portal Executivos Financeiros 21/01/2011 - Rafael Gregorio
Tradicional fornecedora de soluções para automação bancária, especialmente os equipamentos de autoatendimento (ATM), a Diebold está expandindo cada vez mais sua operação no Brasil. E a estratégia já apresenta resultados expressivos: a unidade brasileira responde, hoje, por 25% do peso da operação mundial. “Tivemos em 2010 o melhor ano da nossa história, quebrando todos os recordes internos de faturamento e resultado”, afirmou Carlos Alberto Pádua, vice-presidente de tecnologia da empresa. Os resultados oficiais, ele diz, serão apresentados a partir de fevereiro.
A ideia é se tornar, nas palavras de Pádua, “um player de TI, não só de ATM”. Além do crescimento econômico expressivo do País em 2010 – “como diria meu filho, a economia brasileira está ‘bombando’” –, é justamente à diversificação de atividades que ele atribui os resultados da empresa. “Ganhamos um peso muito interessante dentro da corporação porque fazemos projetos de educação, saúde, TI em geral. Lá fora, a Diebold é muito mais focada na solução bancária”, afirmou.
Além das urnas eletrônicas, solução que a Diebold fornece desde 1998 ao governo federal, as novidades incluem o que Pádua descreve como negócios adjacentes. “Estamos interessados em projetos especiais de integração para desenvolver áreas ou softwares específicos para missões críticas em todos os setores da economia”, ele diz. Na saúde, por exemplo, a empresa investe para desenvolver soluções integradas de automatização de gestão para planos de saúde, hospitais e rede pública.
Outro destino dos esforços por diversificação da empresa é o segmento de educação. “Atendemos um projeto do MEC (Ministério da Educação e Cultura) para desenvolver um projetor integrado com um PC que facilite a vida do professor, que hoje tem dificuldades de setup e conexão para apresentar informação digital aos alunos”, afirma. Segundo ele, uma solução que permite a fácil conexão de um pendrive a um projetor, inclusive permitindo acesso à internet através da rede do servidor da escola, será entregue para instalação na rede pública “a partir de março ou abril”.
As novas áreas já respondem por 50% do faturamento da Diebold, e segundo Pádua, as razões da expansão para outros nichos são simples: “temos hoje 60% de market share em ATM. Para crescer além disso, é preciso explorar outras áreas”. Além disso, o executivo destacou também o acirramento recente da competição no ramo de ATMs: “As margens continuam apertadas e há novos entrantes no mercado, tanto locais, como Itautec e Perto, quanto estrangeiros, como a Wincor e a NCR, que inclusive montou uma fábrica local agora”.
Para 2011, as expectativas não poderiam ser melhores: “A economia aquecida e emprego crescendo em níveis recordes requerem infraestrutura”, afirma Pádua. Em sua visão, a demanda pó projetos de integração e automação, dentro da expertise precisa da Diebold, deve crescer ainda mais. “Estamos vendo 2011 com muito bons olhos”, finaliza.
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