Será apresentada hoje ao mercado, em um discreto evento em São Paulo, uma nova companhia com capital de origem européia, a Areas Finance, que pretende trazer um conceito inédito ao Brasil. Comandada pelos executivos Fernando Gonçalves e José Paulo Zilhão de Abreu, a empresa vai abrir lojas para intermediação financeira entre bancos e corretoras e o cliente pessoa física de baixa renda. Através de convênios, vai oferecer crédito imobiliário, crédito pessoal e para financiamento de veículos, além de dar consultoria sobre investimento em renda variável.
O financiamento não vem da Areas, mas ela atuará como uma plataforma de comparação de taxas, prazos e vantagens oferecidas por cada instituição financeira. Se o cliente quer comprar uma casa, por exemplo, entra numa loja da Areas, faz um cadastro conforme necessidades e condições, que é enviado a uma série de bancos conveniados para avaliação e oferta de propostas. A idéia é reunir "todos os bancos no mesmo lugar".
O grupo define-se como uma consultoria financeira, formato adotado há oito anos na Espanha e Portugal, onde atua sob a marca Fbusiness. As metas para o mercado brasileiro são ambiciosas: a Areas quer ter 40 agências de rua até o final deste ano, na Grande São Paulo, e saltar para 200 lojas no próximo ano, já com atuação nacional. A companhia não revelou o nome das cinco empresas investidoras.
Segundo Rosely Saliba, diretora de marketing, o foco são as classes C e D, e os convênios, que ainda estão sendo estabelecidos, incluem até corretoras de Portugal. Opções de investimento, entre fundos, clubes de investimento e CDB, serão oferecidas "conforme o apetite de risco do cliente", diz ela. A idéia é aproveitar o aquecimento do mercado de crédito no País e a disseminação de investimentos em bolsa de valores entre pessoas físicas. Desafio será incluir a baixa renda nesse mercado, como já acontece nos Estados Unidos.
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