Aumentou o número de brasileiros de baixa renda que recorreu a empréstimos de financeiras para a aquisição de bens de consumo duráveis e semi-duráveis, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Fractal. De acordo com o levantamento, 31,5% dos consultados disseram ter feito empréstimo pessoal com financeira alguma vez na vida, percentual superior aos 29% registrados em 2006.
Entre os entrevistados em 2008, 49% declararam ter contraído empréstimo com financeira apenas uma vez na vida, ante 60% dos consultados em 2006. Outros 38% disseram que utilizam este recurso uma vez a cada dois anos, o que representa um aumento diante dos 27,5% verificados em 2006. Cerca de 9,6% afirmaram fazer empréstimo com financeira uma vez por ano, ante os 9% de 2006. Uma parcela de 3,4% dos consumidores fez empréstimos mais de uma vez por ano, ante 3,6% de 2006. O percentual dos que declararam nunca ter tomado empréstimo pessoal com financeira ficou em 68,5%, patamar inferior aos 71% apurados em 2006.
A classe de baixa renda brasileira considera que as contas de luz, água e parcela de empréstimo obtido das financeiras são, nesta ordem, as despesas mais importantes a serem pagas.
"A sobrevivência da classe de baixa renda depende das contas de luz e água. Sem eletricidade as pessoas não conseguem conservar os alimentos na geladeira nem cozinhar. Sem contar a televisão, que é praticamente o único lazer que elas têm", afirma o diretor-presidente da Fractal, Celso Grisi.
Quando perguntados sobre qual despesa consideram que deve ser paga primeiro, 100% dos entrevistados citaram a conta de luz como prioridade. Em segundo lugar ficou a conta de água, com 89,3% das respostas, e a parcela de empréstimo obtido com a financeira foi considerada importante para 85,2% dos entrevistados. A conta de telefone fixo ficou com a quarta posição, sendo lembrada por 49,9% dos entrevistados, e o crédito para celular ficou em quinto, com 44,8% das respostas.
"Honrar o pagamento do empréstimo é importante para as pessoas de baixa renda porque com o nome sujo na praça eles não conseguem crédito. E crédito é fundamental para financiar eletrodomésticos principalmente. Ter fogão e geladeira é uma forma de aumentar o poder aquisitivo deles, já que diminui o desperdício de comida", explica Grisi.
Empatados em sexto lugar de importância ficaram a fatura do cartão de crédito e a parcela mensal do empréstimo bancário, com 31,1%. Em sétimo lugar ficou a conta de telefone celular, com 17,4%, seguido do aluguel da residência (16,8%) e a prestação do automóvel financiado (8,8%).
A pesquisa revelou também que a classe de baixa renda gasta em média R$ 251,70 com prestação mensal de automóvel financiado e R$ 218,40 com mensalidade de escola ou universidade em 2008. Os gastos médios com aluguel de residência somam R$ 203,50 por mês e a prestação da casa própria é de R$ 162,20.
O seguro do automóvel corresponde a R$ 143,50 da despesa mensal e a fatura do cartão de crédito totaliza R$ 122. A parcela de empréstimo bancário é de R$ 107,70 ao mês e a de empréstimo obtido com financeira é de R$ 88,90.
Em relação às despesas domésticas, o gasto médio com a conta de telefone fixo é de R$ 60,80, a conta de luz chega a R$ 51,80 e a de água, a R$ 35,00. A conta de telefone celular absorve, em média, R$ 40,40 do orçamento mensal e o crédito para celular corresponde a um gasto de R$ 27,30.
O estudo, que ouviu 3.264 pessoas em todo o País, considera baixa renda as pessoas com rendimento mensal de até R$ 800,00.
A maioria dos pesquisados, 32,3%, é de São Paulo; 20,3% são do Rio de Janeiro; e 10,4% de Belo Horizonte. Entre os consultados, 82,3% têm até o ensino médio completo. Em relação à renda individual mensal, 53,5% ganham de R$ 501,00 a R$ 800,00, 39,2% recebem de R$ 251,00 a R$ 500,00 e 7,3% declararam ter remuneração de até R$ 250,00 por mês.
A C&C foi a rede varejista na qual os entrevistados mais utilizaram crediário nos últimos 12 meses. De acordo com a pesquisa da Fractal, 22,2% dos consumidores afirmaram ter comprado a crédito na C&C, taxa superior aos 16% de 2006. Em segundo lugar ficou a Leroy Merlin com 13,9% das respostas este ano, o que representa um leve recuo em comparação com os 15,5% de 2006. A Telha Norte. vem em seguida com 11% das respostas este ano, ante os 7% de 2006.
O Extra foi o supermercado onde a maioria dos entrevistados utilizou o crediário, superando o Carrefour e o Big/Cândia. A maior parte dos pesquisados (57,5%) comprou por meio de crediário no Extra, um aumento em relação aos 46,9% de 2006. O Carrefour praticamente manteve a sua preferência estável entre os consumidores de baixa renda. Na pesquisa de 2008, o percentual ficou em 27,4%, ante 27,3% de 2006.
A C&A foi a loja de departamentos onde 82,2% dos pesquisados utilizou o crediário nos últimos 12 meses. O segundo lugar ficou com a Renner (19,2%) e o terceiro posto, com as lojas Marisa( 12,2%). As Pernambucanas ficaram em quarto lugar, com 8% das respostas, seguidas pelas Riachuelo, com 6,8%, e Americanas, com 3,2%.
Quando perguntados sobre a loja de utilidades domésticas nas quais fizeram crediário, 59,8% responderam Casas Bahia. O Ponto Frio ficou em segundo lugar, com 24,1% das respostas, e a Marabraz ocupou o terceiro lugar, com 7,2%. Magazine Luiza ficou em quarto lugar, com 6,7%, seguida por Lojas Insinuante , em quinto, com 5,4% e Colombo em sexto, com 3,4%.
Um comentário:
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