25 de abr. de 2011

AVALIAR RISCO DE EMERGENTES É O MAIOR DESAFIO

jornal Brasil Econômico 25/04/2011 - Márcia Pinheiro
Estabelecida no Brasil como âncora na América Latina desde 1997, a Fico é uma empresa especialista em gerenciamento de riscos e prevenção a fraudes. Os negócios latino-americanos cresceram 20% no ano passado e as vendas dobraram no país no ano passado.

Em que pese o fato de o Brasil estar 15 anos à frente dos Estados Unidos em termos de tecnologia, a Fico tem estudado como oferecer soluções para instituições financeiras e seguradoras, tendo como foco a nova classe emergente, ainda não totalmente habituada a cartões e apólices.

Além do Brasil, um dos focos prioritários da Fico é o Peru, considerado o tigre asiático latino-americano, onde há uma crescente classe média e uma população relativamente grande (30milhões de habitantes).

“O desafio é como precificar os produtos e avaliar os riscos”, diz Andreas Suma, diretor sênior para América Latina. “Os volumes são surpreendentes, mas existe um vácuo de dados, por não haver histórico financeiro [destes novos entrantes]”, afirma. O objetivo é aprender como conceder empréstimos a eles de forma responsável, diz o executivo.

Como o cadastro positivo ainda não foi aprovado no país, a tarefa é árdua. Nos Estados Unidos, por exemplo, além de em 20 outros países, a ferramenta Fico Scores é o mais usado para avaliar o risco de crédito dos consumidores por bancos, agências de classificação de risco e o mercado secundário de dívida.

Considerando também os consumidores tradicionais, o grande quebra-cabeça é evitar a clonagem mais sofisticada. “Com a adoção dos chips em cartões, o nível de fraudes também evoluiu”, afirma Andrew Manuel, consultor sênior para fraudes globais da Fico. Ou seja, o risco é a captura do CPF e, com ele, toda a vida financeira do cidadão.

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