redação Serfinco 30/11/2010
O volume de transações por transferências P2P via dispositivos móveis nos Estados Unidos será de US $ 7 bilhões este ano, com crescimento substancial nos próximos anos, segundo a última pesquisa da Javelin.
Os pagamentos móveis de pessoa para pessoa já estão disponíveis há mais de dez anos no país, com o início vinculado à chegada do PayPal em 1998. No entanto, apesar dos significativos avanços em tecnologia de celulares, na conectividade de rede móvel e no aprimoramento de experiências para os usuários de celulares, a ampla adoção pelos consumidores permanece distante.
Segundo o estudo, com dados coletados em março e julho deste ano, apenas 8% dos consumidores norte-americanos portadores de telefone móvel pretendem fazer uma operação P2P no próximo ano. Os números contrastam fortemente com a experiência das economias em desenvolvimento, onde a adoção está sendo impulsionada pela falta de infraestrutura bancária, como caixas eletrônicos e agências bancárias, e ausência de alternativas de produtos de pagamento.
"Nos EUA, temos um ecossistema de pagamento altamente desenvolvido e maduro, que oferece ao consumidor opções abundantes para fazer pagamentos, o que muitos mercados emergentes não têm", diz James Van Dyke, presidente e fundador da Javelin. "Se as instituições financeiras querem ser a principal escolha dos consumidores, em matéria de operações bancárias e de pagamentos via dispositivos móveis, precisarão desenvolver uma estratégia para abordar o crescente mercado de mobile P2P.
O relatório conclui que os proprietários de smartphones e os consumidores com idade entre 18 e 34 são os usuários mais ativos do m-banking e são os principais alvos para o uso do P2P por celular - quase quatro em cada dez bancos que disponibilizam serviços através de aparelhos móveis lançaram ferramentas de transferências nos últimos 12 meses.
A maioria dos consumidores que adotaram pagamentos P2P via celular o fazem para transferências domésticas e não para remessas internacionais, segundo a pesquisa, com a maioria das transações em valores entre US$ 10 e US$ 50.
"Até agora, nenhuma instituição de porte se destacou na modalidade, dentro dos Estados Unidos", diz Beth Rodrigues, diretora de pesquisa de pagamentos da Javelin. "Este é o pontapé que está faltando para impulsionar os pagamentos entre pessoas através de celulares, tirando o serviço do atual status de nicho e levando-o a um uso massificado."
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