portal Valor Online 20/04/2011 - Denise Carvalho e Adriana Cotias
O Itaú Unibanco iniciou uma reestruturação na Itaucard, divisão que comanda a área de cartões, e contratou a consultoria Galeazzi & Associados para comandar o processo, segundo apurou o Valor.
A primeira grande transformação ocorreu esta semana com a demissão de pelo menos três diretores da Itaucard e remanejamento de executivos para outras áreas.
Deixou a empresa o diretor-executivo Ivo Luiz Vieitas, presidente da Hipercard, cartão private label que nasceu na rede Bompreço, do Nordeste, e virou bandeira. Vieitas comandava a operação como principal executivo desde 2004, quando o Unibanco adquiriu a Hipercard da rede de varejo, enquanto a americana Walmart comprou a rede varejista.
A marca Hipercard reúne as atividades de emissor, por meio do Banco Hipercard, bandeira e credenciamento de lojistas – essa última perna recentemente passou a ser feita pela Redecard, também do grupo Itaú Unibanco. A Hipercard está debaixo da Itaucard, comandada por Márcio Schettini, executivo oriundo do Unibanco e hoje vice-presidente do conglomerado.
O banco confirmou a saída do executivo Carlos Henrique Zanvettor, responsável pela área de cartões de não correntista. Por conta das diversas parcerias com o varejo – Pão de Açúcar, Lojas Marisa, Lojas Americanas, Ponto Frio e Magazine Luiza – trata-se de uma base relevante. Zanvettor seguirá para a Redecard.
Para se ter uma ideia da importância da área de cartões no Itaú Unibanco, na carteira de crédito pessoa física, o segmento tinha ao fim do ano passado a segunda maior participação no bolo de ativos, com R$ 34,9 bilhões. Nas receitas de prestação de serviços, os cartões lideraram a arrecadação em 2010, com R$ 6,6 bilhões.
Até o fechamento desta reportagem, a assessoria de imprensa do Itaú Unibanco confirmou apenas a saída de Ivo Vieitas. Procurados, os executivos da Galeazzi & Associados não se pronunciaram.
Eficiência
De acordo com executivos que conhecem a operação da Itaucard, um dos objetivos do Itaú Unibanco é fazer a divisão de cartões ser mais eficiente e acelerar o ritmo de crescimento da Hipercard. Em tese, é a bandeira que teria condições de rivalizar com o Elo, que tem emissão conjunta de Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Só que um acordo de exclusividade com o Walmart impede que o Hipercard seja aceito em estabelecimentos concorrentes. Esse é um dos obstáculos para que o Hipercard, já capturado pela Redecard, seja um cartão de abrangência ampla em território nacional.
Hoje, a Hipercard detém cerca de 7% de participação do mercado. A bandeira é forte sobretudo no Nordeste, onde concentra aproximadamente 20% do mercado local.
Redecard
As mudanças na área de cartões no Itaú não se restringem à Itaucard. Na Redecard, agora sob o comando de Claudio Takashi Yamaguti, também há alterações.
Dentro de um plano de reestruturação para dar mais “foco ao cliente”, deixaram a empresa os diretores Claudio Oliveira, que comandava a área de grandes contas; Ramon Gomez, responsável pelo varejo, e, Alessandro Raposo, de marketing e produtos.
Yamaguti foi nomeado em fevereiro, mas seu antecessor, Roberto Medeiros, permaneceu no cargo até o fim do mês passado para a transição.
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8 comentários:
Trabalho na Hipercard e acho que a saída do Ivo tem muito a ver com o estrelismo com que ele conduzia a empresa. Pessoa de ego infladíssimo e de grande atração por um palco ele pensa que a empresa só cresceu e existe graças a ele. Fala igualzinho um pastor da Universal - até o Silvio Santos já falou isso dele no Teleton. Com certeza o Itaú colocará em seu lugar um executivo mais austero, que relamente esteja a fim de arregaçar as mangas e trabalhar pesado.
O difícil será aguentar as "viúvas e viúvos" do Ivo nos próximos dias. Apesar dele ter recebido (com justiça) alguns milhões em bônus tem mais gente lá preocupada com ele (que já está com a vida ganha) do que com o próprio emprego.
