jornal Brasil Econômico 26/04/2011 – Carolina Pereira
Com faturamento previsto de R$ 300 milhões para este ano e 2,5mil funcionários, a brasileira Resource, integradora de produtos e serviços de TI, quer continuar a expansão focada em aquisições. Depois de anunciar a compra da BBKO, no mês passado, Gilmar Batistela, presidente e fundador da empresa, informa estar negociando com outra companhia focada em fornecimento de tecnologia, negócio que deve ser fechado até o final do ano.
Com a estratégia de aquisições, a meta de Batistela é chegar a um faturamento de R$ 1 bilhão em 2015. Para alcançar o número, no entanto, o presidente prevê tambéma expansão internacional para países da América Latina. Dois escritórios serão abertos este ano, os países em análise são Argentina, Chile e Colômbia, sendo que o México também está em foco para o ano que vem. A companhia já possui um escritório fora do país, em Miami, nos Estados Unidos.
“Queremos ser uma mini IBM”, diz Batistela, que afirma estar se focando no conceito de “One Stop Shop”, que consiste na compra de todo tipo de produto ou serviço por meio de uma única empresa. “O objetivo é conquistar o espaço entre as grandes multinacionais e as pequenas empresas focadas em nichos”, afirma o executivo. Segundo ele, o diferencial para driblar as grandes, tanto no Brasil quanto no exterior, é a rapidez e os preçosmenores.
Compras
A companhia fez aquisições estratégicas nos últimos três anos com recursos próprios e que trouxeram um incremento de faturamento próximo de R$ 50 milhões, sem incluir a BBKO. Em 2010 o faturamento da empresa foi de R$ 200 milhões, crescimento de 70% em relação ao ano anterior, o que fez o número de funcionários dobrar para 2 mil. A previsão é que o número chegue a 3 mil até o final de 2011.
O segmento de software e serviços para meios eletrônicos de pagamentos e a área financeira são alguns dos focos da Resource, que tem entre os clientes empresas como Itaú, Redecard, Santander, Fidelity e TokioMarine.
No entanto, Batistela afirma ter interesse em conquistar o mercado de governo, no qual a empresa praticamente não atua. As aquisições também ajudaram a trazer clientes de outros segmentos, como a indústria automobilística, por exemplo.
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