A Associação Paulista de Supermercados (Apas) realizou um levantamento em relação aos hábitos dos consumidores nos supermercados e sobre a situação do setor no que diz respeito à sustentabilidade. As pesquisas, desenvolvidas pela Nielsen e Latin Panel, mostram que na área de meios de pagamento, o dinheiro ainda é preferência na hora de pagar as compras. Em todo o País, 71% dos consumidores utilizam esta opção; 9% usam cartões de crédito; 3% pagam com cartão de débito; 2% fazem uso do cheque; e 12% buscam outras formas de pagamento.
Na divisão por camada social, 59% da classe A/B paga em dinheiro; 15% usa cartão de crédito; 8% faz uso do cartão de débito; 8% prefere Cheque; e 7% usa outros meios. Na classe C, o dinheiro prevalece em 72% das compras; o cartão de credito responde por 8%; o cartão de débito por 2%; os cheques por 5%; e outros meios por 13%. Já nas classes D/E, o dinheiro representa 79%; seguido por cartão de crédito (4%); cartão de débito (1%); cheque (2%); e outros (14%).
O estudo mostra que o consumidor brasileiro segue infiel, comprando em mais de 3 estabelecimentos suas compras mensais. Esta característica é apresentada por 76% dos lares brasileiros. Os clientes vão, em média, 4,4 vezes/mês aos pontos-de-venda, gastando um tíquete médio de R$ 21,8. A redução da infidelidade dos consumidores é preocupação para a maioria dos supermercadistas. Questionados sobre as tendências em relação aos clientes que mais impactam negativamente seus negócios eles apotam: redução de fidelidade, mudanças nos padrões de gastos, esgotamento do crédito, e aumento da freqüência de compra, o que reduz o tíquete médio.
A guerra de preços e as facilidades de pagamento são outras preocupações dos supermercadistas em relação à concorrência. Na avaliação deles, a flexibilização das condições de pagamento e a utilização de cartões fidelidade são ações que impactam negativamente nos negócios daqueles que não oferecem essas opções aos clientes. Alguns aspectos relevantes apontados para o bom desempenho do setor são: preço; localização e facilidade de acesso à loja; qualidade no atendimento; variedade de produtos e marcas; promoções; meios de pagamento disponíveis; e crédito.
Ações sustentáveis são destaque
Outro dado da pesquisa indica a preocupação com o tema sustentabilidade entre supermercadistas e consumidores. A maioria dos varejistas diz desenvolver no dia-a-dia de seus negócios ações direcionadas ao assunto. Entre as principais atividades apontadas estão ações sociais que beneficiam comunidades, desenvolvimento de embalagens ecológicas, campanhas de conscientização do tema junto aos consumidores e apoio a projetos ambientais. Os investimentos no setor devem ser ampliados nos próximos 12 meses. Pelo menos, essa foi a resposta de 63% dos supermercadistas entrevistados. Outros 37% disseram que vão manter os atuais investimentos.
Pelo lado do consumidor, 40% das famílias disseram que praticam algum tipo de ação social. Além disso, 93% dos consumidores dizem valorizar mais as empresas que praticam programas de responsabilidade social e 46% comentaram que já optam por marcas de produtos alinhados a este propósito, mesmo que eles tenham preço superior ao dos concorrentes. Em 2005, o percentual de clientes que tinham esta visão era de 35%.
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