11 de ago. de 2011

USO DE CARTÕES COM CHIP AUMENTA LUCRO DA VALID

jornal Valor Econômico 11/08/2011 - Marina Falcão

O crescimento da participação de produtos de maior valor agregado no faturamento da Valid (ex-ABNote) impulsionou o lucro da companhia para R$ 30,5 milhões no segundo trimestre, um aumento de 44% em relação ao mesmo período do ano passado.

Nessa comparação, a receita líquida avançou 12,2%, para R$ 212 milhões, apesar do recuo de 6,5% no volume de vendas de cartões, principal produto da Valid. A margem líquida subiu de 11% para 14%.

"Os cartões 'smart' [com chip] representavam cerca de 5% do volume de cartões produzidos por nós em 2010. No segundo trimestre desse ano, essa participação foi de 35%", aponta diretor de relações com investidores da Valid, Carlos Afonso D'Albuquerque.

A substituição dos cartões magnéticos pelos 'smarts', segundo o executivo, é uma tendência. A companhia fornece esse produto para os bancos.

O lucro operacional (antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da Valid aumentou 16,8 %, para R$ 45 milhões. O valor exclui o investimento de R$ 1,1 milhão na construção de uma certificadora digital, projeto que exigirá aporte total de R$ 30 milhões e começará a gerar receita a partir de 2012.

A margem operacional da companhia teve ficou estável, avançando 0,3 ponto percentual, para 20,9%. "O resultado foi forte, mas ainda não atingimos a velocidade de cruzeiro esperada para o ano", comenta.

O executivo garante que, até dezembro, a Valid vai cumprir a promessa de entregar crescimento de 8% a 12% no seu Ebitda. Só com os resultados do primeiro semestre, a variação está em 2%.

Além de cartões, a Valid fornece chips para operadoras de telefonia e atua no segmento de meios de identificação, em que fabrica carteiras de habilitação. Nessa última divisão, a receita subiu 8% no trimestre, resultado considerado fraco. "Pode haver uma demanda represada por habilitações, já que as exigências nas provas do Detran aumentaram."

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