Silício alinhando planos para testar NFC no ponto-de-venda.

O Fed de Atlanta formou um grupo de trabalho para acompanhar a indústria de pagamentos por dispositivos móveis, em conjunto com o seu homólogo de Boston, que no final do mês passado publicou um documento sobre os "fatores essenciais" para atingir escalabilidade no mercado de pagamentos por celular nos Estados Unidos.

Um comentário:

Pecador disse...

Uma coisa que não pode passar despercebida é o fato de que a indústria de cartões americana é baseada em tarja magnética, e não em chip. No Brasil, os bancos têm migrado para o chip, e alguns usam dispositivos adicionais, visando incrementar a segurança, mesmo em transações via Internet. Ou seja, nem todas as tendências americanas são adequadas ao Brasil...