A remuneração dos atendentes voltou a impactar o lucro líquido da Contax no segundo trimestre, quando somou R$ 5 milhões, em uma queda de 81% com relação ao mesmo período de 2010. O resultado operacional medido pelo Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também caiu, em 34,5%, para R$ 46,7 milhões. A receita líquida avançou 21,7%, para R$ 711,4 milhões.
O diretor financeiro e de relações com investidores da Contax, Marco Schroeder, garante que o terceiro trimestre será melhor. Ele espera que o Ebitda feche o ano em linha com o resultado do ano passado, quando a queda de 12,4%, para R$ 297 milhões, também foi explicada pelos custos de mão de obra.
Schroeder afirma que o aumento de quase 7% no salário mínimo ainda não foi totalmente repassado aos clientes, já que é preciso esperar o vencimento dos contratos. As margens também foram pressionadas, segundo ele, pela contratação de funcionários para a operação no Recife. "Estamos contratando 2 mil pessoas por mês, que demoram um pouco para se tornarem produtivas."
Nos últimos 12 meses, a Contax contratou 19,16 mil colaboradores, sendo 12 mil para Recife. A operação, que pressiona os custos agora, é uma aposta da empresa para reduzir a rotatividade dos funcionários, muito alta em cidades com grande competição pela mão de obra. Hoje a empresa tem operações em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Fortaleza e Rio Grande do Sul.
O balanço do segundo trimestre inclui os resultados da Allus, empresa adquirida pela Contax, mas não da Dedic, que passa a ser consolidado de julho a setembro.
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