18 de abr. de 2011

PARTICIPAÇÃO DA CLASSE C NO SISTEMA DE CONSÓRCIOS MAIS QUE DOBROU EM QUATRO ANOS

portal InfoMoney 18/04/2011 - Camila F. de Mendonça

Em quatro anos, a classe C mais que dobrou sua participação entre os participantes de consórcios de automóveis e motocicletas, tanto entre os consumidores contemplados como entre aqueles que ainda não o foram.

Entre 2006 e 2010, o crescimento da participação desse segmento da população foi de 158,3% nos consórcios de autos e de 153,6% nos consórcios de motos, segundo mostram os dados apurados pela Quorum Brasil a pedido da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).

A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (18), aponta que houve um crescimento de 18% no número de participantes ativos do sistema, passando de 3,44 milhões em 2006 para 4,06 milhões em 2010.

“O interesse demonstrado pelos novos perfis de consumidores, em vários setores, confirma a ampliação e a consolidação dos consórcios como forma de aquisição econômica, vantajosa e formadora de patrimônio pessoal, familiar ou empresarial”, explicou, por meio de nota, o presidente executivo da associação, Paulo Roberto Rossi.

Cresce participação das mulheres e jovens

O estudo ainda mostra que as mulheres ampliaram sua participação nas decisões de compra de cotas no período. Somente no segmento de eletroeletrônicos, esse crescimento foi de 105%; no segmento de caminhões, a participação delas ficou quase 93% maior; e no setor de imóveis, o aumento foi de 70,8%.

De acordo com Rossi, a maior participação das mulheres no mercado de trabalho explica as altas da participação delas no sistema de consórcio. Segundo ele, o número de mulheres chefes de família cresceu 71%, o daquelas que ocupam cargos de gerência ficou 36% maior, e aquelas que estão em cargos de presidência ou diretoria e supervisão cresceram 23% e 38% em participação entre 2006 e 2010, na ordem.

Além delas, também cresceu o número de jovens que adquiriram cotas no período. No segmento de automóveis, a participação de jovens com idade entre 20 e 29 anos foi 150% maior. No ramo de imóveis, o crescimento foi de 50%.

Satisfação

Do total de entrevistados de 2010, 94% afirmaram estarem satisfeitos com o sistema. Em 2006, esse percentual era de 86%, número que saltou para 92% em 2009. O sistema também está com uma boa imagem junto aos consorciados, uma vez que 89% deles relacionaram o sistema a uma imagem positiva. Em 2006, essa avaliação foi feita por 77%.

Considerando os entrevistados que são clientes potenciais do sistema, 83% também o avaliam bem, ligando-o a uma imagem positiva, ao passo que, em 2006, 57% fizeram o mesmo. “Nos dois casos, ficou evidenciada a boa imagem do mecanismo como alternativa para aquisição de bens e serviços”, ressaltou Rossi.

A boa imagem do sistema advém do fato de ele ser considerado um investimento de longo prazo: 53% dos consultados apontaram essa como a principal razão para a satisfação com o sistema.

“Se lembrarmos que, no ano passado, com uma economia aquecida e emprego, o brasileiro elegeu o consórcio para aquisição de bens e serviços, aumentando 30,8% o volume de negócios em 2010, totalizando R$ 63,2 bilhões, pode-se dizer que a pesquisa referencia o consórcio como a melhor alternativa para compra de bem ou serviço”, considerou Rossi. “Por isso, vale reafirmar o otimismo nas projeções de crescimento entre 7% e 8% para este ano”, completou.

Sobre a pesquisa

Para o levantamento, foram ouvidos 731 consumidores em São Paulo, Salvador e Porto Alegre, sendo 581 consorciados e 150 potenciais compradores.

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