11 de ago. de 2011

RECEITA DA CSU CRESCE, MAS GANHO TEM QUEDA

jornal Valor Econômico 11/08/2011 - Aline Lima | De São Paulo

Embora os resultados apresentados pela CSU CardSystem no segundo trimestre apontem para uma retomada no crescimento da receita da processadora de cartões, seus indicadores de lucratividade ainda estão aquém dos níveis exibidos um ano atrás. A CSU registrou lucro líquido de R$ 5,85 milhões, queda de 23,8% em relação ao segundo trimestre de 2010. A margem Ebitda passou de 19,6% para 15,4%, no mesmo período.

"Talvez não alcancemos ainda neste ano uma margem superior a 20%, mas esse nível é nosso objetivo e, trimestre a trimestre, mostraremos que estamos no caminho certo", diz Mônica Molina, diretora de relações com investidores da CSU. Ela explica que os investimentos feitos no segmento de "call center", que hoje responde por 47% da receita bruta da empresa, levam tempo para serem revertidos em ganhos

Na CSU Contact, os custos alcançaram R$ 48,9 milhões no segundo trimestre, alta de 31,4% ante igual período de 2010. Foram acrescentadas 500 posições entre abril e junho, totalizando 4,433 mil.

Na atividade de processamento, os investimentos feitos pela CSU para acrescentar à carteira de clientes empresas de adquirência (que cadastram lojistas e processam transações) também estão demorando mais que o previsto para começar a dar retorno financeiro. "As bandeiras elevaram os requisitos para homologação das adquirentes e, por isso, todo o processo de credenciamento dos estabelecimentos comerciais ficou mais lento", observa Mônica. Os reflexos do projeto com o Banrisul, em operação desde o fim do primeiro trimestre, deverão ser sentidos nas receitas da CSU a partir de 2012.

Já a receita líquida da CSU aumentou 2,1% nos 12 meses encerrados em junho, para R$ 101,1 milhões. Boa parte desse impulso veio com a migração para a base da empresa dos 4 milhões de cartões Tricard, emitidos pelo Tribanco, do grupo Martins, no fim do primeiro trimestre, compensando o baque com a perda do contrato com a Nossa Caixa no fim de 2010, após a incorporação da instituição pelo Banco do Brasil (BB).

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