portal InfoMoney 23/11/2011 - Viviam Klanfer Nunes
O número de caixas eletrônicos no Brasil supera em cerca de 36% o dos países desenvolvidos, conforme dados apresentados pelo Banco Central nesta quarta-feira (23), no Relatório de Inclusão Financeira.
Para cada 10.000 adultos no Brasil, existem 12,8 caixas eletrônicos. Já entre os países desenvolvidos, esse número é de 9,4. Comparando com os países em desenvolvimento, o volume de caixas eletrônicos no Brasil é de aproximadamente 350% superior, já que naquele grupo existem, em média, 2,9 caixas para cada 10.000 adultos.
Comparações
Na América Latina e Caribe existem em média 3,1 caixas eletrônicos para cada 10 mil adultos, volume também inferior ao encontrado no Brasil. O BC reconhece que há diversas diferenças entre os países agrupados como, por exemplo, ‘países em desenvolvimento’, sobretudo quanto à forma de organização do sistema financeiro.
No caso do Brasil, a rede de correspondentes é importante para complementar a rede de agências bancárias no atendimento à população, fato que não acontece em todos os outros países em desenvolvimento.
A análise desses dados, no entanto, ajuda a fazer comparação entre as diferentes localidades, apontando possíveis pontos fortes e fracos, com propósito de identificação de boas práticas e construção de soluções.
Evolução nos últimos anos
O estudo do Banco Central também analisou a evolução da quantidade absoluta de pontos de atendimento no Brasil nos últimos cinco anos. Houve expansão em todos os tipos de canais, com exceção dos PABs (Postos de Atendimento Bancário), que recuaram 2% entre 2005 e 2010.
Os PABs são dependências de banco que podem ser instalados exclusivamente em recinto interno de entidade da administração pública ou de empresa privada, sendo destinados a prestar serviços para os quais a instituição esteja regulamentarmente habilitada. Em 2005 havia 6.791 PABs no Brasil, já em 2010 o número passou para 6.678.
O maior crescimento aconteceu nos PAAs (Postos Avançados de Atendimento), que avançou 489%, passando de 336 pontos em 2005 para 1.978, em 2010. Esse tipo de atendimento destina-se a oferecer serviços financeiros em municípios onde não existem agências bancárias ou outro tipo de PAAs. "Esse forte crescimento de PAAs representa uma ampliação e diversificação dos pontos de atendimento em municípios menos assistidos", observa o BC.
No período, também houve forte crescimento dos POSs e dos Pontos de Correspondente, de 84% e 81%, respectivamente. Os POS são equipamentos eletrônicos menores, utilizados por estabelecimentos comerciais para receber pagamentos por meio de cartões de crédito, débito e pré-pagos.
Veja a evolução dos demais canais de atendimento:
Vale destacar que os ATMs são equipamentos eletromecânicos que funcionam como caixas de autoatendimento. Permitem a seus usuários a realização de saques, pagamentos, transferências, consultas, entre outras operações, mediante a utilização de cartão e senha. Os PAEs (Postos de Atendimento Bancário Eletrônico) são dependências bancárias automatizadas compostos exclusivamente por equipamentos de autoatendimento.
A partir de 2002, os PAEs podem ser instalados em qualquer localidade do país, inclusive em município em que a instituição não mantenha sede ou dependência.
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