4 de dez. de 2011

VALID, DA ÁREA DE SERVIÇOS, INGRESSA NA CADEIA DE CHIP

jornal Valor Econômico 25/11/2011 - Cibelle Bouças

Daniel Wainstein / Valor

José Roberto Mauro, presidente da Valid: plano para reduzir custos e reduzir dependência tecnológica


A Valid, empresa de serviços voltados a meios de pagamento, sistemas de identificação e telecomunicações, inaugura hoje a sua primeira unidade de encapsulamento de semicondutores. A fabricação de um chip é feita em cinco fases: concepção, projeto, fabricação, encapsulamento e testes, sendo que a penúltima consiste na ligação dos circuitos internos dos componentes do chip. A unidade será destinada ao encapsulamento de cartões de memória para celulares (SIM cards) e para o processamento de cartões bancários com chip (smartcards).

A companhia fornece SIM cards e smartcards para as operadoras Oi, Vivo, Claro e Brasil Telecom, e para os bancos Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Citibank, HSBC, Itaú Unibanco e Santander. A Valid também fabrica carteiras de habilitação para o Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP).

Até então, a empresa importava os semicondutores prontos de fornecedores como Samsung, Infineon e NXP Semiconductors. Os fornecedores continuam os mesmos, mas a Valid realizará as últimas etapas do seu processamento, informa José Roberto Mauro, diretor-presidente da Valid. A empresa tem sete fábricas no país, que produzem outros itens relacionados aos cartões inteligentes.

Para iniciar a produção, a Valid fechou parceria com a fabricante de componentes eletrônicos LC Indústria Eletrônica para instalar a unidade em sua fábrica, em Santa Rita do Sapucaí (MG). A linha de produção recebeu investimento da Valid de R$ 10 milhões e terá capacidade para processar 50 milhões de chips por ano.

"Ao fazer o encapsulamento, a expectativa é reduzir custos de produção e a dependência externa no desenvolvimento das tecnologias", afirma Mauro. De acordo com o executivo, a Valid estima atingir a capacidade instalada em 12 meses, tendo por base os contratos atuais e a perspectiva de crescimento do mercado de SIM cards. Caso não alcance esse volume com a demanda de bancos e operadoras, a empresa planeja usar a linha de produção para processar outros itens, como cartões de crédito e chips para leitoras de caixa eletrônico. A expectativa é recuperar o investimento em 18 meses.

A consultoria Frost & Sullivan estima que o mercado de SIM card na América Latina vai crescer 4,9% em volume, para 322 milhões de unidades neste ano. Em receita, a expansão será de 4,5%, para US$ 422 milhões. O Brasil lidera em produção e receita no segmento de SIM cards, com 58 milhões de usuários de celular com padrão tecnológico GSM, que demanda esse tipo de semicondutor.

A expansão da demanda por cartões com chip vem atraindo investimentos ao país. No ano passado, empresas como Oberthur, GD Burti, Gemalto e Sagem Orga fizeram aportes em novas fábricas. Neste ano, a HT Micron, uma joint venture formada pela sul-coreana Hana Corporation e pela brasileira Parit Participações, do Rio Grande do Sul, instalaram em São Leopoldo (RS) uma unidade de encapsulamento de chip, com a qual preveem processar 5 milhões de chips em 2011. A empresa investe R$ 500 milhões na instalação de uma fábrica para processar 50 milhões de chips por mês. O início da operação está previsto para 2012.

Mauro, da Valid, estima que a demanda do mercado de cartões inteligentes para os setores bancário e de telecomunicações seja de 550 milhões de unidades por ano. No terceiro trimestre fiscal, a companhia reportou um aumento de 133,5% nas vendas de SIM cards, para 20,5 milhões de unidades. No segmento de cartões bancários, a empresa afirma em seu balanço que é responsável pela produção de 26% dos cartões no Brasil e 70% dos cartões bancários da Argentina. No terceiro trimestre, a produção desses cartões aumentou 14,3%, para 51 milhões de unidades.

Além do projeto na área de semicondutores, a Valid está investindo R$ 30 milhões neste ano em sua unidade de negócios de certificação digital. A previsão é que a divisão passe a operar a pleno vapor no segundo trimestre de 2012. A companhia encerrou o terceiro trimestre fiscal com incremento na receita líquida de 17,1%, para R$ 228,2 milhões, e com aumento de 37,5% no lucro líquido, para R$ 35,6 milhões.

Um comentário:

Claudio Elias Do Nascimento 348.438.21 visualizações disse...

E o chip humano 666 esta pra chegar vai ser igual dia de eleição e vacinação vai ser colocado em todas pessoas no mesmo dia e na mesa ao lado se cadastra com o RG que possui CPF com esses 2 documentos ja é possivel ter todos os outros dados pessoais de qualquer pessoa.
Todas Igrejas esta pregando sobre a marca da Besta que esta pra chegar,a TV analogica ja esta saindo jaja o radio etc...ja pensou todos documentos e dinheiro tudo virtual e o mundo digital derrrpente um problema na Central apaga os dados das pessoas do mundo todo ai tudo sem controle e cada pessoa dizendo eu tinha (x) no banco etc...