Espero mesmo que essas mudanças sejam boas, pois a pressão tá grande.
Sobre o Ramon Gomez. Trabalhei com ele no Unibanco e por pouco tempo no Itau. Trata-se de um profissional diferenciado e um Ser Humano diferente de varios outros que permanecem no conglomerado. É uma pena nao terem explorado tantas ideias inovadoras e o carisma natural deste grande executivo. Feliz será a corporacao que souber aproveita-lo agora que estará no mercado. Tenho certeza que será por pouco tempo.
Anonimo, vemos que você conheçe pouco o jogo politico da empresa e o que a saída do Ivo representa. Não comungo da sua opnião sobre o antigo Presidente, mas respeito os seus pontos.
Ninguem acredita que essa empresa chegou ao patamar que hj ela ocupa só e exclusivamente ao Ivo, mas com certeza ele foi o grande icone da operação.
OLHA QUE NINGUEM SABE ITAU DEMITIL 4 MIL FUNCIONARIO E SENHO Claudio Takashi Yamaguti, JA BOTO SUAS MAOS DEMITIU NA SEGUNDA 05/09/2011 380 FUNCIONARIOS DA REDECARD SO OS QUE FICAVAM NA RUA,HOJE VEJO O QUANTO ELE FALAVA EM UM VIDEO QUE PESSOAL SERVICI ERA MENINAS OLHOS DA REDECARD, MENTIROSO DE UMA FIGA.. ESPERO QUE A REDECARD TENHA MAIOR PERDA DE FATURAMENTO DE SUA HISTORIA, TORSO MUITO POR ISSO..TODOS MEUS CLIENTES ESTAO CANCELANDO COM A REDECARD POIS ELA NAO PESA NOS CLEINTES E SIM METE FACA COMTAXAS ADM ALTICIMAS DIFERENTE DA CIELO..
Conforme o colega acima citou no dia 05/09 diversos promotores externos foram demitidos (através de um telegrama), porém, não foram apenas 380 funcionários, pois, a nível nacional este numero é bem maior.
O mais incrível disso tudo é que nenhuma mídia notificou tal ocorrido, será mesmo a Redecard uma empresa que presa pela transparência ou o respeito por seus funcionários?
Fica a questão...
Tenho receio em falar de uma empresa na qual gostei muito de trabalhar mesmo tendo deixado muito a desejar pagando erroneamente minhas variáveis mensalmente, após o recebimento do telegrama com 3 dias de atraso, sem saber até hoje quando será meu exame demissional ou até mesmo a data de homologação me sinto constrangido em saber que colaboradores com o mesmo tempo de trabalho pela empresa tiveram diferença de pagamento referente ao benefício demissional de mais de R$1.000,00, no Nordeste há colaboradores recebendo algo em torno de R$5.400,00 enquanto aqui em SP o mesmo período trabalhado recebesse R$3.600,00.
Há omissão no RH em não atender as ligações e muito menos responder os emails, após 3 dias ligando fui atendido 1 única vez, 1 email dirigido ao RH solicitando informações a quase uma semana até a presente data 14/09/2011 não foi respondido.
Sim, concordo que as cabeças mais pesadas e pensantes (gestores, executivos...) foram desmembrados, da mesma forma que um número superior a 360 colaboradores do servicing.
concordo com todos acima trabalhei na REDECARD durante a abertura de mercado pra mim ela era umas das melhores empresas para se trabalhar , ate 2011, em janeiro de 2011 começarão os erros não fazendo negociações não dando descontos nas taxas adm ou aluguel...não me conformava de do cliente paga 79,00 em uma maquina com fio aonde as outras operadoras faziam a 39 ou ate de graça... e cançei de escutar que nosso serviço era os olhos da menina da redecard ... que era nosso diferencial... ate segunda feira chegar um telegrama ate supervisores foram mandados embora se eu não me engano no brasil só restaram 3 supervisores que é sp , ribeirão e brasilia.... isso tudo sem a redecard falar sobre alguma extrategia . só quero ver como a redecard vai sobreviver pois a unica fonte que gerava renda era os serviços dos serviçes.
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