14 de jan. de 2012

MERCADO DE DIVERSÃO GANHA CARTÃO PRÉ-PAGO

jornal Brasil Econômico 03/01/2012 - Déborah Costa

A palavra inovação sempre esteve presente na vida de Eduardo Almeida, Marcelo Pereira, Guilherme Coelho e Roberto Icizuca.

Depois de anos empreendendo, esses quatro executivos se juntaram e criaram a Peela, uma empresa que alia o conceito do cartão pré-pago ao mercado de entretenimento.

A origem do nome da empresa é a gíria "pila", uma forma descontraída de falar de dinheiro. "Essa é uma expressão bem conhecida no Sul do país e em outras regiões também. Percebemos que poderia ser interessante juntar o termo com o mercado da diversão", justificou Eduardo Almeida, sócio-fundador e diretor de marketing da empresa.

Após os executivos passarem por várias experiências, eles uniram a vivência no segmento de cartão de download de música (ver texto ao lado), com a Coolnex - empresa criada por Almeida e Pereira - com o serviço de aluguel de filmes online - fundada por Coelho e Icizuca, a Blopix.

Ou seja, a Peela atua em duas frentes, sendo que a primeira consiste no cartão pré-pago, formato em que o consumidor compra o cartão para utilizá-lo no momento de pagar suas compras feitas pela internet.

Nessa opção, o consumidor poderá adquirir o cartão físico carregado no varejo, com os meios de pagamento aceitos no ponto de venda, e partir para as compras.

A segunda forma é o modelo híbrido de pré-pago, que consiste basicamente na realização de recarga pela internet para posterior aquisição de um produto ou serviço.

Nesse modelo, o cliente abre uma conta virtual no Peela, carrega a quantia que desejar e se torna habilitado a navegar pelo Peela Shop, vitrine virtual, que possui uma rede de entretenimento credenciada do país.

"A Peela inova por ser um facilitador de pagamento na internet, conseguindo presença física em lojas virtuais. Quem não tem segurança, por exemplo, em comprar pela internet, pode utilizar o cartão e se sentir mais confiante", disse Almeida.

Mas qual seria a diferença então para o consumidor que já está acostumado a fazer compras pela internet?

A resposta de um dos fundadores da companhia remete à garantia de que os clientes cadastrados terão vantagens na sequência, como ofertas exclusivas na vitrine virtual, descontos especiais e preferências em compras.

"O conceito com o qual trabalhamos é que aqui o dinheiro do cliente vale mais"", acrescentou Almeida.

Além de sócio-fundador, o diretor de marketing da empresa afirma que o investimento na estruturação da companhia chegou perto de R$ 1 milhão e inlui um aporte da companhia Trindade Investimentos, de venture capital e concentrada no setor de internet.

"Nós acreditamos muito na força do conceito gift card, que ele é inovador e está se mostrando forte no varejo", afirmou Almeida.

Neste sentido, o também sócio-fundador Guilherme Coelho destacou que o cartão tem tido boa aceitação no varejo. "Os lojistas gostam da possibilidade de receita extra e de vender mais produtos".

Para efeito de varejo, inicialmente a expectativa era de que mil mil pontos de vendas comercializassem o cartão no próximo ano. Mas diante da boa aceitação, esse número saltou para 5 mil postos de vendas.

Prova disso é que "só com relação a cartões já somam quase 20 mil solicitações", comemorou Almeida. "Esperamos abrir algo em torno de 100 mil contas no período", completou Almeida, afirmando que a Peela chegou para abrir as portas do entretenimento a novos usuários que desejam comprar na web.

A companhia hoje, que trabalha com um escritório em São Paulo, mantém dez funcionários. "Estamos fazendo o piloto em São Paulo, mas certamente vamos evoluir para o resto do Brasil", previu o diretor de marketing.

O executivo lembrou que a companhia foi criada em outubro do ano passado, e por enquanto só está recebendo os pedidos dos cartões. O funcionamento do sistema propriamente dito está previsto para o início deste ano.

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