portal Maxpress 02/07/2008
As operações de crédito feitas com cartões encerraram o mês de maio sendo responsáveis por 16% do volume total de recursos livres emprestados a pessoas físicas no Brasil. A participação dos plásticos na comparação com as demais linhas de financiamento permanece muito próxima deste patamar, que é o maior já atingido pelos cartões de crédito, há quase dois anos. Os números do Banco Central mostram que de 2006 até este ano os meios eletrônicos de pagamento ocuparam uma fatia apenas dois pontos percentuais maior no montante de empréstimos no país. Ao todo a modalidade acumulou em maio um saldo de R$ 56,7 bilhões.
O diretor de Comunicação da Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Crédito e Serviços (ABECS), Marcelo Noronha, comenta que a estabilidade do nível de participação dos cartões no cenário do crédito nacional mostra que o endividamento dos portadores de cartões não foi alavancado em relação ao montante de recursos livres."O aumento do saldo de crédito com cartões tem ocorrido de maneira proporcional ou em muitos casos até inferior ao crescimento de outras linhas de financiamento. Não existem argumentos técnicos que demonstrem a incidência maior do crescimento das dívidas nos cartões do que em outros mecanismos de concessão de crédito", afirma.
Segundo dados apurados pela ABECS junto ao Banco Central, enquanto a participação dos cartões passou de 14% para 16% do total, entre 2006 e 2008, outras linhas mais do que dobraram no mesmo período.
Em termos de crescimento absoluto do saldo, o cartão é apenas o quarto colocado, ficando atrás do crédito pessoal, do leasing e do crédito para a aquisição de veículos.
Em relação ao mês de maio de 2006, o saldo de operações de crédito feitas com cartões cresceu 33,2%, um ano depois, saltando para R$ 39,7 bilhões no mesmo mês de 2007. Já considerando o estoque do ano passado em relação ao de 2008, houve uma evolução de 42,9%, com o montante chegando a R$ 56,7 bilhões.
O Diretor de Comunicação da ABECS, Marcelo Noronha alerta ainda para o fato de que mesmo contando com o aumento da taxa Selic, não foram verificadas grandes alterações nas taxas praticadas pela maioria dos emissores associados da entidade.
"Notamos que os intervalos de taxas permanecem razoavelmente estáveis em comparação com o último mês, mesmo com os últimos aumentos da Selic. Acreditamos que esta precaução se justifique pela grande concorrência pelo cliente que existe hoje no mercado", diz.
O índice de inadimplência do setor também permanece estável, inclusive registrando uma ligeira queda de 0,2% nos últimos meses observados. Em abril era 9% e passou para 8,8% em maio.
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